We aimed to evaluate the impact of corpus luteum (CL) and uterine characteristics accessed by B-mode and color Doppler ultrasonography in recipient mares at the time of embryo transfer (ET) on pregnancy outcomes. Recipient mares (n=110), between days 3 to 9 after spontaneous ovulation, received a fresh embryo. Immediately before ET, the reproductive system was assessed by transrectal palpation for the following parameters: uterine tone (0-3), CL echogenicity (0-6), CL type (homogeneous, trabecular or anechoic center), luteal area (cm2), uterine echogenicity (0-3), uterine edema (0-3), uterine echotexture (0-3), luteal blood perfusion (0-100%) and uterine blood perfusion (1-4). Additionally, a blood sample was collected by puncture of the jugular vein for plasma P4 dosage. Retrospectively, recipients were classified according to the luteal area (small [≤ 6 cm2] or large [> 6 cm2]), luteal blood perfusion (low [≤ 55%] or high [> 55%]), and plasma concentration of P4 (low ≤ 9.98 ng/mL or high > 9.98 ng/mL). Pregnancy diagnosis was performed at 15 and 30 days of gestation. Luteal blood perfusion was significantly higher (P= 0.03) in pregnant recipients (n= 83) than in non-pregnant recipients (n= 27). Overall P/ET was higher (P≤ 0.02) in mares with high luteal blood perfusion and high P4. Luteal blood perfusion was the most adequate significant (P= 0.01) predictor of pregnancy compared with the luteal area and plasma P4 concentration. Only luteal blood perfusion showed a linear (P= 0.03) and cubic (P= 0.004) effect on P/ET. In conclusion, CL blood perfusion determined by color-Doppler can be used in real-time to select recipients with the greatest chance of maintaining pregnancy in equine ET programs.

Objetivamos avaliar o impacto das características do corpo lúteo (CL) e do útero acessadas pela ultrassonografia em modo-B e Doppler-colorido em éguas receptoras no momento da transferência de embriões (TE) sobre os resultados da prenhez em um programa de TE. Éguas receptoras (n= 110), entre dias 3 a 9 após a ovulação espontânea, receberam um embrião fresco. Imediatamente antes da TE, o sistema reprodutor foi avaliado por palpação transretal quanto aos parâmetros a seguir: tônus uterino (0-3), ecogenicidade do CL (0-6), tipo de CL (homogêneo, trabeculado ou centro anecoico), área lútea (cm² ), ecogenicidade uterina (0-3), edema uterino (0-3), ecotextura uterina (0-3), perfusão sanguínea luteal (0-100%) e perfusão sanguínea uterina (1-4). Adicionalmente, uma amostra de sangue foi coletada por punção da veia jugular para dosagem plasmática de P4. Restrospectivamente, as receptoras foram classificadas de acordo com a área luteal (pequeno [≤ 6 cm² ] ou grande [> 6 cm² ]), perfusão sanguínea luteal (baixa [≤ 55%] ou alta [> 55%]) e concentração plasmática de P4 (baixa ≤ 9,98 ng/mL ou alto > 9,98 ng/mL). O diagnóstico de gestação foi realizado aos 15 e 30 dias de gestação. A perfusão sanguínea luteal foi significativamente maior (P= 0,03) em receptoras gestantes (n= 83) do que em receptoras não-gestantes (n= 27). A P/TE foi estatisticamente superior (P≤ 0,02) em éguas com perfusão sanguínea luteal e concentração plasmática de P4 altas. A perfusão sanguínea luteal foi o preditor significativo (P= 0,01) mais adequado da prenhez em comparação com a área luteal e concentração plasmática de P4. Adicionalmente, somente a perfusão sanguínea luteal apresentou efeito linear (P= 0,03) e cúbico (P= 0,004) sobre a P/TE. Em conclusão, a perfusão sanguínea do CL determinada pelo Doppler-colorido pode ser utilizada em tempo real para selecionar as receptoras com maiores chances de manter a prenhez em programas de TE em equinos.