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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2010.tde-19072010-134201
Document
Auteur
Nom complet
Luciana Soman Moraes
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2010
Directeur
Jury
Campos, Norma Discini de (Président)
Cortina, Arnaldo
Tatit, Luiz Augusto de Moraes
Titre en portugais
Psicoterapia: possibilidades de depreensão da imagem do sujeito discursivo
Mots-clés en portugais
Discurso fundador
Estilo
Éthos
Gênero discursivo
Psicoterapia
Semiótica
Resumé en portugais
A Semiótica greimasiana é formulada como uma teoria da significação, cuja preocupação principal é explicitar as condições de apreensão e da produção do sentido, sob a forma de construção conceitual. Partimos do postulado saussuriano segundo o qual a significação é entendida como a criação e/ou apreensão das diferenças. A busca do sentido partiu, na presente pesquisa, de um objeto empírico, entendido como o enunciado da sessão de psicoterapia. Utilizamos o percurso gerativo de sentido como instrumento teórico-metodológico, que possibilitou a depreensão do estilo; a) gênero sessão de psicoterapia; b) do psicoterapeuta de uma das sessões. Outros três pilares teóricos empregados foram o conceito de gênero discursivo de Bakhtin, o conceito de éthos da Análise do Discurso de linha francesa e o estudo da prosódia, tal como encontrado em Carmo Jr. Pela análise do gênero discursivo, sugerimos que o diálogo da psicoterapia tem como característica principal o embasamento científico. Ter a "Análise do Comportamento" de base skinneriana como discurso fundador é um dos principais quesitos que torna o gênero psicoterapia diferente de outro gênero conversacional. A esfera de circulação do gênero engloba o discurso enquanto ciência do comportamento humano, dada no contexto de tratamento por um profissional da área da saúde. Psicoterapeuta e paciente são agentes desse discurso, que fazem crer na existência de dois sujeitos enunciadores, cada um modelado por um conjunto de determinados valores sociais. Uma característica em comum dos terapeutas nas quatro sessões foi a busca constante do objeto-que-falta aos pacientes. A partir de sua relação com o sujeitopaciente, cada sujeito-terapeuta cria um tipo diferente de programa narrativo a ser cumprido, para que o paciente possa adquirir competência. Não pode o terapeuta doar diretamente o objeto-valor ao paciente, não se fornece pronta a "autonomia", por exemplo; consegue-se, no entanto, criá-la ou construí-la a partir de um percurso no qual se alteram as competências do destinatário-paciente. Dever, querer, saber e poder fazer são modalidades, assentadas num contrato de fidúcia peculiar ao gênero. A confiança entre os atores sociais envolvidos numa sessão de psicoterapia supõe um acordo próprio ao gênero.
Titre en anglais
Psicoterapia: possibilidades de depreensão da imagem do sujeito discursivo
Mots-clés en anglais
Discursive gender.
Ethos
Originator discourse
Psychotherapie
Semiotics
Style
Resumé en anglais
Greimas' Semiotics is formulated as a theory of the sence under the conceptual construction form, which the main concern is to explain the apprehension conditions, and the meaning production. Starting with Saussure's postulates, where signification is understood as a creation and/or an apprehension of differences. The search for meaning started, in this research, from an empiric object understood as the utterance of psychotherapeutic sessions. We use the generative way of the sense as a theoretical-methodological tool that allowed the gathering of the style in a) the kind of psychotherapeutic session and b) the psychotherapist of the session. From the concept of gender by Bakhitin, the concept of ethos by the Analyzes of the Discourse from the French scholars, and the studies of prosody, as found in Carmo Jr. By the analyses of the discursive gender, we proppose that the psychotherapeutic dialog has, as the main characteristic, a scientific base. Skinner's Behavior Analyses, as a background discourse, makes the psychotherapeutic gender different from the conversational gender. The circulation sphere of the gender embodies the discourse as the science of human behavior inside the treatment context given by a health professional. Psychotherapist and patient are agents of this discourse, that make believe on the existence of two subjects, each one modeled by a set of determined social values. A common characteristic in therapists on four sessions was the constant search for the "missing object" in the patients. From that relation with the subjectpatient, each subject-therapist creates a different kind of narrative program to be accomplished so that he/she can acquire the competence. The therapist can't give the object of value to his/her patient right away. We can't give him the "autonomy". We can, however, create it or build it from the course in which the recipient person's competence is changed. The need, the wish, the knowledge and the power to act are modalities rested on a peculiar trust contract with the gender. The reliance between the social actors in a psychotherapeutic session assumes an agreement of the gender.
 
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Date de Publication
2010-07-19
 
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