Em função da constatação de sua pouca utilização por parte da maioria dos usuários das informações contábeis e na busca pela excelência do processo informacional da contabilidade, apesar de seu reconhecido potencial informativo, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos vem sendo substituída, em vários países do mundo, pela DFC, Demonstração dos Fluxos de Caixa. Pretende-se, neste trabalho, dar o suporte necessário para que se possa entender e analisar de forma mais crítica essa demonstração, que tem o seguinte tema: Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): uma contribuição para a sua melhor compreensão e análise. Além do objetivo principal, citado no tema da dissertação, assumem-se outros, tais como: mostrar a evolução histórica e descrever as principais normas da Demonstração dos Fluxos de Caixa; detalhar as três atividades (operacionais, de financiamentos e de investimentos) e os dois métodos de apresentação das atividades operacionais, o método direto e o indireto; destacar alguns problemas que devem ser verificados durante as classificações e as análises das demonstrações; sugerir planos de contas analíticos; apresentar diversos índices para serem utilizados na análise da DFC. Ao serem feitas análises das empresas que apresentaram a Demonstração dos Fluxos de Caixa, no ano de 2004, referente ao exercício de 2003, presentes no banco de dados da FIPECAFI da USP, verificou-se que a separação das atividades e da variação de caixa e equivalentes em origens e aplicações de caixa, facilitará e simplificará a análise da DFC. Os planos de conta detalhados nessa dissertação poderão contribuir como padronização da demonstração. Muitos artigos foram escritos para comparar a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos com a Demonstração dos Fluxos de Caixa, como se fossem excludentes, sempre verificando qual das duas é a melhor ou a mais completa, porém, ambas são complementares, para efeito de análise, convergindo para o objetivo comum, que é a difícil tarefa de entender as empresas e seus negócios.

In spite of its recognized informative potential, the lack of use by most users of accounting information and the search for excellence in the accounting information process have clearly shown that the Origins and Applications of Resources Report is being replaced, in many countries of the world, by the Cash Flows Statement (CFS). The aim of this work is to provide strong support so that the accounting reports can be understood and analyzed in a more critical way, exploring the topic: "Cash Flows Statements: a contribution for its better comprehension and analysis. Besides its main objective stated above, this work has other purposes such as: to show the historical evolution and describe the main rules of the Cash Flows Statement; to specify the operating, financing and investing activities and two presentation methods of theses operating activities, the direct and indirect methods; to outstand some problems that should be examined during the classification and analysis of these demonstrations; to suggest analytical accounting planning; to present diverse indexes to be used in the statement of cash. The analyses of companies which presented cash flow statements in 2004, referring to the fiscal year of 2003, according to the database of USP FIPECAFI have demonstrated that the separation of the activities and of the variation of the cash flows and equivalents of cash receipts and cash payments will facilitate and simplify the cash flows statement analysis. Many articles were written to compare Origins and Applications of Resources Reports, to Cash Flows Statements, as if they couldnt live together, always trying to find out which method is the best or the most complete one; yet, they are both complementary for analysis purposes, converging to a common goal which is the diffícult task of comprehending companies and their businesses.