Social media platforms like Facebook are taking an increasingly important place in political and public opinion debates, and some commentators argue that they have a significant impact on the results of elections (Brexit and Trump election, for instance). This study, conducted through three academic articles, aims to assess the impact of social media on the polarization of the political debate through three major European case studies. To this finality, the research performs a literature review based on key studies besides investigating and grabbing institutional information. The first article explores how the new versions of Facebooks algorithm accentuate the social bubble effect, weakening the confrontation of the plurality of opinions necessary for the democratic debate. The literature shows that these social bubbles are a risk for democracies, but that they are inherent to the human psychological condition (the algorithms are just amplifying an existing phenomenon by reinforcing our persistent individual beliefs): the real issue seems to be our human capacity to question the veracity of the message we receive (hence the need for regulation of the social media platforms to minimize the risk of manipulations). Faced with these new challenges, the second article assesses how the institutions of the European Union sought to protect the parliamentary elections in May 2019 against the viral proliferation of fake news and against the unlawful use of citizens data to target specific groups of strategic voters. This research focuses on the European General Data Protection Regulation (GDPR) mechanisms to avoid fake news and microtargeting effects on the electoral context. Preliminary results suggest that GDPR reduced social media's effects on the 2019 European Parliament elections by adopting a public and private co-regulation approach, which avoids counterproductive reinforcement of the auto-persuasion power of fake news. Finally, the article discusses the difficulties of applying the European data protection law in a new digital era to conclude that it is essential to continue developing alternative measures. Finally, the third article discusses to what extent the new algorithm introduced by Facebook in January 2018 (with the creation of the controversial Facebook groups which encourage the information exchanged between users sharing common points at the expense of information coming from official pages of traditional media or political figures) has facilitated the Yellow Vests' social manifestation on France's streets from November of 2018 to the end of the year 2019. The research explains how this algorithm played a key role in transforming digital anger into a radical social movement in the streets and investigates how the lack of governance on the social networks could lead to violent real-life manifestations, resulting in negative net gains in the long run and a high potential to destabilize democracies. The final considerations of this dissertation address the limits of the European model of protection (GDPR), open avenues for reflection on its adaptation, and present the new European legislation (the Digital Markets Act (DMA) and the Digital Services Act (DSA)) which should come into force in 2023 and whose general principles are to strengthen competition law in the face of the GAFAM monopoly, and to condemn in digital life everything that is reprehensible in real life.

Plataformas de mídia social como o Facebook ocupam um lugar cada vez mais importante nos debates políticos, e alguns especialistas analisam que estas têm tido um impacto significativo nos resultados das eleições (Brexit e eleição de Trump, por exemplo). Este estudo, realizado através de três artigos acadêmicos busca avaliar o impacto das redes sociais sobre a polarização do debate político através de três estudos de caso europeus. Para tanto, a pesquisa realiza uma revisão de literatura baseada em estudos-chave, além de investigar informações institucionais. O primeiro artigo explora como as novas versões do algoritmo do Facebook acentuam o efeito de filter bubble, enfraquecendo a pluralidade de opiniões necessária ao debate democrático. A literatura mostra que essas bolhas sociais são um risco para as democracias, mas que são inerentes à condição psicológica humana (os algoritmos estão apenas amplificando um fenômeno existente reforçando crenças individuais persistentes): o verdadeiro problema parece ser a capacidade humana a questionar a veracidade das mensagens que recebemos (sugerindo então a necessidade de regulamentação das plataformas de mídia social para minimizar o risco de manipulações). Diante destes novos desafios apresentados, o segundo artigo avalia como as instituições da União Europeia procuraram proteger as eleições parlamentares de maio de 2019 contra a proliferação viral de notícias falsas e contra a utilização ilícita de dados de cidadãos para atingir grupos específicos de eleitores estratégicos. Esta pesquisa foca em avaliar os mecanismos da European General Data Protection Regulation (GDPR) para evitar fake news e efeitos de microtargeting no contexto eleitoral. Os resultados preliminares sugerem que o GDPR reduziu os efeitos das mídias sociais nas eleições para o Parlamento Europeu de 2019 ao adotar uma abordagem de co-regulação pública e privada, o que teria evitado o efeito contraproducente do poder de autopersuasão das notícias falsas. O artigo então discute as dificuldades de aplicação da lei europeia de proteção de dados na era digital para concluir que é essencial continuar desenvolvendo medidas alternativas. Por fim, o terceiro artigo discute em que medida o novo algoritmo introduzido pelo Facebook em janeiro de 2018 (com a criação dos polêmicos grupos Facebook que incentivam a troca de informações entre usuários que compartilham pontos em comum em detrimento de informações provenientes de páginas oficiais da mídia tradicional ou figuras políticas) facilitou a manifestação social dos coletes amarelos nas ruas da França de novembro de 2018 até o final do ano de 2019. A pesquisa explica como esse algoritmo desempenhou um papel fundamental na transformação da raiva digital em um movimento social radical nas ruas e investiga como a falta de governança nas redes sociais pode levar a manifestações violentas na vida real, resultando em ganhos negativos no longo prazo e alto potencial de desestabilização das democracias. As considerações finais desta dissertação abordam os limites do modelo europeu de proteção (GDPR), abrem caminhos para a reflexão sobre a sua adaptação, e apresentam a nova legislação europeia (the Digital Markets Act (DMA) and the Digital Services Act (DSA)) que deve entrar em vigor em 2023 e cujos princípios gerais são fortalecer o direito da concorrência face ao monopólio dos GAFAM, e condenar na vida digital tudo que é repreensível na vida real.