Este trabalho busca realizar uma comparação entre os impactos da integração do Mercosul na ALCA e aqueles advindos de um potencial acordo de livre-comércio com a União Européia. Para isso, utiliza-se de um modelo de equilíbrio parcial, que mensura os efeitos estáticos da redução tarifária ocasionada por esses acordos, quais sejam, a criação e o desvio de comércio relativos aos principais parceiros comerciais brasileiros. Os resultados indicam que quaisquer desses acordos ocasionariam uma redução do volume de comércio intra-Mercosul, mas essa redução é diferenciada, em termos dos produtos afetados, em cada um dos possíveis acordos de abertura bilateral. A mesma diferenciação ocorre também com relação ao comércio total brasileiro. No caso da formação de uma área de livre comércio entre Mercosul e UE, ocorreria um aumento significativo das importações de produtos industrializados, enquanto que as exportações se ampliariam sobretudo em produtos agrícolas tradicionalmente exportados pelo país. Com a ALCA este fenômeno se repete, mas com uma ampliação mais intensa das exportações de produtos industrializados.

This paper seeks to compare the impacts of Mercosur's integration into the FTAA and those arising from a potential free trade agreement with the European Union. For this, a partial equilibrium model is used, which measures the static effects of the tariff reduction caused by these agreements, namely, the creation and diversion of trade related to the main Brazilian trading partners. The results indicate that any of these agreements would cause a reduction in the volume of intra-Mercosur trade, but this reduction is differentiated, in terms of the products affected, in each of the possible bilateral opening agreements. The same difference also occurs in relation to total Brazilian trade. In the case of the formation of a free trade area between Mercosur and the EU, there would be a significant increase in imports of industrialized products, while exports would expand mainly in agricultural products traditionally exported by the country. With the FTAA, this phenomenon is repeated, but with a more intense expansion of exports of industrialized products.