O Hormônio Concentrador de Melanina (MCH) vem sendo estudado há muito tempo. Entretanto, somente em 1955, Kawauchi e colaboradores isolaram e seqüenciaram o MCH da hipófise de salmão. Em 1957, Pickford & Atz mostraram que este hormônio possuía a função oposta à do Hormônio Estimulante da Melanina (MSH). O MCH tem a função, em peixes teleósteos, de agregação dos grânulos de melanina, enquanto que em répteis e anfíbios foi descrita a função de dispersão. Ainda em peixes teleósteos, o MCH inibe a secreção do Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) e do 'alfa'MSH induzida pelo Fator Liberador de Corticotrofina (CRF) in vitro. Alguns mapeamentos foram feitos em Sistema Nervoso Central (SNC) de rato usando-se anticorpo anti-MCH de salmão (sMCH). Desses estudos surgiu uma parte da população neuronal na Zona Incerta (ZI) e na Área Hipotalâmica Dorsolateral (AHDL) marcada, entretanto, após testes de adsorção, foram encontrados neurônios que ainda permaneciam marcados, resultando dessa maneira, na suspeita da existência de um os mais neuropeptídeos que deveriam possuir seqüencias similares de aminoácidos. Com o intuito de determinar as características do MCH de rato (rMCH), usamos os métodos de isolamento, caracterização, sequënciamento, clonagem, hidridização in situ, imunohistoquímica para microscopia óptica e eletrônica e de produção de anticorpos policlonais gerados em coelho. Dessa forma, através desses métodos, caracterizamos a presença de um prépro-hormônio concentrador de melanina, do qual, derivam o MCH, e dois outros neuropeptídeos, o NEI e o NGE. Utilizando-se os anticorpos específicos anti-rMCH e anti-rNEI, obtivemos um mapeamento da distribuição de axônios e células no SNC, que contém estes peptídeos, chegando finalmente, ao estabelecimento de um "marcador" para a AHDL do rato.

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