The role of the environment in the trajectory of individuals has been studied for hundreds of years. From the beginning of this research field, authors have been noticed that there was an intimate relationship between the environment that individuals live in and the way they express themselves phenotypically. In this study, we reviewed the current literature concerning epi-markers to predict welfare in pigs and conducted a novel study on the role of environmental experiences on genomic factors in the porcine corpus luteum. In the first study, we reviewed the evidence regarding the development of a panel of epigenetic indicators associated with the negative experiences that pigs may have undergone during their lifespan. In this review of evidence collected over the last 10 years, published in international peer-reviewed journals, we identified positive perspectives regarding the consistency of epigenetic markers in the genome of farm animals, which could predict their welfare. However, we also pointed out high variability concerning genes differentially affected by these markers, which can be explained by their high diversity in terms of the experimental context. In the second manuscript of this dissertation, we presented a novel study showing that a single dose of lipopolysaccharide (LPS) was capable of down-regulating gene expression of the angiogenic gene (VEGF) in the corpus luteum of gilts housed in different welfare conditions. This study simulates one of the biggest challenges of intensive pig farming: urinary tract infections by gram-negative bacteria, which have LPS in their external membrane wall. Overall, our study revealed important findings concerning environmental factors that can compromise the productive, reproductive, and welfare aspects of pigs. Furthermore, it is reasonable to say that other fields of study can benefit from our evidence since the porcine model is recognized as one of the best species for translational research.

O papel do meio ambiente na trajetória dos indivíduos é estudado há centenas de anos. Desde o início deste campo de estudos, os autores perceberam que existia uma relação íntima entre o ambiente em que os indivíduos vivem e a forma como se expressam fenotipicamente. Neste estudo, revisamos a literatura atual sobre epi-marcadores para predizer o bem-estar de suínos e conduzimos um estudo inédito sobre o papel das experiências ambientais em fatores genômicos no corpo lúteo suíno. No primeiro estudo, revisamos as evidências sobre o desenvolvimento de um painel de indicadores epigenéticos associados às experiências negativas pelas quais os suínos podem ter passado durante sua vida. Nesta revisão de evidências coletadas nos últimos 10 anos, publicadas em periódicos internacionais revisados por pares, identificamos perspectivas positivas quanto à consistência de marcadores epigenéticos no genoma de animais de produção, que poderiam predizer seu bem-estar. No entanto, também apontamos uma grande variabilidade em relação aos genes diferencialmente afetados por essas marcas, o que pode ser explicado por sua grande diversidade em termos de contextos experimentais. No segundo manuscrito desta dissertação, apresentamos umestudo inédito mostrando que uma única administração de lipopolissacarídeo (LPS) foi capaz de diminuir a expressão gênica do gene angiogênico (VEGF) no corpo lúteo de marrãs alojadas em diferentes condições de bem-estar. Este estudo simula um dos maiores desafios da suinocultura intensiva: infecções do trato urinário por bactérias gram-negativas, que possuem LPS em sua membrana externa. No geral, nosso estudo revelou achados importantes sobre fatores ambientais que podem comprometer os aspectos produtivos, reprodutivos e de bem-estar dos suínos. Além disso, é razoável dizer que outros campos de estudo podem se beneficiar dos nossos achados, uma vez que o modelo suíno é reconhecido como uma das melhores espécies para pesquisa translacional.