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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.11.2017.tde-07062017-085309
Documento
Autor
Nome completo
Rafael Simões Coelho Barone
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Piracicaba, 2017
Orientador
Banca examinadora
Cyrino, José Eurico Possebon (Presidente)
Pezzato, Luiz Edivaldo
Barros, Margarida Maria
Galvão, Juliana Antunes
Menten, José Fernando Machado
 
Título em português
Microalgas como ingrediente e suplemento dietético para tilápia Oreochromis niloticus: valor biológico, desempenho e composição da carcaça
Palavras-chave em português
Chlorella sorokiniana
Schizochytrium sp.
DHA
Nutrição peixes
Ômega 3
Resumo em português
Existe um grande potencial para a expansão da produção de microalgas, tanto pela variedade de usos quanto pelos produtos que delas podem ser derivados. Dentre esses usos, as características nutricionais e funcionais conferem às algas alto valor biológico para uso em nutrição humana e animal. No entanto, são poucos os estudos que avaliam seu potencial na nutrição de peixes, mais especificadamente de tilápia, um dos principais produtos da aquicultura mundial. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de uso de duas espécies de microalgas e o nível ótimo de inclusão da Schizochytrium em dietas para a tilápia. Para tanto, foram realizados ensaios para avaliação do coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) de uma microalga rica em proteína, Chlorella sorokiniana, e outra rica em energia, a Schizochytrium sp., ao longo de ensaios de desempenho e digestibilidade de rações contendo níveis crescentes (0%; 1%; 2,5%; 5%; 7,5% e 10%) de Schizochytrium sp. a fim de determinar o nível ótimo de inclusão nas dietas. As microalgas apresentaram altos coeficientes de digestibilidade para a tilápia, com CDA para a proteína de 90,51 e 97,20 % e para energia de 84,22 e 82,55 %, para a Chlorella e Schizochytrium, respectivamente. Os níveis crescentes de inclusão da Schizochytrium alteraram a digestibilidade das rações de forma decrescente para a proteína, passando de um CDA de 88,07 para 86,01, e energia, de um CDA de 74,19 para 67,35. No ensaio de desempenho foi registrado aumento no consumo de ração e piora na conversão alimentar aparente, sem que outros parâmetros de desempenho zootécnico fossem alterados, à medida que aumentava os níveis de inclusão da Schizochytrium na dieta. Não foram registradas alterações nos conteúdos de macro nutrientes na carcaça dos peixes, no entanto, os níveis crescentes de inclusão alteraram o perfil de ácidos graxos aumentando a quantidade de ácidos graxos n-3 no filé, principalmente do ácido docosaexaenoico (DHA), e redução na relação n-6/n-3. Dessa forma, é possível a utilizar Schizochytrium sp. como aditivo nas dietas para alteração do perfil de ácidos graxos da tilápia, enriquecendo os filés com ácidos graxos n-3, com pouco prejuízo nos parâmetros de desempenho.
 
Título em inglês
Microalgae as a dietary supplement for tilapia (Oreochromis niloticus): biological value, performance and carcass composition
Palavras-chave em inglês
Chlorella
Schizochytrium
DHA
Digestibility
Nutrition
Tilapia
Resumo em inglês
There is a great potential for expand the microalgae production as by the variety of it uses as for the products and processes which may derive from them. Amongst such uses, nutritional and functional characteristics provide them a high biological value for use in human and animal nutrition. Nevertheless, few studies have evaluated their potential for fish nutrition more specifically tilapia, which is one of the main aquaculture products in the world. The aim of this research was to evaluate the potential use of two microalgae and the optimal level of inclusion of Schizochytrium in diets for tilápia. Therefore, tests were conducted to evaluate the apparent digestibility coefficient (ADC) of microalgae with high protein content Chlorella sorokiniana and another with high energy, Schizochytrium sp. and also performance assay and feed digestibility containing inclusion levels (0%, 1%, 2.5%, 5%, 7.5% and 10%) of Schizochytrium in order to determine the optimum addition level. Both species were very digestible for tilapia with ADCs for protein of 90.51 and 97.20 and for energy 84.22 and 82.55 to Chlorella and Schizochytrium respectively. The increasing levels of inclusion of Schizochytrium changed the digestibility of feed for the protein, through a ADC from 88.07 to 86.01 and for energy from 74.19 to 67.35 ADC. In the growth test as the inclusion of Schizochytrium increased there was an increase in feed intake and feed conversion ratio but any other growth parameters were changed. Regarding the carcass composition, there were no changes in macronutrients composition however, the increasing levels of Schizochytrium altered the fatty acid profile by increasing the amount of omega 3 mainly docosahexaenoic acid (DHA) and reduced the n-6/n-3 ratio. Thus, it is possible to use the Schizochytrium to modify the fatty acid profile of tilápia by incorporating omega 3, with little loss in performance parameters.
 
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Data de Publicação
2017-06-14
 
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