Closing the agricultural yield gap is important to meet the demands of a growing population and changing dietary preferences, which are increasingly focused on higher protein intake per capita. Among the key crops essential for addressing this challenge, soybean holds a prominent position. Despite its significance in soybean production, there remains few published studies that describe the adopted crop management systems and elucidate the yield gap in Brazil, particularly in the Mato Grosso region, the country's major soybean-producing area, where a substantial yield gap of up to 50% is observed. In this study, we utilized an on-farm database comprising data from 108 soybean fields over two crop seasons (2020/2021 and 2021/2022). This dataset consisted of field-specific information on various factors, including field traits, crop management practices, applied inputs, and the incidence of yield-reducing factors. Our objective was to gain insights into the crop management practices employed and to quantify the soybean yield gap in the Mato Grosso region, with the aim of identifying the underlying causes behind such gaps. Our findings revealed a high adoption rate of the no-tillage system, ranging from 60% to 100% across different regions. Additionally, we observed extensive utilization of pesticides and chemical fertilizers. Nutritional deficiencies were reported in 0% to 60% of the surveyed plots, while sowing and harvest delays were reported by 20% to 83% of farmers. Markedly, our results demonstrated a statistically significant increase in the yield gap of 18,5 kg.ha^-1 per day of sowing delay. Yet, factors such as fungicide application, soil nutrient levels, nutritional deficiencies, and waterlogging were also identified as significant contributors to the soybean yield gap.

Reduzir a lacuna de produtividade agrícola é importante para atender às demandas de uma população em crescimento e mudanças nas preferências alimentares, que sinalizam para um aumento expressivo no consumo de proteína per capita. A soja ocupa uma posição de destaque entre as opções proteicas neste contexto. Apesar de sua importância na produção de soja, existem poucos estudos publicados que descrevem os sistemas de manejo adotados e elucidam a lacuna de produtividade no Brasil, especialmente na região do Mato Grosso, a principal área produtora de soja do país. Neste estudo, utilizou-se um banco de dados de campos comerciais composto por informações de 108 áreas de cultivo de soja ao longo de duas safras (2020/2021 e 2021/2022). Esse conjunto de dados consiste em informações específicas de cada área, incluindo características do campo, práticas de manejo da cultura, insumos aplicados e incidência de fatores redutores de produtividade. O objetivo do estudo foi quantificar a lacuna de produtividade da soja na região do Mato Grosso e identificar as principais práticas de manejo adotadas que interferem sobre ela, com o intuito de descrever as causas determinantes subjacentes dessa lacuna. Os resultados revelaram uma alta taxa de adoção do sistema de plantio direto, variando de 60% a 100% em diferentes regiões. Além disso, observou-se o amplo uso de pesticidas e fertilizantes químicos. Deficiências nutricionais foram relatadas em 0% a 60% das áreas analisadas, enquanto atrasos no plantio e na colheita foram relatados por 20% a 83% dos agricultores nas diferentes regiões. Ainda, os resultados demonstraram relação estatisticamente significativa na lacuna de produtividade de aproximadamente numa proporção de 18,5 kg.ha^-1 por dia de atraso na semeadura. Fatores como aplicação de fungicidas, níveis de nutrientes do solo, deficiências nutricionais e encharcamento também foram identificados como contribuintes significativos para a lacuna de produtividade da soja.