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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.100.2020.tde-13022020-165715
Documento
Autor
Nome completo
Priscila dos Reis Cunha
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2020
Orientador
Banca examinadora
Morsello, Carla (Presidente)
Pereira, Carlos de Brito
Silva, Thiago Fonseca Morello Ramalho da
Sousa, Sérgio Almeida de
Título em português
Os impactos do Programa Bolsa Família no desflorestamento para agricultura em territórios indígenas da Amazônia: um estudo com modelagem baseada em agentes
Palavras-chave em português
Alocação de tempo
Amazônia
Economia comportamental
Fungibilidade
Mudança no uso da terra
Sistemas sócio-ecológicos
Tomada de decisão
Resumo em português
Os impactos ambientais dos modos de vida indígenas sobre a floresta amazônica, atualmente pequenos, podem ser alterados pela crescente integração dessas sociedades à economia de mercado. Tais mudanças podem ser promovidas por iniciativas governamentais de combate à pobreza por meio de Transferências Condicionadas de Renda, como o Programa Bolsa Família (PBF) do Brasil. Apesar da recente popularidade desses programas no mundo, há poucas evidências sobre seus possíveis impactos ambientais, como o desmatamento de longo prazo. Ademais, os poucos estudos existentes adotam modelos que assumem que as decisões dos indígenas sobre a alocação do tempo seguem princípios da Escolha Racional e focam apenas na renda monetária ou nos bens de consumo. Sendo assim, desconsideram peculiaridades de economias de pequena escala, como: (i) a penosidade do trabalho e a tendência de minimizar o tempo de trabalho, propostas pela Teoria de Chayanov e (ii) a tendência dos indivíduos de separarem mentalmente o tempo entre trabalho e não trabalho, conforme o modelo da Contabilidade Mental. Para preencher essas lacunas, este estudo teve por objetivos: (i) avaliar se as transferências do PBF alteravam a área desflorestada para a agricultura no longo prazo e (ii) comparar as previsões com a adoção de diferentes premissas sobre o uso do tempo (i.e. Teoria de Chayanov e Contabilidade Mental). Para tal, estudamos as transferências do PBF ao povo indígena Kisêdjê da Amazônia brasileira, utilizando dois modelos baseados em agentes descritos em protocolo ODD+D e parametrizados com dados empíricos (29 unidades domésticas; 219 indivíduos) coletados em survey por entrevistas e observação direta. Os modelos foram posteriormente validados em análises de sensibilidade, assim como pela comparação das previsões dos modelos com dados históricos de desflorestamento do Google Earth e censos. Os resultados mostraram que, primeiro, as transferências do PBF tenderão a diminuir a área total desflorestada no longo prazo, sem alterar o tamanho da população Kisêdjê, por meio da redução no tempo dedicado à agricultura. Segundo, a Contabilidade Mental previu níveis de desflorestamento mais próximos da realidade, sugerindo que os Kisêdjê decidem como alocar o tempo estabelecendo um tempo mínimo de trabalho independente do seu retorno energético. Terceiro, diferentes premissas teóricas sobre a tomada de decisão geraram previsões distintas quanto ao tamanho do efeito do PBF sobre o desflorestamento, sendo as áreas previstas em Chayanov menores do que aquelas observadas com a Contabilidade Mental. Além disso, a análise de sensibilidade sugere uma possível relação entre a Contabilidade Mental do tempo e o comportamento perante o risco, dado que este modelo foi menos sensível à imprevisibilidade do sistema. Os resultados deste estudo são novos, pois sugerem que povos indígenas também realizam Contabilidade Mental. Ademais divergem de evidências prévias, ao indicarem que os PTCR podem estar associados à redução no desflorestamento, conforme evidências qualitativas prévias sugerem
Título em inglês
The impacts of the Bolsa Família Program on agricultural deforestation in Amazonian indigenous lands: an agent-based modelling study
Palavras-chave em inglês
Amazon
Behavioural economy
Decision-making
Fungibility
Land use change
Socio-ecology systems
Resumo em inglês
The impacts of indigenous livelihoods on the Amazonian rainforests, currently small, are likely to change with the integration of these societies into the market economy. Integration may be promoted by governmental initiatives for poverty alleviation through Conditional Cash Transfers (CCT), such as the Bolsa Família Program (BFP) in Brazil. Despite the worldwide popularity of these programs nowadays, there is little evidence regarding their potential environmental impacts, such as the associated long-term deforestation. Moreover, the few available studies have departed from models which assume that the time allocation decisions of indigenous peoples follow Rational Choice principles and focus only on monetary income or consumption goods. They therefore disregard peculiarities of small-scale economies, such as: (i) the drudgeries of work and peoples tendency to minimize their working time, proposed by the Chayanovian theory, and (ii) the tendency of individuals to mentally separate time between '' work '' and ''non work'', as argued in the Mental Accounting model. To fill these gaps, this study aimed to: (i) assess whether BFP transfers altered the area deforested for agriculture over the long term and (ii) to compare the predictions which adopted alternative assumptions about time allocation (i.e. Chayanovian theory and Mental Accounting). To do that, we studied the transfers from the BFP to the Kisêdjê indigenous people of the Brazilian Amazon, adopting two agent-based models described with the ODD+D protocol and parameterized using empirical data (29 households; 219 individuals) collected through interviews and direct observation. The models were later validated through sensitivity analyses and through the comparison of model predictions with historical deforestation data from Google Earth and censuses. The results showed that, first, BFP transfers will tend to decrease the total area deforested in the long term, without changing Kisêdjês population size, by reducing the time allocated to agriculture. Second, Mental Accounting predictions regarding deforestation resembled more closely reality, suggesting that the Kisêdjê decide how to allocate their time by establishing a minimum of working time, regardless of its energetic return. Third, alternative theoretical assumptions about the decision-making process led to different predictions regarding the intensity of the BFP effects on deforestation, with the areas predicted by the Chayanovian model being smaller than those observed with Mental Accounting. Besides, the sensitivity analyses suggest a likely relationship between the Mental Accounting of time and risk behaviour, as this model was less sensitive to the systems unpredictability. The results of this study are novel, because they suggest indigenous peoples do mental accounting of time. They also differ from previous evidence by indicating that CCTs may be associated with deforestation reduction, as previous qualitative evidence suggest
 
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Data de Publicação
2020-02-21
 
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