O nosso trabalho teve como objetivo avaliar as concentrações dos hormônios tireoidianos e esteroides dos neonatos no pós-parto imediato (d0) de éguas suplementadas com diferentes progestágenos e estabelecer correlação entre a concentração de progesterona da mãe com a do neonato. Para isso foram utilizadas 27 éguas da raça Mangalarga Marchador e seus respectivos potros. Os animais foram divididos em 5 grupos experimentais: grupo 1 (controle, sem suplementação hormonal), grupo 2 (éguas receptoras acíclicas suplementadas até os 120 dias de prenhez com progesterona de longa ação), grupo 3 (éguas suplementadas com progesterona de curta ação a partir do dia 280 de gestação), grupo 4 (éguas suplementadas com progesterona de longa ação a partir do dia 280 de gestação) e grupo 5 ( éguas suplementadas com progestágeno sintético altrenogest a partir do dia 280 de gestação). Foi realizada coleta de sangue dos potros e das éguas imediatamente após o parto para a mensuração hormonal utilizando kits comerciais. Os hormônios mensurados nos neonatos foram T3 total, T4 livre, TSH, progesterona e cortisol. Nas éguas foi mensurada a concentração de progesterona. Os grupos de neonatos não apresentaram diferença na concentração de T3 total, T4 livre, TSH e progesterona no d0. Não foi encontrada diferença na concentração de progesterona das éguas dos diferentes grupos analisados no d0. Os neonatos dos grupos 4 apresentaram maior concentração de cortisol no d0 e os do grupo 5 apresentaram menor concentração de cortisol no d0. Nenhum neonato apresentou alteração clínica. Assim, a suplementação hormonal com progesterona de longa ação a partir dos 280 dias de gestação levou ao aumento na concentração de cortisol do neonato enquanto que a suplementação com altrenogest a partir dos 280 dias de gestação causou a diminuição nos níveis de cortisol no d0.

Our essay aimed to evaluate neonatal foals thyroid and steroid hormone levels in the oncoming postpartum (d0) of mares supplemented with different progestogens and to establish a interconnection between the progesterone levels of the mother and the neonate. For this, 27 Mangalarga Marchador mares and their respective foals were surveyed. The animals were shared to 5 experimental groups: group 1 (control, without hormonal supplementation), group 2 (acyclic recipient mares supplemented until 120 days of pregnancy with long-acting progesterone), group 3 (mares supplemented with short-acting progesterone from the 280th day of pregnancy), group 4 (mares supplemented with long-acting progesterone from the 280th day of pregnancy) and group 5 (mares supplemented with synthetic altrenogest progestogen from the 280th day of pregnancy). Blood samples were collected from neonates and mares immediately after calving for hormonal measurement using commercial kits. The hormones measured in the newborns were total T3, free T4, TSH, progesterone and cortisol. In mares was measured the progesterone levels. Newborn groups didnt display any difference among total T3, free T4, TSH and progesterone levels in d0. Any difference was found in progesterone levels of mares of different groups analyzed in d0. Neonates from groups 2 and 4 had higher cortisol levels at d0 and those from group 5 had lower cortisol levels at d0. Neither neonate showed clinical alteration. Thus, long-acting progesterone hormone supplementation up to 120 days of pregnancy and from 280 days of pregnancy led to an increase in the cortisol levels of the newborn, while altrenogest supplementation from 280 days of pregnancy led to a reduction in cortisol levels in d0.