Background: Predictor factors for early diagnosis of maxillary canine impaction (Mx.CI) in unilateral complete cleft lip and palate (UCLP) have not yet been clearly described in the literature. Objectives: The aim of this study was to investigate the eruption pattern of maxillary permanent canines in the alveolar cleft area before and after the secondary alveolar bone grafting (SABG) and to assess the risk indicators for canine impaction and its association with other dental anomalies. Methods: The sample consisted of 75 patients with UCLP who underwent SABG with rhBMP-2 with a mean age of 9.8 years of age at a single center. The study design was a split mouth with the non-cleft hemi-arch comprising the control group. Panoramic radiographs taken before (T1), immediately after (T2) and one year after SABG (T3) were used to assess the following parameters in both cleft (CS) and non-cleft (NCS) sides: canine mesiodistal angulation, canine height relative to the occlusal plane and canine mesial displacement and superimposition with the neighboring maxillary incisors. The frequency of associated dental anomalies including agenesis, transposition and distoangulation was compared between patients with and without canine impaction at the CS. The measures were carried out with Dolphin Imaging software, version 10.5 (Dolphing Imaging, Charsworth, CA, USA). Comparisons of canine positional parameters between all three time points was performed using ANOVA. Comparisons of canine positional parameters between CS and NCS and between impaction and non-impaction cases were performed respectively using paired and independent ttests. Comparisons for the frequency of associated dental anomalies between impaction and non-impaction cases as well as the association between canine mesial displacement and impaction at the CS were assessed using Fisher test. The significance level regarded was 5%. Results: The prevalence of canine impaction at the CS was 24%. Canine positional parameters were statistically different between CS and NCS. Canines at the CS were usually more mesially angulated and more distant from the occlusal plane when compared to NCS. At the CS, canines that became impacted showed an increased angulation and height from the occlusal plane compared to canines with pontaneous eruption at all time points (T1, T2 and T3). An increased prevalence of lateral incisor agenesis at CS (72.2%) was observed in the subgroup with canine impaction compared to cases with canine spontaneous eruption (33.3%). No association between CS canine impaction and mesial displacement (zones) was found at any time point. Conclusions: Impacted canines at the CS in UCLP show an increased mesial angulation and an increased distance from the occlusal plane since the pre bone graft phase. The mesial displacement and superimposition with neighboring incisors should not be used as predictor factors for canine impaction in UCLP.

Introdução: Referenciais para um diagnóstico e intervenção precoce ainda não foram descritos em pacientes com fissuras labiopalatinas (FLP). Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo investigar o padrão de irrupção do canino superior permanente na área da fissura antes e após o procedimento de enxerto alveolar com proteína óssea morfogenética (rhBMP-2) e avaliar os indicadores preditivos da impacção do canino permanente. Materiais e métodos: A amostra foi constituída de 75 pacientes com fissura labiopalatina completa e unilateral (FLPU) que foram submetidos ao enxerto ósseo secundário com rhBMP-2, em um único centro de reabilitação. Radiografias panorâmicas pré (T1), imediatamente após (T2) e um ano pós enxerto ósseo alveolar (T3) foram utilizadas para avaliar os seguintes parâmetros no lado com (LF) e sem fissura (LSF): angulação do canino, altura da coroa e deslocamento mesial do germe, presença de outras anomalias dentárias incluindo agenesias, distoangulação e transposição. As medidas foram realizadas com o programa Dolphin Imaging software, versão 10.5 (Dolphing Imaging, Charsworth, CA, USA). A comparação entre os três tempos foi realizada pelo teste ANOVA. A comparação dos parâmetros posicionais do germe dos caninos entre o lado com e sem fissura, bem como entre os casos em que os caninos irromperam espontaneamente e os que ficaram impactados, foi realizada por meio do teste t pareado e t independente, respectivamente. A comparação da prevalência de anomalias dentárias em pacientes com e sem caninos impactados foi realizada pelo teste de Fisher. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A prevalência de impacção de caninos no LF foi de 24%. Os parâmetros posicionais apresentaram diferenças estaticamente significativas entre os LF e LSF. Caninos do LF apresentaram-se mais angulados e mais distantes do plano oclusal em comparação ao LSF. Os caninos impactados do LF apresentaram maior angulação e distancia em relação ao plano oclusal quando comparados aos que irromperam espontaneamente entre os três tempos (T1, T2 e T3). Foi observada uma prevalência aumentada de agenesia do incisivo lateral superior no LF (72.2%) no subgrupo com caninos impactados comparado aos caninos com irrupção espontânea (33.3%). Não houve associação entre o deslocamento mesial (zonas) e impacção de caninos nos três tempos. Conclusão: Caninos impactados no LF apresentam angulação aumentada e maior distancia do plano oclusal prévio ao enxerto. O deslocamento mesial e sobreposição dos incisivos adjacentes não devem ser utilizados como fatores preditivos de impacção em pacientes com FLPU.