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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.106.2023.tde-19072023-160330
Documento
Autor
Nome completo
Lia Taruiap Troncarelli
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Morsello, Carla (Presidente)
Adams, Cristina
Funatsu, Beatriz Miky
Giulio, Gabriela Marques di
Junqueira, André Braga
Sanches, Rosely Alvim
Título em português
Percepção das mudanças climáticas em populações de pequena escala: mapeamento sistemático da literatura e a perspectiva do povo indígena Khsêtjê
Palavras-chave em português
Conhecimento tradicional
Consciência
Crença
Experiência
Indicador tradicional
Mudanças globais
Observação direta
Percepção de Risco
Populações tradicionais
Variabilidade climática
Resumo em português
As mudanças climáticas já afetam populações de pequena escala em todo o mundo. Maior risco nessas populações deriva da alta dependência direta de recursos naturais para a própria subsistência, baixa capacidade de lidar com eventos extremos devido à pobreza e vulnerabilidade, além de baixo acesso à infraestrutura. Para tomarem medidas de adaptação frente a tal contexto, essas populações precisam, primeiro, perceber as mudanças climáticas. Assim, a literatura sobre este tema é vasta, muito embora seja difícil comparar os estudos para entender quais fatores modulam a percepção das pessoas. A razão principal é que os artigos científicos adotam conceitos alternativos de percepção das mudanças climáticas, sem explicitar quais destes são importantes. Segundo, nem sempre a percepção das pessoas reflete o que ocorre de fato, pois esta é afetada por fatores diversos, por exemplo, crenças, diferentes visões de mundo ou conhecimento tradicional. Partindo deste contexto, esta tese teve dois objetivos principais. No primeiro capítulo, o objetivo consistiu em identificar como o conceito de percepção varia na literatura científica sobre mudanças climáticas em populações de pequena escala. Para tal, o estudo se baseou em um mapeamento sistemático da literatura publicada de 2018 a 2022 em cinco bases eletrônicas de dados, seguindo as diretrizes do Collaboration for Environmental Evidence. Após a triagem de 5.358 artigos, foram mantidos 361 artigos que cumpriram os critérios de elegibilidade definidos previamente. Deste total, os resultados mostraram que as definições são interdisciplinares. Somente 20% dos artigos continham alguma definição explícita do conceito de percepção, enquanto todos incluíam ao menos dois constructos de percepção, variando entre consciência, conhecimento tradicional, experiência direta e indireta, dentre outros. O segundo capítulo teve o objetivo de entender: (i) a percepção de indivíduos do povo indígena Khsêtjê, da Amazônia brasileira, sobre as mudanças climáticas locais, suas causas e consequências para os modos de vida.; (ii) até que ponto essa percepção individual está alinhada ao conhecimento climático para a Amazônia, e (iii) quais estratégias de adaptação estão sendo adotadas por eles. Neste capítulo, os dados foram coletados em delineamento observacional transversal, por meio de survey por entrevistas estruturadas presenciais em agosto de 2019, com amostra não probabilística de indivíduos da comunidade Khkatxi (n=109). Os resultados indicam que os Khsêtjê percebem a ocorrência de mudanças climáticas, atribuindo-lhes causas humanas, como mudanças graduais nas temperaturas e precipitações, aumento de raios e na intensidade de ventos, transformações na flora e fauna da região. Além da experiência direta, a percepção dos Khsêtjê provém de diferentes fontes de informação, inclusive o conhecimento tradicional utilizado em previsões de curto prazo (dias/semanas) para antever: (i) o período das épocas de seca e chuva; (ii) o início das chuvas, período ideal para o plantio de mandioca no roçado. Algumas estratégias de adaptação vêm sendo implementadas, embora 90% dos entrevistados não se sintam preparados para enfrentar as mudanças climáticas. Entre as conclusões de cada capítulo, duas se destacam. Primeiro, o aprofundamento sobre o que é o conceito de percepção é necessário, tanto em termos teóricos, quanto em termos da prática com populações de pequena escala. Segundo, conhecer a percepção de populações de pequena escala auxilia os pesquisadores e a própria população a entenderem quais são as prioridades e preocupações climáticas dessas comunidades, integrando o conhecimento local ao científico, garantindo uma maior funcionalidade de estratégias de adaptação adequadas ao contexto e necessidades dessas populações.
Título em inglês
Perception of climate change in small-scale populations: systematic mapping of the literature and the perspective of the Khsêtjê indigenous people
Palavras-chave em inglês
Awareness
Belief
Climate variability
Direct observation
Experience
Global changes
Risk perception
Small-scale population
Smallholders
Traditional indicator
Traditional knowledge
Resumo em inglês
Climate change already affects small-scale populations worldwide. Higher risk in these populations derives from direct dependence on natural resources for subsistence, low capability to deal with extreme events due to poverty and vulnerability, and limited access to infrastructure. To adapt, these populations need, first, to perceive climate change. Accordingly, there are many studies about peoples perceptions in the literature, but they are difficult to compare to understand which factors contribute the most. The main reason is that scientific articles adopt alternative concepts of climate change perception, without specifying which are essential. People's perceptions do not always reflect reality due to the influence of beliefs, worldviews, and traditional knowledge. Based on this context, this thesis focused on two objectives. In the first chapter, we identified how the concept of perception varies in the scientific literature on climate change about small-scale populations. To this end, we adopted a systematic mapping of the published literature from 2018 to 2022 in five electronic databases, following the Collaboration for Environmental Evidence guidelines. After screening 5,358 articles, 361 that met the previously defined eligibility criteria, were selected. The results showed that the definitions are interdisciplinary. Only 20% contained an explicit definition of perception, whereas all articles presented at least two perception constructs, varying mainly among awareness, traditional knowledge, and direct or indirect experience. The second chapter aimed to understand: (i) the perceptions of local climate changes by the Brazilian Amazon Khsêtjê, and the consequences to their livelihoods; and (ii) to what extent Khsêtjê's perceptions align with climate knowledge for the Amazon, besides the strategies for climate change adaptation. In this latter case, data came from a cross-sectional observational design through face-to-face survey interviews in August 2019 with a non-probabilistic sample of individuals from the Khkatxi community (n=109). The results indicate that the Khsêtjê perceive climate changes, attributing human causes to them. Specifically, they reported gradual increases in temperatures, changes in precipitation levels, increases in both lightnings and wind intensity, and changes in flora and fauna. In addition to direct experience, perceptions come from different sources of information, including traditional knowledge adopted in short-term forecasts (days/weeks) to anticipate: (i) the period of dry and rainy seasons; (ii) the ideal moment for planting cassava. Some adaptation strategies have already been implemented, yet 90% of respondents feel unprepared to confront climate change. To conclude, this thesis demonstrates that, first, more cautious use of the perception concept is necessary for theoretical studies and climate adaptation practice among small-scale populations. Second, an improved understanding of small-scalers perceptions helps researchers and these populations understand better the climate change priorities and which are the primary concerns, ensuring greater functionality of adaptation strategies.
 
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Data de Publicação
2023-08-02
 
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