O presente estudo consistiu em analisar a construção visual da sensualidade feminina, a partir do conceito de Ninfa, tomando como material empírico as capas da revista Playboy brasileira publicadas entre os anos de 1982 e 2010. Como ferramental teórico, utilizamos os conceitos de ninfa, sobrevivência e pathosformel, a partir dos estudos de Aby Warburg, que inspiraram Georges Didi-Huberman, Giorgio Agamben, Bogdana Paskaleva e Daniela Queiroz Campos. Após a análise das 505 capas da Playboy, selecionamos 18 delas, por meio das quais evidenciamos os elementos sobreviventes da Ninfa, tais como a beleza sublime, jovialidade e o poder de fascinação, que compõem a corporeidade erótica e sensual das mulheres estampadas naquelas capas. Observamos, ainda, elementos da Ninfa que se reconfiguram na contemporaneidade. Compreendemos que a Pathosformel da Ninfa é constituída tanto por fragmentos sobreviventes, à exemplo da jovialidade, quanto por novos elementos que emergem na contemporaneidade, como a tatuagem, que, ao encarnarem na imagem da figura feminina, são responsáveis por provocar o desejo

The present study consisted of analyzing the visual construction of female sensuality, based on the concept of Ninfa, taking as empirical material the covers of the Brazilian Playboy magazine published between 1982 and 2010. As a theoretical tool, we used the concepts of nymph, survival and pathosformel, based on the studies of Aby Warburg, which inspired Georges Didi-Huberman, Giorgio Agamben, Bogdana Paskaleva and Daniela Queiroz Campos. After analyzing the 505 Playboy covers, we selected 18 of them, through which we highlight the surviving elements of Ninfa, such as sublime beauty, joviality and the power of fascination, that make up the erotic and sensual corporeity of the women stamped on those covers. We also observe elements of the Ninfa that are reconfigured in contemporary times. We understand that Ninfa's Pathosformel is constituted both by surviving fragments, such as joviality, and by new elements that emerge in contemporaneity, such as the tattoo, that, when embodied in the image of the female figure, are responsible for provoking desire