Investiga a relação entre cultura e política no Samba de Terreiro de Mauá, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, desde 23 de dezembro de 2002, analisando como esse espaço cultural surgiu e como se tornou um agente de fomento à resistência política. Deste modo, através de relatos e entrevistas, procuramos construir uma narrativa com base nos seguintes pontos: formas de resistência, tradição e ancestralidade, negritude, política, economia, cultura, prática musical coletiva e comunitária e formas de resistência. Apoiado na metodologia dos Estudos Culturais que propõe uma contextualização radical, procuramos apresentar as principais características que compõem o Samba de Terreiro de Mauá e como, a partir de sua ação local, a resistência ao global se constitui enquanto movimento que fomenta o debate sobre as formas de violência sofrida pela população de periferia, sobretudo ao racismo e demais intolerância que assolam essa população, principalmente ao preconceito aos pretos, e pretas, produtos da diáspora e que têm cotidianamente suas memórias e seus corpos violentados pela necropolítica. Por fim, esta pesquisa busca compreender tais formas de resistência a fim de validar essas memórias coletivas, comunitárias e ancestrais que contribuem para a reescrita da história numa perspectiva contra-hegemônica

Investigate the relationship between culture and politics in Samba de Terreiro de Mauá, located in the Metropolitan Region of São Paulo, since December 23, 2002, analyzing how this cultural space was born and an agent of promotion of political resistance. In this way, through collective reports and interviews, we seek to build resistance, tradition and ancestry, blackness, based on economics, culture, musical and community practice and forms of resistance. The methodology of the Studies is a contextual approach that we present as main characteristics of radical resistance, the Samba de Terreiro of resistance to the global, as from its local action of resistance to the global, it constitutes a movement that promotes the debate on the various forms of violence suffered by the population of the periphery, mainly as forms of racism and intolerance that plague this population, especially prejudice against black men, and black women, who fear daily violently for necropolitics. Therefore, understanding these collective forms of resistance and validating the history of ancestral memories is to contribute to the rewriting of the counter-hegemonic perspective