Buscando fomentar reflexões de ordem estética e ética, conectadas às questões latentes da atualidade, tais como a diversidade e a tolerância, este trabalho pretende instaurar um diálogo entre tradição e contemporaneidade nas Artes do Espetáculo. De caráter teórico-prático, consiste na investigação de uma abordagem que parte da pesquisa das culturas tradicionais brasileiras, identificando nelas aspectos que possam servir de ponte para esta conexão com a espetacularidade contemporânea. Para tal, norteia-se por três pontos principais: traços de ancestralidade afro-banto na cultura brasileira; relações espaços-temporais permeadas pelo acaso e pelo improviso; e a transdisciplinaridade artística. Debruçandose sobre a comunidade tradicional da Irmandade de Nossa senhora do Rosário de Justinópolis/MG e apoiando-se em princípios da Educação Somática como a Eutonia e a técnica Klauss Vianna, trilha um percurso transdisciplinar que trafega pela Etnocenologia e os Estudos da Performance, bem como às perspectivas em torno da contemporaneidade a partir de Jorge Larossa Bondía, Edgar Morin e Giorgio Agamben

Stimulating aesthetic and etic reflections, connected to important social questions of contemporary times, such as diversity and tolerance, this work intend to establish a dialog between tradition and contemporaneity on the spectacle arts. As a theoretical e practical research, it consists on the investigation that look at Brazilian traditional cultures, identifying on them aspects that could work as a bridge to the contemporary performativity. For that, follow three main points: the African Bantu ancestry on Brazilian culture; the time and space relations built by fortuity and improvisation; and the transdisciplinarity between arts. Investigating the Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, a traditional community, and using the elements of somatic education like Eutony and Klauss Vianna technics, it goes on a transdiciplinary research that gather the Etnocenology, the Performance Studies and Jorge Larossa Bondía, Edgar Morin and Giorgio Agamben points of view about contemporaneity