O coproduto extrato de malte, derivado de grãos de cevada, apresenta constituintes antioxidantes e prebióticos. Diante do exposto, o intuito do presente trabalho foi avaliar o efeito da inclusão de extrato de malte na dieta de cães saudáveis sob digestibilidade, palatabilidade, imunidade, microbiota fecal e produtos fermentativos. O delineamento experimental utilizado foi o crossover 2x2. Foram utilizados 12 cães saudáveis com dois anos de idade, distribuídos aleatoriamente em dois grupos de acordo com o alimento consumido: Alimento Controle (AC), sem a adição de extrato de malte, e Alimento Malte (AM), com a adição de 1,0% de extrato de malte (matéria natural), durante dois períodos experimentais. O consumo de alimento, escore fecal, digestibilidade aparente dos nutrientes, palatabilidade, produtos fermentativos, microbiota fecal e imunidade foram comparados após o consumo dos alimentos experimentais. Os resultados obtidos foram analisados pelo software computacional Statistical Analysis System (SAS, versão 9.4). Valores de p<0,05 foram considerados significativos. Não foram observadas diferenças nos parâmetros de digestibilidade aparente dos nutrientes, palatabilidade e produtos fermentativos. O filo predominante para os dois grupos foi o Firmicutes (p<0,0001), sendo a média deste maior para o tratamento AM. Houve diferença para os grupos bacterianos pertencentes ao cluster Clostridium XIVa e gênero Faecalibacterium (p<0,0001), que são bactérias responsáveis pela produção de ácidos graxos de cadeia curta, sendo as médias destes grupos maiores para o tratamento AM, além disso, para este tratamento foi observada redução do gênero Bifidobacterium (p<0,0001). Após o consumo do AM, também houve aumento do índice (p=0,0071) e da taxa (p=0,0025) de proliferação de linfócitos e na relação de linfócitos CD4⁺ :CD8⁺ (p=0,0098). Concluiu-se que a inclusão de 1,0% de extrato de malte na dieta apresentou efeito prebiótico em cães adultos saudáveis.

The co-product malt extract, derived from barley grains, has antioxidant and prebiotic constituents. Given the above, the aim of this study was to evaluate the effect of including malt extract in the diet of healthy dogs under digestibility, palatability, immunity, fecal microbiota, and fermentative products. The experimental design used was the 2x2 crossover. Twelve healthy two-year-old dogs were used, randomly divided into two groups according to the food consumed: Control Food (AC), without the addition of malt extract, and Malt Food (AM), with the addition of 1.0% malt extract (natural matter) during two experimental periods. Food consumption, fecal score, apparent nutrient digestibility, palatability, fermentative products, fecal microbiota, and immunity were compared after consumption of experimental foods. The results obtained were analyzed by the computer software Statistical Analysis System (SAS, version 9.4). Values of p<0.05 were considered significant. No differences were observed in the parameters of apparent digestibility of nutrients, palatability, and fermentation products. The predominant phylum for both groups was Firmicutes (p<0.0001), the mean of which was higher for the AM treatment. There was a difference for the bacterial groups belonging to the cluster Clostridium XIVa and genus Faecalibacterium (p<0.0001), which are bacteria responsible to produce short-chain fatty acids, and the averages of these groups were higher for the AM treatment, in addition, for this treatment, reduction in the genus Bifidobacterium (p<0.0001) was observed. After AM consumption, there was also an increase in the index (p=0.0071) and rate (p=0.0025) of lymphocyte proliferation and in the CD4+:CD8+ lymphocyte ratio (p=0.0098). It was concluded that the inclusion of 1.0% of malt extract in the diet had a prebiotic effect in healthy adult dogs.