Apresenta-se e analisa-se resultados de estudo acadêmico sobre o engajamento partidário, a busca de autonomia e processos de individuação de jovens universitários. A pesquisa é de abordagem qualitativa; dialogou-se com seis estudantes, homens e mulheres, entre 21 e 26 anos, da USP-Ribeirão Preto, e distintas agremiações. Mesmo em circunstâncias históricas e sócio-políticas adversas, jovens se engajam e militam em partidos políticos. Para alguns, o engajamento tem relações diretas, ambíguas, tensas ou lúdicas com processos socializadores primários. Outros destacaram a centralidade de correntes de sociabilidade da escola básica ou da universidade. Para alguns, o engajamento militante é incorporado ao projeto de futuro; para outros, uma significativa experimentação. Para todos, ele é conquista de autonomia, um esforço de construção de visões de mundo próprias e de como agir nesse mundo, em meio a um jogo em que nem todos os valores, ideias e crenças internalizados no palimpsesto de socializações foram/são efetivamente incorporados.

It presents and analyzes academic study results on the party engagement, the search for autonomy and individuation processes of young collegians. The research is a qualitative approach; Dialogues were held with six students, men and women, from 21 to 26 years old, from USP-Ribeirão Preto, and different associations. Even in historical and sociopolitical adverse circumstances, young people engage and militate in political parties. For some of them, the engagement has direct, ambiguous, tense relationships or play with primary socialization processes. Others highlighted the centrality of "sociability chains" at school or university. For some, militant engagement is incorporated into future project; for others, a significant experimentation. For all, it is the conquest of autonomy, an effort to build worldviews and how to act in their own world, in a game in which not all values, internalized ideas and beliefs in "palimpsest of socialization" were / are effectively incorporated.