Esta revisão sistemática tem como objetivo identificar e coligir os principais trabalhos que abordam a prevalência das mastites clínica e subclínica em búfalas leiteiras, fundamentada no mnemônico POT, em que P é a população, O (outcomes) é o desfecho T é o tipo de estudo a ser considerado e fornecer a estimativa combinada da prevalência de mastite em búfalas leiteiras e examinar a consistência dessas estimativas entre os estudos publicados. Para isso uma revisão sistemática coligiu dados de 2002-2022 de seis bases de dados incluindo MEDLINE via PubMed, CAB direct, Science Direct, EMBASE, LILACS e Scielo, para localizar os estudos observacionais de mastite em búfalas. O Microsoft Excel foi usado para extrair dados. Os estudos primários foram avaliados sistematicamente e independentemente por dois revisores, por meio de critérios de elegibilidade baseados no mnemônico da pergunta. A literatura foi coligida por uma fórmula de pesquisa: (buffalo^* OR ′bubalus bubalis′ OR bufalin OR bubalus OR water buffalo) AND (mastitis OR ′breast infection′ OR ′breast inflammation′ OR ′mammary infection′ OR mammitis OR ′breast disease? ′ NOT ′breast cancer′) com filtro de ano de 2002 2022. A meta-análise de 35 estudos foi realiada sob o modelo de efeitos aleatórios usando o pacote Meta no software R. A estimativa agrupada da prevalência de mastite com base nas amostras testadas foi obtida usando 25.375 amostras de 35 estudos e foi de 29,62% (95% CI 20,17- 40,03). A meta-análise mostrou que há heterogeneidade alta para as estimativas de prevalência entre os estudos publicados. Houve predomínio na abordagem da mastite subclínica, referiu-se o diagnóstico do perfil inflamatório e infeccioso, com predomínio de identificação de bactérias do gênero Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Bacillus spp. e Corynebacterium spp. Houve consenso dos autores quanto a importância da mastite bubalina, apontando para a necessidade de critérios mais transparentes, principalmente no que diz respeito a padronização metodológica que leve em consideração os fatores de risco de viés para avaliação do cenário da enfermidade em búfalas, que assim como em qualquer outra espécie, é multifatorial.

This systematic review aims to identify and collate the main papers addressing the prevalence of clinical and subclinical mastitis in dairy buffaloes, based on the mnemonic POT, where P is the population, O (outcomes) is the endpoint T is the type of study being considered and provide the combined estimate of the prevalence of mastitis in dairy buffaloes and examine the consistency of these estimates across published studies. To do this a systematic review collated data from 2002-2022 from six databases including MEDLINE via PubMed, CAB direct, Science Direct, EMBASE, LILACS and Scielo to locate observational studies of mastitis in buffaloes. Microsoft Excel was used to extract data. Primary studies were systematically and independently evaluated by two reviewers using eligibility criteria based on the mnemonic of the question. Literature was collated by a search formula: (buffalo^* OR ′bubalus bubalis′ OR bufalin OR bubalus OR water buffalo) AND (mastitis OR ′breast infection′ OR ′breast inflammation′ OR ′mammary infection′ OR mammitis OR ′breast disease? ′ NOT ′breast cancer') with a year filter of 2002 - 2022. Meta-analysis of 35 studies was performed under the random effects model using the Meta package in R software. The pooled estimate of mastitis prevalence based on the samples tested was obtained using 25,375 samples from 35 studies and was 29.62% (95% CI 20.17- 40.03). The meta- analysis showed that there is high heterogeneity for the prevalence estimates among the published studies. There was a predominance in addressing subclinical mastitis, referred the diagnosis of inflammatory and infectious profile, with a predominance of identification of bacteria of the genus Staphylococcus spp., Streptococcus spp. There was a consensus among the authors regarding the importance of buffalo mastitis, pointing to the need for more transparent criteria, especially regarding the standardization of the methodology which takes into consideration the risk factors for bias in the evaluation of the disease in buffaloes, which, as in any other species, is multifactorial.