Este é um estudo qualitativo que teve como objetivo conhecer junto a casais como a prática sexual é exercida após a mulher ter tido o câncer de mama, utilizando-se como referencial teórico as relações de gênero e, como metodologia, a Teoria Fundamentada em Dados. Por meio de entrevistas com nove casais, em que a mulher havia tido um diagnóstico de câncer de mama, obtivemos os dados que após análise permitiu a criação de dois diagramas; 1- a mama após o câncer: um olhar - órgão que ficou afetado pela cirurgia, independente de ter ocorrido a mastectomia e que ficou longe das carícias no ato sexual. 2- O exercício da sexualidade dos cônjuges - nos homens o desejo sexual não diminuiu pela doença da esposa, mas as relações sexuais, sim, em razão de a mulher não estar disposta para o ato, principalmente no período de quimioterapia. As relações de gênero estiveram presentes no desenrolar de cada fase da doença e do tratamento, sendo que os papéis sexuais se mantiveram dentro dos padrões de nossa cultura. A desinformação masculina foi maior do que a feminina, mas os casais utilizaram alguma forma de enfrentamento. Os dados permitiram verificar que muitos mitos, como o abandono da mulher pelo homem, a nudez da mulher, o encerramento da vida sexual, não acontecem se o casal já tiver realizado uma construção de vida a dois.

This is a qualitative study that had as objective knows close to couples as the sexual practice is exercised after the woman to have had the breast cancer, being used as theoretical reference the gender relationships and, as methodology, the Grounded Theory. Through interviews with nine couples, in that the woman had had a breast cancer diagnosis, we obtained the data that allowed us the creation of two diagrams after analysis; 1 - the mamma after the cancer: a glance - organ that was affected for the surgery, independent of having happened the mastectomy and that it was far away from the caresses in the sexual action. 2 - the exercise of the spouses' sexuality - in the men the sexual desire didn't decrease for the wife's disease, but the sexual relationships, yes, in the woman's reason not to be disposed for the action, mainly in the chemotherapy period. The gender relationships were present in uncoiling of each phase of the disease and of the treatment, and the sexual papers stayed inside of the patterns of our culture. The masculine disinformation was larger than the feminine, but the couples used some form to face it. The data allowed to verify that many myths, as the woman's abandonment for the man, the woman's nakedness, the finishing of the sexual life, does not happen if the couple has already accomplished a life construction for two.