The development of a hormonal protocol capable of estrus synchronization and time- fixed ovulation induction in mares has been a challenge. The two main difficulties to achieve it are to promote follicular atresia and to induce the emergence of a new synchronic follicular wave among treated mares. Previous studies from our laboratory were capable, for a few days, to stop follicular growth with no occurrence of atresia and posterior reestablishment of the follicular growth. This condition did not permit a similar follicular development among the mares to permit only one treatment to induce ovulation in a fixed-time manner. The main objectives of this project were: (1) to develop a hormonal protocol capable to promote follicular atresia, and (2) the emergence of a synchronic follicular wave in mares. Five experiments were performed: Chapter 3: Experiment 1 Daily plasma progesterone (P4) concentration curve in ovariectomized and cyclic mares treated with an intravaginal P4 releasing device. Experiment 2 Evaluation of six hormonal protocols for atresia induction and synchronization of a new follicular wave. Experiment 3 Test of two modified hormonal protocols for follicular atresia induction and synchronization of a new follicular wave. Chapter 4: Experiment 4 - Evaluation of plasma P4 levels and functional status of the corpus luteum (CL) using Doppler ultrasonography in cyclic mares submitted to treatments using different sources of exogenous P4. Chapter 5: Experiment 5 - Test of the efficiency of fixed-time ovulation induction and fertility in cyclic mares submitted to hormonal protocols for follicular wave and ovulation synchronization. It was hypothesized that the degree of synchrony of follicular growth would dependent on the efficiency obtained for induction of follicular atresia by the hormonal treatment performed. Besides, it was hypothesized that luteal function of CLs resulting from ovulations post-hormonal treatments would present high degree of vascularization and consequently the mares would present high plasmatic levels of P4. Another hypothesis was that it would be possible to perform fixed time artificial insemination in mares and its oocytes submitted to hormonal treatment for synchronization of estrus and ovulation would be fertile. The effect of new sources of hormonal combinations of P4 and estradiol and the association of low doses of hCG and deslorelin were tested during two reproductive seasons. Two of the previously tested hormonal protocols were selected based on their efficiency for new studies of fertility (Chapter 5; Experiment 5). The first protocol promoted follicular atresia and the oocytes were originated from follicles emerged from a new follicular wave. The second protocol was not capable to promote neither atresia nor the emergence of a new follicular wave, however caused follicle growth suppression and ovulation of follicles that resumed its growth after exogenous P4 source removal. The luteal function post-hormonal treatments remained with a good capacity of P4 production. The fertility of mares submitted to hormonal treatment protocols for ovulation synchronization, after fixed time artificial insemination 30 hours after ovulation induction, was evaluated by ultrasound diagnosis of gestation thirteen days after ovulation. Pregnancy rates were 83% (15/18) and 72% (13/18), on both treatments and were not statistically different (P > 0.05). Nevertheless, the average diameter of the embryonic vesicles in the group not capable of causing follicular atresia was smaller than in the group that showed follicular atresia (P < 0.05), and even smaller than the average reported in the literature on the thirteenth day of gestation. Initial embryonic development may have been compromised when the oocytes resulted from follicles which presented suppressed growth by the action of exogenous P4. Therefore, the hormonal strategies used were able to develop two hormonal treatment protocols capable of synchronizing ovulations for fixed time artificial insemination in mares presenting satisfactory pregnancy rates.

