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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.91.2020.tde-04052020-161452
Documento
Autor
Nome completo
Cláudia Sofia Guerreiro Martins
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Piracicaba, 2020
Orientador
Banca examinadora
Marchini, Silvio (Presidente)
Campos, Cláudia Bueno de
Fonseca, Carlos Manuel Martins Santos
Paula, Rogério Cunha de
Righi, Ciro Abbud
Verdade, Luciano Martins
Título em português
As dimensões humanas das relações entre pessoas e onças-pintadas (Panthera onca) e onças-pardas (Puma concolor) na Caatinga
Palavras-chave em português
Atitudes
Conhecimento
Hábitos
Hábitos de manejo
Índices
Medo
Riscos à pesquisa
Unidades de conservação
Vulnerabilidade ao conflito
Resumo em português
O Boqueirão da Onça, polígono que abriga um Parque Nacional, uma Área de Proteção Ambiental e uma Zona de Vida Silvestre, é um dos últimos e maiores contíguos de caatinga, território de subpopulações das duas maiores espécies de felinos das Américas, onças-pintadas (Panthera onca) e onças-pardas (Puma concolor). Apesar de a presença dos felinos ser familiar, apesar de a maior parte das pessoas reconhecerem seu valor de existência e muitos condenarem qualquer forma de abate de indivíduos, sua proximidade nem sempre é tolerada, sob o argumento de prejuízo econômico, relevante se considerados os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) regionais. Com o objetivo de investigar variáveis cognitivas, socioeconômicas, normativas, atitudinais, psicológicas e comportamentais, conduziu-se a primeira pesquisa social na região, usando um questionário aplicado face-a-face aos moradores de 31 localidades do Boqueirão da Onça. Com 108 questões organizadas em categorias semelhantes às que a ciência das mudanças climáticas utiliza para determinar vulnerabilidade às alterações climáticas, a saber, exposição, sensibilidade e capacidade de adaptação, o protocolo foi implementado com recurso a um software livre, programado para agilidade na coleta e sistematização dos dados primários de resposta. Mediram-se conhecimento, hábitos, percepção de risco, tolerância à proximidade com onças, valor de existência, e investigaram-se associações entre gênero, idade, condição socioeconômica, medo, níveis de conhecimento, e as variáveis atitudes, conhecimento, percepção de impacto, valor de existência e vulnerabilidade ao conflito, a fim de conhecer quais variáveis determinam as relações que os residentes estabeleceram com as onças, clarificar a tipologia dessas relações e predizer comportamentos favoráveis ao manejo e à conservação das espécies e seus ambientes. Os resultados indicaram que aspectos como condição econômica, dificuldade de implementar mudanças de hábitos e falta de confiança nas instituições, contribuem para o conflito. Saindo da esfera do indivíduo e considerando o sistema socioecológico (SES) complexo onde estas relações se firmam, percebeu-se ser importante dispor de uma ferramenta que identifique e comunique quais componentes (critérios) de qual categoria (indicador) pesam mais sobre a vulnerabilidade ao conflito. Esse SES inclui comunidades e instituições, além de fauna silvestre e seus hábitats. Essa aproximação no Boqueirão da Onça materializou-se com a proposta de um índice de vulnerabilidade social ao conflito (IVsC), ainda foco exclusivo na dimensão social. O IVsC, uma vez aplicado, resultou em vulnerabilidades médias e baixas em 23 localidades, que agruparam por conveniência de proximidade, vulnerabilidades individuais. Ainda incipiente, serve como desafio conceitual e metodológico à multidisciplinaridade da ciência que busca a coexistência gente e onças. Naturalmente, o método de coleta de dados aproximou fisicamente pesquisadores e pesquisados em uma região extensa com comunidades e fazendas dispersas. Esse encontro cria primeiro um estranhamento, pela chegada, pelas questões, pelo tema, pelas implicações e conexões dos questionamentos sobre temas sensíveis, e depois suscita posturas de confiança e empatia ou receio e constrangimentos, da parte de todos os envolvidos no processo. Essa análise binária que não havia sido prevista, foi trazida ao estudo, com o objetivo de enriquecer o conhecimento sobre a região e as pessoas e instituições nela. Ao mesmo tempo que expõe conflitos que colocam em risco a pesquisa, contribui para reflexões sobre ética e moral, antes da tomada de decisões sobre manejo de fauna e unidades de conservação.
Título em inglês
Human dimensions of the relations between people and jaguar (Panthera onca) and puma (Puma concolor) in Caatinga biome
Palavras-chave em inglês
Attitude
Fear
Habits
Husbandry practices
Indexes
Knowledge
Protected areas
Risks to research
Vulnerability to conflict
Resumo em inglês
The Boqueirão da Onça, a polygon that houses three federal protected areas, is one of the last and largest contiguous areas of 'caatinga', territory of subpopulations of the two largest feline species in the Americas, jaguars (Panthera onca) and pumas (Puma concolor). Although the presence of felines is familiar and most people recognize their value of existence and many condemn any form of slaughtering individuals, their proximity is not always tolerated, on the grounds of economic loss, relevant if we consider the regional Human Development Indexes (HDI). Aiming to investigate cognitive, socioeconomic, normative, attitudinal, psychological and behavioral variables, the first social survey was conducted using a face-to-face questionnaire applied to residents of 31 locations in Boqueirão da Onça. With 108 issues organized into categories similar to those that climate change science uses to determine climate change vulnerability, that are, exposure, sensitivity and coping capacity, it was applied using an open source software designed for agility in collecting and systematizing primary data response to the protocol. Knowledge, habits, risk perception, tolerance to proximity to jaguars and pumas, existence value were measured, and associations between gender, age, socioeconomic status, fear, levels of knowledge, and the variables attitudes, knowledge, impact perception existence value and vulnerability to conflict were investigated in order to know which variables impact and how the relations established with jaguar and puma, to clarify the typology of these relations, and to predict favorable behaviors for the management and conservation of species and their environments. The results indicated that aspects such as economic condition, difficulty in implementing habits changes and lack of trust in the institutions contribute to the conflict. Looking beyond the individual and considering the socioecological (SES) complex system where these relations happen, it is consensual that to avail a method that identify and communicate which criteria of which category weight more on the vulnerability to conflict. That SES includes communities and institutions, single and collective stakeholders, beyond wildlife and its habitats. This approach to Boqueirão da Onça become a proposed index of social vulnerability to conflict (IsVC), with one layer still, the social dimension category. Results displayed 23 medium and low IsVC gathering 134 individual IsVC. Only a start, it aims to challenge conceptual and methodologically the multidisciplinary teams working with wildlife management towards coexistence. Naturally, data collection brought physically closer researchers and communities within a large territory. This encounter arose different feelings and reactions, due to the simple act of questioning, due to the sensitiveness of the subjects, causing trust and empathy or fear and constraints, on everyone involved in the process. This binary analysis, which were not planned, brought the ethnographic and anthropological frameworks, increasing the knowledge about the region and the people in it. It also exposed conflicts threatening research, promoted ethical and moral discussions, before decision-taking on wildlife management.
 
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Data de Publicação
2020-05-05
 
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