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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2011.tde-27102011-091535
Documento
Autor
Nome completo
Maria de Nazaré de Souza Ribeiro
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2011
Orientador
Banca examinadora
Suzuki, Julio Cesar (Presidente)
Barrozo, Ligia Vizeu
Guimarães, Raul Borges
Ribeiro, Helena
Soares, Cassia Baldini
Título em português
De leprosário a bairro: reprodução social em espaços de segregação na Colônia Antonio Aleixo (Manaus-AM)
Palavras-chave em português
Hanseníase
Manaus
Redes
Reprodução social
Segregação
Resumo em português
Desde a antiguidade, as características epidemiológicas da hanseníase favoreceram sua propagação, principalmente diante de condições de adensamento populacional, deficiência de cuidados de higiene e baixa imunidade. As deformidades provocadas pela doença sempre degradaram a imagem do indivíduo, favorecendo a sua estigmatização. A intensificação do esforço em segregar os doentes com hanseníase no Brasil foi resultado de escolhas e formas de intervir na sociedade. A situação econômica do século XIX e XX, justificada pelo aumento dos casos de hanseníase e da necessidade de proteger a sociedade, levou as autoridades amazonenses, espelhadas nas condutas praticadas na Europa séculos atrás, a buscarem formas de criar locais para segregação e controle dos pacientes. Foi com este fim que surgiu o Leprosário Colônia Antonio Aleixo, no município de Manaus, em 1942. Nossa pesquisa tem como objetivo analisar a reprodução social (relação trabalho e vida) de moradores do bairro Colônia Antonio Aleixo em Manaus (AM), ex-colônia de hansenianos desde sua instalação até a atualidade, na transição de leprosário a bairro. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, de natureza transversal descritivo-analítico, com abordagem baseada na concepção materialista e dialética da história, tendo sido privilegiados levantamentos de campo, com entrevistas, aplicação de questionários, mapeamentos e séries fotográficas, bem como levantamentos em fontes secundárias, em órgãos governamentais e núcleos de pesquisa, além de revisão bibliográfica. Os resultados mostram a discriminação e as práticas excludentes que os portadores de hanseníase puderam experimentar, praticada pela sociedade, família, governo, equipe de saúde e pelos administradores da Colônia. As redes sociais presentes na Colônia mostraram-se muito importantes para o enfrentamento da doença, seja pela sua função objetiva (ajuda prática), seja pela sua função subjetiva (apoio e afeto). Analisando a forma de viver dos doentes segregados, percebemos como o tratamento negligenciado os levou a consequências físicas e sociais graves, atingindo sua autonomia e sua auto-estima. Embora o bairro hoje possua serviços básicos de infraestrutura (escolas, hospitais, energia elétrica, água potável, transporte, segurança, dentre outros), todos apresentam graves deficiências. Quanto à situação socioeconômica das famílias do bairro, percebemos que 77,8% delas apresentam deficientes formas de trabalhar e viver, ou seja, sua inserção social simultaneamente não lhes confere estabilidade no momento da produção e cuja inserção no momento da reprodução só lhes confere luta pela sobrevivência. O processo de reprodução social dos moradores deste bairro segue a tendência de todo o país, mas consegue ter distorções maiores e apresentar maior gravidade. A identificação das famílias do estrato inferior (formas de trabalhar e de viver instáveis), em particular, é socialmente e epidemiologicamente muito importante, pois, é aí que se insere o núcleo básico da pobreza e da miséria e a sua reprodução.
Título em inglês
From leprosarium to neighborhood: social reproduction in areas of segregation in the Colony Antonio Aleixo
Palavras-chave em inglês
Leprosy
Manaus
Networks
Segregation
Social reproduction
Resumo em inglês
Since ancient times, the epidemiological characteristics of leprosy favored its spread, especially because of conditions of high populational density, deficient hygiene cares and low immunity. The deformities caused by the disease always degraded the image of the individual, favouring their stigmatization. The intensified effort to segregate leprosy patients in Brazil was the result of choices and ways to intervene in society. The economic situation of the 19th and 20th centuries, justified by the increase of cases of leprosy and the need to protect society, led the authorities of Amazon, mirrored in the behavior practiced in Europe centuries ago, to seek ways to create places for control and segregation of patients . It was with this purpose that the Leper Colony Antonio Aleixo was created, at the city of Manaus, in 1942. Our research aims to analyze the social reproduction (work and life relation) of the residents of Colony Antonio Aleixo, a neighborhood in Manaus (AM), former leper colony, since its establishment until today, in the transition from the leper colony into the present neighborhood. This is a qualitative/quantitative research, of cross sectional descriptive-analytic nature, which approach is based in materialist and dialectic conception of history, privileging field surveys, interviews, questionnaire applications, mappings and photographic series, as well as surveys in secondary sources, governmental agencies and research groups, besides bibliographic reviews. The results show the discrimination and exclusionary practices that leprosy patients experienced, practiced by society, family, government, health professionals and by administrators of the colony. Social networks present in the Colony were found very important to confront the disease, either by their objective function (practical assistance) or by their subjective function (support and affection). Analyzing the way of life of segregated patients, we realize how the neglected treatment led them to severe physical and social consequences, affecting their autonomy and self-esteem. Although the neighborhood today has basic infrastructure services (schools, hospitals, electricity, drinking water, transportation, security, among others), they are all defectives. Concerning the socioeconomic conditions of families in that neighborhood, we noticed that 77,8% of them presents deficient ways to work and live, which means that their social inclusion does not provide them with stability at the time of production and that their inclusion at the time of reproduction only provides them with the basic 'fight for survival'. The process of social reproduction of the residents of this neighborhood is a trend across the country, but here it shows even higher distortion and presents greater severity. The identification of families in the lower layer (unstable ways of working and living), in particular, is socially and epidemiologically very important, because there you find the basic core of poverty and misery and its reproduction.
 
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Data de Publicação
2011-10-27
 
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