O objetivo deste estudo foi o de avaliar a influência do uso da enzima fitase, em altas dosagens, em dietas de matrizes de corte sobre a qualidade e o crescimento da progênie. Foram utilizadas 216 reprodutoras pesadas as quais foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos de dezoito repetições de quatro aves cada. As dietas foram isonutritivas, porém foram valorizadas com a redução de 0,16% no nível de cálcio e 0,15% do fósforo disponível e as doses de fitase utilizadas foram de 500; 1500; 4500 FTU/kg. O período experimental foi conduzido de 27 até 50 semanas de idade. A produção e a qualidade dos ovos foram avaliadas a cada quatro semanas. Foi coletada uma amostra de gema de ovo fresca de uma ave/boxe às 35 e 40 semanas de idade das aves. Essas gemas foram usadas para determinar a concentração de inositol, glicerol e minerais. A produção de ovos (P = 0,06) foi maior em galinhas alimentadas com 1.500 FTU/kg de fitase quando comparada com aquelas alimentadas com 4.500 FTU / kg de fitase. A inclusão de fitase a 4.500 FTU/kg reduziu o peso do ovo (P<0,011) e a resistência da casca (P<0,025), em comparação com a inclusão de 500 FTU/ kg. O ciclo de produção também influenciou significativamente o peso do ovo (P<0,01), unidade Haugh (P<0,01) e a resistência da casca do ovo (P<0,020). A concentração de inositol na gema diminuiu (P <0,01) e a de glicerol aumentou (P<0,01) com o incremento da dose de fitase de 500 para 4.500 FTU/kg. Em geral, o cálcio (Ca), sódio (Na) e potássio (K) da gema foram influenciados pela dose de fitase × ciclo de produção (P<0,01). A concentração de fósforo (P) na gema foi maior (P<0,01) em galinhas alimentadas com 4.500 ou 500 FTU/kg de fitase quando comparadas com aquelas que receberam 1.500 FTU/kg de fitase, independentemente da idade das aves. Com 48 semanas de idade, os ovos foram coletados e incubados utilizando-se procedimentos padrão. No dia da eclosão, a eclodibilidade dos ovos incubados e a qualidade do pintinho foram determinadas e 18 pintinhos de cada tratamento foram eutanasiados para a coleta do saco vitelino a fim de se avaliar a concentração de inositol, glicerol e minerais. Os demais pintinhos foram igualmente divididos e distribuídos nos tratamentos experimentais. Assim, 648 aves foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3 (dieta recebida pelas matrizes X níveis de fitase para a progênie) totalizando nove tratamentos com seis repetições de 12 aves cada. Nos tratamentos em que o efeito da dieta materna sobre a progênie foi avaliado, as aves receberam uma dieta comum, controle negativo sem a inclusão de fitase, para verificar esses efeitos. Os demais tratamentos foram a dieta controle, acrescida com doses de 500 ou 1500 FTU/kg. As características estudadas no experimento de progênie foram: o peso corporal, o consumo de ração e a conversão alimentar. O aumento da concentração de fitase na dieta das reprodutoras aumentou linearmente (P<0,05) a mortalidade inicial e diminuiu linearmente (P<0,05) a mortalidade final e o número de ovos bicados. A concentração de inositol no saco vitelino elevou-se (quadrático, P<0,05) com o aumento da dose de fitase na dieta da reprodutora. O ganho de peso, o consumo de ração e a conversão alimentar foram influenciados pela dieta das matrizes (P<0,05). Não houve efeito subsequente da dieta de frangos de corte sobre o desempenho do dia da eclosão até 42 dias de idade. A suplementação de 1.500 FTU/kg na dieta de galinhas reprodutoras aumentou a concentração de Na, magnésio (Mg), K, manganês (Mn) e zinco (Zn) no saco vitelino. Em conclusão, o presente estudo encontrou efeito positivo da nutrição de matrizes pesadas sobre a produção de ovos total de ovos, assim como a concentração de glicerol e minerais na gema de ovos não incubados. Em adicional, melhorou a taxa de crescimento inicial e reduziu a mortalidade embrionária final. Ademais, altas doses de fitase aumentaram a concentração de inositol do saco da gema e disponibilidade de minerais.

The objective of this study was to evaluate the influence of the use of phytase enzyme, in high dosages, in diets of broiler breeders on quality and growth of progeny. A total of 216 broiler breeders were distributed in a completely randomized design, with three treatments of 18 replicates of four birds each. The diets were isonutritive, however they were valorized with the reduction of 0.16% in the calcium level and 0.15% of the available phosphorus levels and the doses of phytase used were 500, 1500, 4500 FTU/kg. The experimental period was conducted from 27 to 50 weeks of age. The egg production and egg quality were evaluated every four weeks. A sample of fresh egg yolk was collected from one hen/ pen at 35 and 40 weeks of age. These yolks were used to determine the concentration of inositol, glycerol and minerals. The egg production (P= 0.06) was greatest in hens fed 1,500 FTU/kg phytase when compared with hens fed 4,500 FTU/kg phytase. The inclusion of phytase at 4,500 FTU/kg reduced egg weight (P <0.011) and eggshell strength (P<0.025), compared to the inclusion of 500 FTU / kg. The cycle of production also significantly influenced egg weight (P<0.01), Haugh unit (P <0.01), eggshell strength (P<0.020). Yolk inositol decreased (P<0.01) and yolk glycerol concentration increased (P<0.01) as phytase dose increased from 500 to 4,500 FTU/kg. In general, yolk calcium (Ca), sodium (Na), and potassium (K) were influenced by phytase dose × cycle of production (P < 0.01). Phosphorus (P) concentration in the yolk was highest (P<0.01) in hens fed 4,500 or 500 FTU/kg phytase when compared with hens fed 1,500 FTU/kg of phytase, regardless of breeder age. At 48 weeks of age, eggs were collected and incubated using standard procedures. On the day of hatching, hatchability and chicks quality were determined and 18 chicks from each treatment were euthanized to collect the yolk sac to determine the concentration of inositol, glycerol and minerals. The remaining chicks were equally divided and distributed in the experimental treatments. Thus, 648 birds were distributed in a completely randomized design in a 3 X 3 factorial scheme (diets received by the broiler breeders X levels of phytase for the progeny) totaling nine treatments with six replicates of 12 birds each. In the treatments in which the effect of the maternal diet on the progeny was evaluated, the birds received a common diet, negative control no phytase added, to verify these effects. The other treatments were the control diet, increased with levels of 500 or 1500 FTU/kg. The characteristics studied in the progeny trial were: body weight, feed intake, and feed conversion. Increasing phytase concentration in the breeder hen diet linearly (P<0.05) increased the number of early dead and linearly (P<0.05) decreased the number of late dead and pips. Inositol concentration in the yolk sac at day of hatch increased (quadratic, P<0.05) as phytase dose increased in the breeder hen diet. Body weight, feed intake and feed conversion ratio were influence by the breeder hen diet (P<0.05). There was no effect of subsequent broiler chick diet on performance of the day of hatching up to 42 days of age. The supplementation of 1500 FTU/kg in the breeder hen diet increased the concentration of Na, magnesium (Mg), K, manganese (Mn) and zinc (Zn) in the yolk sac. In conclusion, the present study found a positive effect of the nutrition of broiler breeders on the total egg production of eggs, as well as the concentration of glycerol and minerals in yolk (non-incubated eggs). In additional, it improved the initial growth rate and reduced the late dead and pips. Furthermore, higher doses of phytase increased the concentration of inositol and mineral in yolk sac.