Resprouting is considered the most important regenerative trait for vegetation persistency as a response to environmental disturbances, which are considered common in Cerrado. This functional trait depends on the development, the protection degree of buds, and also the mobilization of storage compounds presents in the belowground systems. Nowadays, one of the most severe threats to Cerrado vegetation is the cultivation of commercial exotic species, such as Pinus sp., which drastically reduce the occurrence and development of native species due to their highly competitive capacity. This situation has been occurring at the Santa Bárbara Ecological Station (EEcSB), Águas de Santa Bárbara - São Paulo, where there are Pinus sp. plantations since the 1970s. Due to the negative impact of Pinus sp. on the Cerrado vegetation, the EEcSB management plan (2011) has been working to gradually eliminate the exotic species with the purpose of regenerate the native species. Since this action, native species such as the palms Allagoptera campestris (Mart.) Kuntze and Syagrus loefgrenii Glassman have been resprouting mainly in those areas where the remaining material was burned after the clear-cutting of the trees. In addition, it is possible to observe the presence of these palms coexisting in the understory of Pinus sp. However, there are gaps in the features that confer resilience and promote the regeneration of these plants. Thus, the present study aimed to answer the following questions: a) Which are the structural features that allowed the resprouting of Myrtaceae species after years of the aerial organs being suppressed by the presence of pine trees? b) After the resprouting, how meristematic tissues are protected in aerial buds (terminal, axillary, and accessory) in the regenerating environment? c) Which are the adaptations of palm species that allow them to colonize and grow under areas with different disturbance histories? d) Are the palms able to resprout in the disturbed areas after the introduction of a new perturbation?

O rebrotamento é considerado o atributo regeneração mais importante para a persistência da vegetação em resposta a distúrbios ambientais, os quais são considerados comuns no Cerrado. Este atributo depende do desenvolvimento, grau de proteção das gemas e da mobilização de compostos de reserva presentes nos sistemas subterrâneos. Atualmente uma das ameaças mais importantes à vegetação do Cerrado é o cultivo de espécies exóticas comerciais, a exemplo do Pinus sp., o qual tende a reduzir drasticamente a ocorrência e desenvolvimento de espécies nativas pela sua alta capacidade competitiva. Essa situação vem ocorrendo na Estação Ecológica de Santa Bárbara (EEcSB), Águas de Santa Bárbara São Paulo, que possui áreas de cultivo de Pinus sp. desde a década de 1970. Devido ao impacto negativo do Pinus sp. na vegetação do Cerrado, o plano de manejo do EEcSB (2011) vem trabalhando para eliminar gradativamente as espécies exóticas visando à regeneração da vegetação nativa. A partir dessa ação, espécies nativas como as palmeiras Allagoptera campestris (Mart.) Kuntze e Syagrus loefgrenii Glassman estão rebrotando principalmente nas áreas onde o material remanescente foi queimado após o corte raso das árvores. Além disso, é possível observar a presença dessas palmeiras coexistindo no sub-bosque de Pinus sp. No entanto, existem lacunas sobre as características que conferem resiliência e promovem a regeneração destas plantas. Desta forma, o presente estudo objetivou responder as seguintes questões: a) Quais são as características estruturais que permitiram a rebrota de espécies de Myrtaceae após anos de supressão dos órgãos aéreos pela presença das dos pinheiros? b) Após a rebrota, como os tecidos meristemáticos são protegidos nas gemas aéreas (terminais, axilares e acessórias) num ambiente em regeneração? c) Quais são as adaptações das espécies de palmeiras que as permitem colonizar e crescer em áreas com diferentes históricos de perturbação? d) As palmeiras são capazes de rebrotar nas áreas perturbadas após a introdução de uma nova perturbação?