This research paper explores unique data from the state of São Paulo, Brazil, that allows documenting how educational factors relate to intergenerational mobility for different racial groups. Conjunctly, we discuss how these factors are associated with the racial mobility gap. First, we find a strong intergenerational persistence of income and a significant difference in mobility between whites and blacks, possibly leading to persistent disparities across generations. Secondly, we document that after the 9th grade, the income trajectory of low and high-income students begins to diverge considerably. In addition, having a high school diploma and attending schools with good performance on the high-stakes test are associated with higher upward mobility rates for all students, but the wealthier seem to appropriate more of the benefits of school performance. These two educational factors are also related to smaller racial gaps for upward mobility and remaining in wealth, but they do not seem able to prevent blacks from falling socially or from the poverty trap. Furthermore, the data reveal that students from all social strata have better outcomes when they are among wealthier peers. However, schools with a high concentration of high-income parents have a more significant racial gap. We also find that students who attend more racially diverse schools have higher expected future earnings as young adults, regardless of race. However, racial integration in schools exclusively seems insufficient to close the existing racial gap. Finally, we discover that students with higher test scores than their peers are associated with higher future absolute gains and smaller racial gaps.

Este artigo explora dados únicos do estado de São Paulo, que permitem documentar como fatores educacionais e escolares se associam à mobilidade intergeracional para diferentes grupos raciais e como estes fatores se relacionam com as disparidades raciais na mobilidade. Primeiro, encontramos uma forte persistência intergeracional de renda e uma diferença significativa entre indivíduos brancos e pretos, possivelmente levando a maiores disparidades entre gerações. Em segundo lugar, documentamos que após o 9º ano, a trajetória de renda de estudantes de baixa e alta renda começa a divergir consideravelmente. Além disso, verificamos que ter um diploma do ensino médio e estudar em escolas com alto desempenho na prova do SARESP estão associados a maiores taxas de mobilidade ascendente para todos os alunos. Contudo, aqueles de famílias mais abastadas parecem se apropriar mais dos benefícios advindos de escolas com maiores notas. Estes dois fatores educacionais também estão relacionados a menores diferenças raciais para mobilidade ascendente e permanência na riqueza, mas não parecem prevenir indivíduos pretos da queda de classe social ou da armadilha da pobreza". Os dados revelam também que estudantes de todos os estratos sociais têm melhores salários futuros quando estão entre pares de famílias de classes mais altas. Entretanto, essa categoria escolar possui uma maior diferença racial. Também descobrimos que estudantes que freqüentam escolas mais diversas racialmente têm maiores rendimentos futuros esperados quando jovens adultos. Entretanto, essa diversidade racial sozinha parece ser insuficiente para fechar a lacuna racial existente na mobilidade. Finalmente, descobrimos que os estudantes com maior notas na escola em comparação com seus pares estão associados a maiores ganhos absolutos futuros e a menores diferenças raciais.