Efforts to fulfill the goals of mitigating climate change by replacing fossil fuels with renewable sources are increasing worldwide. In Brazil, the sugar-energy sector is one of the main responsible for decarbonizing the energy matrix, through ethanol and cogenerated electricity. However, new products have emerged using by-products of ethanol distillation, such as vinasse, which can be a source for biogas and biomethane. This study compared two routes for using biogas vinasse: bioelectricity cogeneration and biomethane production through economic and greenhouse gas (GHG) mitigation analyses and develop a model able to estimate the financial gains from their use, commercialization, considering the carbon footprint variation. The considered routes were identified to increase the earnings before interest, taxes, depreciation, and amortization (EBITDA) of producers based on projected prices and operational expenses (OPEX). They combined complementarily bioelectricitybiomethane mixes, taking into consideration the carbon mitigation from each route. The scenario with maximum biomethane production can generate an 38% higher EBITDA than the maximum generation of bioelectricity, in the first year. Yet, the estimated performance up to 2031 would be better in the scenario of maximum biomethane production, 54% growth compared to 46% for bioelectricity.

Os esforços para cumprir as metas de mitigação das mudanças climáticas por meio da substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis estão aumentando em todo o mundo. No Brasil, o setor sucroenergético é um dos principais responsáveis pela descarbonização da matriz energética, por meio do etanol e da cogeração de eletricidade. No entanto, novos produtos têm surgido a partir de subprodutos da destilação do etanol, como a vinhaça, que pode ser fonte de biogás e biometano. Este estudo comparou duas rotas de uso do biogás de vinhaça: cogeração de bioeletricidade e produção de biometano, por meio de análises econômicas e de mitigação de gases de efeito estufa (GEE), e desenvolveu um modelo capaz de estimar os ganhos financeiros de seu uso, comercialização, considerando a variação da pegada de carbono. As rotas consideradas foram identificadas para aumentar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) dos produtores de biocombustíveis com base nos preços projetados e nas despesas operacionais (OPEX). Eles combinaram misturas de bioeletricidade-biometano de forma complementar, levando em consideração a mitigação de carbono de cada rota. O cenário de produção máxima de biometano pode gerar um EBITDA 38% maior do que a geração máxima de bioeletricidade, no primeiro ano. Ainda assim, o desempenho estimado até 2031 seria melhor no cenário de produção máxima de biometano, crescimento de 54% contra 46% da bioeletricidade.