O Xing Fu, grupo de sociabilização da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Piauí, na zona oeste da cidade de São Paulo, foca a promoção de saúde, bem estar, alegria e felicidade. Sua formação, baseada nos princípios e movimentos do Tai Chi Pai Lin, variação brasileira do Tai Chi Chuan, incorporou elementos advindos de várias fontes. As atividades da prática evoluíram, desde 2012, a partir de elementos e movimentos do cotidiano, ganharam sustentabilidade e sobreviveram à quarentena imposta pela pandemia da COVID-19. A longevidade do grupo e a observação clínica da saúde dos participantes motivaram este trabalho de reconhecimento das dinâmicas e bases da formação do Xing Fu, potencialidades e atributos que o caracterizam atualmente, perspectivas e implicações futuras. A caracterização do grupo foi desenvolvida a partir de entrevistas com participantes, relato de experiências do condutor, e revisão sistemática de literatura sobre o Tai Chi como prática integrativa complementar nos espaços da Atenção Primária no SUS. Outros elementos incorporados à prática foram abordados com o suporte de literatura complementar. O Xing Fu foi associado à promoção de saúde na percepção do profissional e dos participantes do grupo em que se estruturou como prática e grupo de sociabilização. A disponibilidade da escuta pelo profissional de saúde condutor do Xing Fu e o acolhimento pelo coletivo que o pratica são importantes para a adesão das pessoas ao grupo e constituem uma verdadeira rede de apoio à produção de saúde, de natureza e efeitos similares aos discutidos na literatura. A prática no espaço da UBS favorece o acompanhamento longitudinal e integral em saúde dos participantes. O Xing Fu preservou elementos essenciais do Tai Chi Pai Lin em sua derivação, embora dele se diferencie; compõe benefícios da prática de atividade física dirigida, fundada em movimentos lentos a moderados, estímulo da consciência corporal e sociabilização.

Xing Fu, a socialization group at the Basic Health Unit (UBS) Vila Piauí, in the west side of the city of São Paulo, focuses on promoting health, well-being, joy, and happiness. It's training, based on the principles and movements of Tai Chi Pai Lin, a Brazilian variation of Tai Chi Chuan, incorporated elements from various sources. The activities of the practice evolved, since 2012, from everyday things and daily movements, gained sustainability, and survived the quarantine imposed by the COVID-19 pandemic. The group's longevity and the clinical observation of the participants health motivated this work to recognize the dynamics and bases of Xing Fu formation, potentialities and attributes that currently characterize it, future perspectives, and implications. Interviews with participants, reports of the conductor's experiences, and a systematic review of the literature on Tai Chi as an Integrative Complementary Practice in the Primary Care spaces of the Brazilian Unified Health System characterized the group. Complementary literature supported the discussion of other elements incorporated into the practice. Xing Fu was associated with health promotion in the perception of both the professional and the group participants in which it structured itself as a practice and socialization group. The availability for listening of the health professional conducting Xing Fu and the reception by the collective that practices it commits people's adhesion to the group. Also, they constitute a support network for the production of health with similar nature and effects to those discussed in the literature. The UBS localization of the practice favors the longitudinal and integral health follow-up of the participants. Xing Fu preserved essential elements of Tai Chi Pai Lin in its derivation, although it differs from it; it benefits from the practice of directed physical activity, based on slow to moderate movements, stimulation of body awareness, and socialization.