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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2009.tde-07122009-102220
Document
Auteur
Nom complet
Marcelo Santos Rodrigues
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2009
Directeur
Jury
Gallardo, Dario Horacio Gutierrez (Président)
Aras, Lina Maria Brandao de
Cancelli, Elizabeth
Ertzogue, Marina Haizenreder
Machado, Maria Helena Pereira Toledo
Titre en portugais
Guerra do Paraguai: os caminhos da memória entre a comemoração e o esquecimento 
Mots-clés en portugais
Comemoração
Esquecimento
Guerra do Paraguai
Memória
Voluntários da Pátria
Resumé en portugais
Em 01 de março de 1870 a Guerra do Paraguai estava terminada. Para conter o inimigo em suas fronteiras, o Brasil precisou mobilizar o Exército, a Guarda Nacional e criar corpos de Voluntários da Pátria. Durante cinco anos o cenário político e social se modificou e, raro era a família que não teve um filho, irmão, pai, esposo, parente ou amigo lutado no Paraguai. Terminada a campanha as tropas regressaram para o Brasil. Controvérsias entre o governo de D. Pedro II, a imprensa liberal e parlamentares da câmara e do senado, em relação à recepção das tropas no Brasil, provocaram acalorados debates. Tratava-se da disputa entre comemorar e esquecer. Nessa tese percorremos os caminhos da memória da Guerra do Paraguai e para isso transitamos pelas ruas embandeiradas da Corte e das capitais das províncias para narrar os festejos populares e oficiais na recepção dos servidores da pátria recebidos com regozijo, lágrimas, flores e poesias pela população que rendia homenagens aos filhos defensores da honra nacional. No dia 10 de julho de 1870, o governo de D. Pedro II realizou no Rio de Janeiro a festa oficial, a festa do barracão, para comemorar a vitória do Brasil e lembrar os mortos e assim encerrar um capítulo da história pátria que tantas vidas deixaram no solo Paraguaio. Assistimos do alto da tribuna parlamentar a disputa pela memória da guerra de onde Caxias e o Conde D´Eu protagonizaram essa disputa. Transitamos pelas ruas de Niterói, Salvador, Recife e São Paulo e do Desterro, onde soldados doentes e mutilados, egressos dos campos paraguaios, mendigavam, provocavam desordens públicas e davam-se em espetáculos. Nas províncias encontramos as viúvas e órfãos que em súplicas ao rei pediam o pão pela perda do arrimo de família. Nas secretarias do governo, nas salas dos presidentes de províncias e nas redações de importantes jornais, era grande o volume de ofícios e petições requerendo o pagamento de indenização ao governo. Veteranos da campanha reivindicavam soldos atrasados, lote de terras, empregos públicos, condecorações e títulos honoríficos. Nas prisões públicas encontramos ex-escravos reconduzidos ao cativeiro pelos seus senhores. Na ilha de Bom Jesus percorremos o suntuoso edifício do Asilo dos Inválidos, um lugar de ressentimento. Assim, a história que procuramos narrar, transita por dois caminhos: o da comemoração e o do esquecimento
Titre en anglais
Paraguayan War: the memory paths between celebration and forgetfulness
Mots-clés en anglais
Commemoration
forgetfulness
Memory
Paraguay war
Volunteers at war
Resumé en anglais
The Paraguay War finished on the 1st of March, 1870. In order to keep the enemies within their frontiers, Brazil needed to mobilize the Army and the National Guard. Also, a group of Volunteers was formed. The political and social scenery changed thoroughly during the 5 years of war, and almost all family had a member a son, a brother, a husband or a friend fighting in Paraguay. The troops returned to Brazil after the bloody campaign. A lot of debate was promoted by controversies between the govern of D. Pedro II, the liberal press and members of the senate regarding the reception of the troops in Brazil. It was a dispute between commemorating and forgetting. In this thesis, we follow the paths that lead to the memory of the war in Paraguay: the adorned streets of Rio de Janeiro as well as the provinces capitals, so as to report both the popular and official parties that received the volunteers with relief, tears, flowers and poetry. On July 10th 1870, an official party, known as Festa do Barracão was held in Rio de Janeiro, to celebrate the victory of Brazilian troops and to remember those who died at war, finishing a sad, violent chapter of the national history. We analyzed the dispute between Count DEu and the Duke of Caxias for the memory of the war. We also walked through the streets of Niterói, Salvador, Recife, São Paulo and Desterro, where sick and mutilated soldiers, ex-combatants of the war, turned into mendicants, provoking public disorders and riots. In the provinces far from Rio, we met the widowers and orphans who begged the imperial government for bread. In the secretaries of government, in the offices of province presidents and at important press centers, a huge volume of petitions and pleads required refunds and compensations. Veteran military men applied for belated payments, earth, public jobs, honorific titles etc. In public prisons, ex-slaves were taken back to captivity by their old masters. In Bom Jesus Island, we walked around and through the sumptuous building of the Invalids Asylum, a place full of resentment. The story we want to tell walks, thus, in two simultaneous paths: commemoration and forgetfulness.
 
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Date de Publication
2009-12-08
 
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