Economic Populism is a concept popularized by a series of works by Dornbusch and Edwards in the late-1980s and early-1990s after observing a series of similar boom and bust cycles in Latin America. According to the duo, it is an approach to economics that tends to emphasize growth and reduction of inequalities while dismissing inflation, public deficits, external constraints, and the reaction of agents to non-market policies. Even though those founding works still are the main references on the subject and greatly represent the core of theories and models on Economic Populism, much has changed in the region. Thus, the objective of the present work was to conduct a Theory Refinement exercise, methodologically and conceptually, to better adequate Economic Populism in the 21st century, mainly during the Pink Tide. To do so, we added a new qualitative independent variable to the instrumentalized model: institutional consolidation. It explains how, more than three decades after Dornbusch and Edwards works, institutions in Latin America have stronger constraints than they previously had, which limits the room for maneuver of Economic Populist leaders and policies. To apply such refined theory and test the inference quality of this newly added variable, in a qualitative most-similar design, we compare the positive case for Economic Populism during the Kirchners Era in Argentina and the pragmatism in Lulas macroeconomic administration in neighboring Brazil. We conclude that the different outcomes in Brazil and Argentina are a result of a more robust evolution of institutions in Brazil after the late eighties or when Dornbusch and Edwards (1989) inaugurated the field than in Argentina. In the former, a series of economic reforms conducted by Cardoso and Lula favored pragmatism and a sound fiscal and inflationary scenario. In Argentina, a series of noxious policies from Menem to Cristina Kirchner explains how, in the early 2010s, the countrys economy (and its population) suffered. In summary, institutions were strengthened in Brazil and weakened in Argentina. More permissive economic institutions lead to the implementation of an Economic Populist agenda and more constrained institutions lead to sound macroeconomic policy and effective reduction of poverty and inequalities during the administrations analyzed.

Populismo Econômico é um conceito popularizado por uma série de trabalhos de Dornbusch e Edwards no final da década de 1980 e início da década de 1990, mediante a observação de uma série de ciclos semelhantes de crescimento e crise econômicos na América Latina. Segundo a dupla, essa é uma abordagem da economia que tende a enfatizar o crescimento e a redução das desigualdades ao mesmo tempo em que ignora a inflação, os déficits públicos, as restrições externas e a reação dos agentes a políticas não mercadológicas. Embora essas obras fundadoras ainda sejam as principais referências sobre o tema e representem em grande parte o núcleo de teorias e modelos sobre o Populismo Econômico, muita coisa mudou na região. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi realizar um exercício de Refinamento da Teoria, metodológica e conceitualmente, para melhor adequar o Populismo Econômico ao século XXI, principalmente durante a Pink Tide. Para tanto, adicionamos uma nova variável independente qualitativa ao modelo instrumentalizado: a consolidação institucional. Esta explica como, mais de três décadas após os trabalhos de Dornbusch e Edwards, as instituições na América Latina têm restrições mais fortes do que antes, o que limita a margem de manobra dos líderes e políticas do Populismo Econômico. Para aplicar essa teoria refinada e testar a qualidade de inferência dessa variável recém-adicionada, em um desenho qualitativo most-similar, comparamos o caso positivo de Populismo Econômico durante a Era Kirchner na Argentina e o pragmatismo na administração macroeconômica de Lula no Brasil. Concluímos que os diferentes resultados no Brasil e na Argentina advêm de uma evolução mais robusta das instituições no Brasil após o final dos anos 80 ou quando Dornbusch e Edwards (1989) inauguraram o campo do que na Argentina. No primeiro, uma série de reformas econômicas conduzidas por Cardoso e Lula favoreceram o pragmatismo e um cenário fiscal e inflacionário mais sólido. Na Argentina, uma série de políticas nocivas de Menem a Cristina Kirchner explica como, no início dos anos 2010, a economia do país (e sua população) sofreu. Em resumo, as instituições foram fortalecidas no Brasil e enfraquecidas na Argentina. Instituições econômicas mais permissivas levaram à implementação de uma agenda econômica populista e instituições mais restritivas levaram a uma política macroeconômica mais sólida e efetiva redução da pobreza e das desigualdades durante as gestões analisadas.