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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-01082019-144816
Documento
Autor
Nome completo
Sílvia Sasaki
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2019
Orientador
Banca examinadora
Guimarães, Hélio de Seixas (Presidente)
Moraes, Eliane Robert
Nogueira, Erich Soares
Zeni, Bruno Gonçalves
Título em português
Repetição e performance em Nem te conto, João, de Dalton Trevisan
Palavras-chave em português
Dalton Trevisan
Escuta
Performance
Repetição
Voz
Resumo em português
Nem te conto, João, publicada em 2013, é a terceira novela de Dalton Trevisan. Feita de repetições, retomadas, frases reduzidas, em que ficam evidentes as áreas de silêncios, a narrativa tem como enfoque principal a atmosfera furtiva dos encontros amorosos entre João e Maria. Em diálogo, os protagonistas reproduzem uma conversação sobre a aproximação íntima entre eles, pelo jogo do que estão dizendo, não dizendo. A força que rege a obra é sexual; porém, o sexo e as ações mais obscenas ficam nas entrelinhas. Fazendo da repetição o traço mais evidente no texto, ao invés de generalidades, seu uso remete a um paradoxo, pois a obra é criada por meio desse processo que, por natureza, é avesso ao próprio processo. Assim, são dois os objetivos principais dessa dissertação. O primeiro é o de investigar como a repetição está presente na composição da obra. O que se repete fixa sentidos desdobráveis e, ainda que a novela avance sem variantes ou precipitações, pelo excesso de uma ideia tanto linguística quanto estilística, o texto se movimenta. De início, os nomes dos personagens, algumas características, frases e expressões trazidas de outras obras do autor dão os primeiros indícios do que se repete. Contudo, conforme a história do casal avança, a repetição vai se revelando uma instância que dinamiza o texto, dando origem a desdobramentos ao invés de imobilizações. Para discorrer sobre os processos percebidos, são trazidas leituras de Waldman (2014) e Franco Jr. (2004) sobre a repetição na escrita de Dalton Trevisan. Para uma perspectiva filosófica, são discutidas questões que Deleuze (2006) propõe a respeito da repetição em textos literários. A partir dessa dinâmica trazida pela repetição, o propósito seguinte é o de pensar como esses movimentos podem ser associados ao da performance. Em performance, o texto é percebido como proliferador de movimentos constantes, gerador de impressões conforme a cena em andamento. Tomando partido da noção de performance por Zumthor (2000), é na dimensão do corpóreo em que se desenrola essa interação, no sentido da dinâmica entre voz e escuta. Para tanto, serão analisadas as questões da fala e da voz dos personagens, na dimensão de uma reconfiguração da cena enunciativa plena, capaz de manifestar do texto múltiplas projeções sensórias. Na obra, há um prazer verbal constante, que se manifesta nas falas dos protagonistas e do narrador. Ouvindo esse diálogo, permeado de alusões e intenções subentendidas, o leitor também se posiciona e, na dimensão de uma voz íntima, sua escuta é trazida como uma instância produtiva e interativa para essa performance. Além da dimensão da voz, que está tanto na obra quanto no leitor, a dimensão da escuta é para onde se dirigem estes estímulos da voz. É nessa dimensão que o sentido será, de fato, recebido, pois ouvindo a própria voz, o leitor também encena a leitura.
Título em inglês
Repetition and performance in Nem te conto, João, by Dalton Trevisan
Palavras-chave em inglês
Dalton Trevisan
Listening
Performance
Repetition
Voice
Resumo em inglês
Nem te conto, João, published in 2013, is the third novel by Dalton Trevisan. Made of repetitions, retakes, reduced phrases, where the areas of silence are evident, the narrative focuses mainly on the furtive atmosphere of the love encounters between João and Maria. In dialogue, the protagonists reproduce a conversation about the intimate approximation between them, by the game of what they are saying, not saying. The force that governs the work is sexual, but sex and the most obscene actions are between the lines. Making repetition the most evident trait in the text, instead of generalities, its use refers to a paradox, because the work is created by means of this process which, by its nature, is averse to the process itself. Thus, there are two main objectives of this dissertation. The first is to investigate how repetition is present in the composition of the work. What is repeated fixes unfolding senses and, even if the novel advances without variants or precipitations, by the excess of an idea both linguistic and stylistic, the text moves. At the beginning, the names of the characters, some characteristics, phrases and expressions brought from other works of the author give the first indications of repetition. However, as the couple's story progresses, repetition proves to be an instance that dynamizes the text, giving rise to unfolding rather than immobilizations. To read about the perceived processes, readings are given by Waldman (2014) and Franco Jr. (2004) on Dalton Trevisan's writing repetition. For a philosophical perspective, questions are discussed that Deleuze (2006) proposes regarding repetition in literary texts. From this dynamics brought about by repetition, the next purpose is to think about how these movements can be associated with performance. In performance, the text is perceived as proliferating constant movements, generating impressions according to the scene in progress. Taking advantage of the notion of performance by Zumthor (2000), it is in the dimension of the body in which this interaction unfolds, in the sense of the dynamic between voice and listening. In order to do so, the questions of the speech and the voice of the characters will be analyzed, in the dimension of a reconfiguration of the full enunciative scene, able to manifest from the text multiple sensorial projections. In the work, there is a constant verbal pleasure, which is manifested in the speeches of the protagonists and the narrator. Listening to this dialogue, permeated by implied allusions and intentions, the reader is also positioned and, in the dimension of an intimate voice, his listening is brought as a productive and interactive instance for this performance. Besides the dimension of the voice, the dimension of listening is where these stimuli of the voice are directed. It is in this dimension that the meaning will actually be received, for by hearing the voice itself, the reader also enacts the reading.
 
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Data de Publicação
2019-08-01
 
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