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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.100.2020.tde-18052020-180028
Documento
Autor
Nome completo
Caio Mega de Andrade
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2020
Orientador
Banca examinadora
Igari, Alexandre Toshiro (Presidente)
Godoy, Sara Gurfinkel Marques de
Piao, Roberta de Castro Souza
 
Título em português
Certificações ambientais em organizações de pequeno porte da construção civil paulista: um estudo sob a perspectiva da Nova Economia Institucional
Palavras-chave em português
Arranjos híbridos
Certificação ambiental
Construção civil
Nova Economia Institucional
Resumo em português
As certificações ambientais estabelecem parâmetros e diretrizes adotadas de forma voluntária nos processos produtivos. Do ponto de vista da Nova Economia Institucional (NEI) as certificações são entendidas como instituições que balizam a forma como o mercado é estruturado, constrangendo a ação e os relacionamentos dos agentes econômicos, reduzindo assim a incerteza nas transações. A incerteza existe por conta da assimetria ou incompletude de informação e racionalidade limitada dos agentes, e faz com que custos de transação sejam incorporados para se obter informação adicional. A NEI categoriza as arranjos organizacionais para as trocas econômicas entre os agentes como: mercados, híbridos ou hierarquias. Neste contexto, a especificidade do ativo, incerteza e frequência de transação definem qual arranjo organizacional é o mais adequado. As certificações têm o papel de reduzir as assimetrias de informação e desta maneira reduzir as incertezas que limitam o arranjo organizacional de contratação via mercados O presente trabalho utiliza triangulação metodológica (análise documental, observação participante e entrevistas semiestruturadas) para captar e analisar os discursos, opiniões e posicionamentos dos agentes econômicos. Essa abordagem busca compreender como as certificações ambientais atuam na coordenação das transações (arranjos organizacionais) de pequenas organizações da construção civil, levando em consideração as questões ambientais e custos transacionais. Os resultados encontrados foram que as certificações no estágio atual não afetaram os arranjos do setor de forma significativa, porém adicionaram exigências que aumentam ainda mais a necessidade de controle dos contratos. Por isso, no curto prazo, as organizações de pequeno porte, na impossibilidade de internalizar e hierarquizar, devido sua restrição financeira e de escala, fortalecem os acordos híbridos para aumentar o controle e diminuir os riscos. Porém, em longo prazo, com o amadurecimento das certificações, tem-se a expectativa que os ativos se tornem menos específicos, o que reduziria a dependência bilateral entre as partes. Desta forma, os contratos relacionais precisariam de menos controles e poderiam migrar para uma abordagem mais próxima do mercado. Na visão dos agentes entrevistados a certificação é efetiva no equacionamento das questões ambientais, porém mediante um aumento de custo de transação. Portanto conclui-se que as certificações contribuem para resolução das questões ambientais no setor, porém, no atual estágio, elevam a especificidade de ativo e não são capazes de reduzir a incerteza de forma significativa (pois acarretam em custos de transação) e permitir avanços nos modelos quase-integração de subcontratação característicos do setor
 
Título em inglês
Environmental certifications in small organizations in São Paulo construction sector: a study under the perspective of New Institutional Economics
Palavras-chave em inglês
Construction sector
Environmental certification
Hybrids
New institutional economics
Resumo em inglês
Environmental certifications establish parameters and guidelines adopted voluntarily in the productive processes. From New Institutional Economics (NIE) perspective, certification schemes are understood as institutions that drive the way the market is structured, constraining the action and relationships of economic agents, thus reducing uncertainty in the transactions. Uncertainty exists because asymmetry or incompleteness of information and limited rationality of the agents, and demands incorporation of transaction costs in order to obtain additional information. The NEI categorizes organizational arrangements for economic exchanges between actors as: markets, hybrids or hierarchies. In this context, the asset specificity, uncertainty and transaction frequency define which organizational arrangement is the most adequate. Certifications reduce information asymmetries and thus reduce the uncertainties that limit the organizational arrangement of contracting via markets. The present work uses as a methodology triangulation (documentary analysis, participant observation and semi-structured interviews) to capture the discursive positions of the economic agents. This approach seeks to understand how environmental certifications affect the coordination of transactions (organizational arrangements) of small organizations on construction sector, taking into account environmental issues and transaction costs. The results show that certifications at the current stage did not significantly affect the sector's arrangements, but added requirements that further increase the need for controlling contracts. Therefore, in short term, small organizations, under the impossibility of internalizing and hierarchizing, due to their financial and scale restrictions, strengthen hybrid arrangements to increase control and reduce risks. However, in long term, with the maturity of certifications, it is expected that assets will become less specific, which would reduce bilateral dependence between the parties, and thus relational contracts would need less controls and could migrate to arrangements more similar to markets. In the perspective of the interviewed agents, certification is effective in addressing environmental issues, but under an increase of transaction costs. Therefore, the study concludes that certifications contribute to address environmental issues in the sector, but at the current stage, raise asset specificity and are not capable to significantly reduce uncertainty (which result in transaction costs) and to allow advances in the quasi-integration subcontracting models that characteristic of the sector
 
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Data de Publicação
2020-06-01
 
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