O desenvolvimento de um protocolo hormonal capaz de sincronizar o estro e a ovulação de éguas em tempo fixo tem sido desafiador. Os dois principais desafios a serem superados para garantir a eficiência desses protocolos são: (1) a promoção da atresia folicular e (2) a emergência do crescimento de uma nova onda folicular de forma sincrônica entre as éguas tratadas. Estudos prévios deste laboratório foram capazes somente de suprimir o crescimento folicular, por alguns dias, sem ocorrência de atresia e com posterior reestabelecimento do crescimento desses folículos estáticos. Esta condição não proporcionou um desenvolvimento folicular similar entre as éguas tratadas que permitisse sincronia de tamanho de folículos entre elas e, consequentemente, uma única indução da ovulação em tempo fixo. Este projeto teve como objetivo principal desenvolver um protocolo hormonal capaz de promover a atresia, a emergência sincrônica de uma nova onda folicular e a sincronização da ovulação em éguas. Cinco experimentos foram realizados, sendo: Capítulo 3: Experimento 1 - Estabelecimento da curva de concentração plasmática de progesterona (P4) diária em éguas castradas e inteiras utilizando dispositivo intravaginal como fonte exógena de progesterona. Experimento 2 - Avaliação de seis protocolos hormonais para indução de atresia folicular e sincronização de uma nova onda de crescimento folicular durante o período de estação reprodutiva. Experimento 3 - Reavaliação dos protocolos hormonais previamente testados no experimento 2 com reajustes na dose de P4 e na frequência de administração de estradiol (E2) para indução de atresia e sincronização de uma nova onda de crescimento folicular. Capítulo 4: Experimento 4 - Avaliação dos níveis plasmáticos de progesterona e do status funcional do corpo lúteo por meio de ultrassonografia Doppler em éguas cíclicas submetidas aos tratamentos utilizando diferentes fontes de progesterona exógena. Capítulo 5: Experimento 5 Teste de eficiência da indução da ovulação em tempo fixo e da fertilidade em éguas cíclicas submetidas a protocolos hormonais para sincronização das ondas foliculares e da ovulação. Foi levantada a hipótese de que o grau de sincronia do crescimento folicular dependeria da eficiência obtida na indução da atresia folicular devido ao tratamento hormonal realizado. Além disso, formulou-se a hipótese de que a função luteal dos CLs resultantes de ovulações após tratamentos hormonais apresentaria um elevado grau de vascularização e, consequentemente, as éguas apresentariam elevados níveis plasmáticos de P4. Outra hipótese consistia em ser possível realizar a inseminação artificial a tempo fixo em éguas e que os oócitos submetidos a tratamento hormonal para sincronização do estro e da ovulação seriam férteis. O efeito de novas combinações de fontes hormonais de progesterona e estradiol e a associação de baixas doses de hCG e deslorelina foram testados durante duas estações reprodutivas. Dois dos protocolos hormonais testados foram selecionados com base em sua eficiência e estudos de fertilidade desenvolvidos com eles (Capítulo 5; Experimento 5). O primeiro promoveu atresia folicular e os oócitos foram originados de folículos emergidos em uma nova onda de crescimento folicular. O segundo não foi capaz de promover a atresia e a emergência de uma nova onda folicular, porém provocou supressão do crescimento dos folículos e as ovulações ocorreram em folículos que retomaram o crescimento após a remoção da fonte de progesterona exógena. A função luteal pós-tratamentos hormonais permaneceu com boa capacidade de produção de P4. A fertilidade das éguas submetidas a esses protocolos hormonais, após inseminação artificial em tempo fixo 30 horas após a indução das ovulações, foi avaliada por meio de diagnóstico ultrassonográfico de gestação aos treze dias após a ovulação. As taxas de prenhez nos grupos tratados para sincronização da ovulação foram de 83% (15/18) e 72% (13/18), respectivamente, não sendo estatisticamente diferentes (P > 0,05). Entretanto, o diâmetro médio das vesículas embrionárias do grupo que não apresentou atresia folicular foi menor do que no outro grupo que foi capaz de promover atresia folicular (P < 0,05) e também menor do que a média citada pela literatura no décimo terceiro dia de gestação. O desenvolvimento embrionário pode ter sido comprometido no grupo cujos oócitos foram provenientes de folículos que tiveram seu crescimento retardado pela ação da progesterona exógena. Desta forma, as estratégias hormonais utilizadas foram capazes de desenvolver dois protocolos de tratamento hormonal capazes de sincronizar as ovulações para a realização da inseminação artificial em tempo fixo em éguas e obtiveram boas taxas de prenhez.