A dissertação analisou o tema da geração distribuída (GD), na modalidade geração compartilhada em cooperativas, no estado de São Paulo (SP), até o ano de 2022. O interesse em explorar o tema da GD e compartilhada em cooperativas se deu, pois, nesta modalidade há uma oportunidade para iniciativas de produção de energia elétrica de forma comum e coletiva. As cooperativas de GD já se desenvolveram em diversos países como uma configuração das comunidades de energia renovável. Porém, no Brasil, este arranjo socioeconômico ainda não se consolidou efetivamente como uma alternativa às outras configurações para a geração de energia elétrica. Neste sentido, o objetivo do trabalho, foi analisar o contexto geral da modalidade à nível nacional e, em seguida, mais especificamente, para SP. Foram identificadas as iniciativas de GD na modalidade geração compartilhada em cooperativas em SP e uma delas foi criteriosamente selecionada para ser o estudo de caso da dissertação. O trabalho se divide em quatro capítulos. O primeiro capítulo apresenta o estado da arte da GD em cooperativas no Brasil. O segundo capítulo apresenta uma análise das políticas públicas, legislação e regulação relativas ao tema. O terceiro capítulo apresenta uma análise da evolução da GD na modalidade compartilhada em cooperativas em São Paulo. O quarto apresenta o caso da energytech Sun Mobi, que mantém a cooperativa Compartsol e que, até o fim de 2022, gerenciava três parques solares em SP, abastecendo cerca de 400 unidades consumidoras. A empresa, em parceria com uma comercializadora de energia, planeja para os próximos três anos a implementação de 200MW em usinas de GD na modalidade geração compartilhada em cooperativas. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa exploratória, com base em dados bibliográficos e informações de fontes oficiais. A principal conclusão do trabalho é que não há em SP iniciativas de cooperativas genuinamente coletivas, que seguem os princípios cooperativistas, mas, sim, empreendimentos de empresas particulares que se valem das cooperativas como um veículo capaz de viabilizar comercialmente seus modelos de negócio de energia como serviço (Energy as Service).

This master thesis scrutinized the theme of micro and mini distributed generation (GD) in the shared generation modality within cooperatives in the state of São Paulo (SP) until the year 2022. The interest in exploring the theme of distributed and shared generation in cooperatives arose because this modality presents an opportunity for common and collective electrical energy production initiatives. Distributed generation cooperatives have flourished in various countries as configurations of Community Renewable Energy. However, in Brazil, this socio-economic arrangement has not yet effectively consolidated as an alternative to other configurations for electrical energy generation. Accordingly, the objective of the study was to analyze the overall context of the modality at the national level and then, more specifically, for SP. Initiatives of GD in the shared generation modality within cooperatives in SP were identified, and one was carefully selected as the case study for the master thesis. The work is divided into four chapters. The first chapter presents the state of the art of GD in cooperatives in Brazil. The second chapter provides an analysis of public policies, legislation, and regulation related to the theme. The third chapter presents an analysis of the evolution of GD in the shared generation modality within cooperatives in São Paulo. The fourth chapter features the case of the energytech Sun Mobi, which operates the Compartsol cooperative and, until the end of 2022, managed three solar parks in SP, supplying approximately 400 consumer units. In partnership with an energy retailer, the company plans to implement 200MW in GD plants in the shared generation modality within cooperatives over the next three years. The research adopted a qualitative exploratory approach, based on bibliographic data and secondary information from official sources. The primary conclusion of the study is that there are no genuinely collective cooperative initiatives in SP following cooperative principles. Instead, private companies utilize cooperatives as a vehicle to commercially facilitate their energy-as-a-service business models.