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Disertación de Maestría
DOI
https://doi.org/10.11606/D.59.2011.tde-21102013-155518
Documento
Autor
Nombre completo
Roberta Maria Carvalho de Freitas
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
Ribeirão Preto, 2011
Director
Tribunal
Gorayeb, Ricardo (Presidente)
Schmidt, Andre
Valério, Nelson Iguimar
Título en portugués
Fatores psicossociais que influenciam na adesão a um programa de reabilitação cardiovascular
Palabras clave en portugués
Adesão
Avaliação Psicológica
Doenças Cardiovasculares
Fatores psicossociais.
Reabilitação Cardiovascular
Resumen en portugués
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são importantes causas de morte, morbidade e incapacidade e têm etiologia complexa e multifatorial. Estão relacionadas a fatores de riscos como estilo de vida e padrões de comportamentos. Entre as terapêuticas está a Reabilitação Cardiovascular (RCV), caracterizada por programas de treinamento físico supervisionado, visando diminuir a mortalidade por DCV e garantir melhores condições físicas, mental e social. O sucesso da RCV depende da adesão do paciente, o que se constitui num desafio para as equipes multidisciplinares de saúde. O presente estudo objetivou definir características sóciodemográficas e psicológicas de pacientes de um programa de RCV e avaliar fatores sociais, clínicos e psicológicos que poderiam influenciar na adesão à reabilitação. Participaram do estudo 72 pacientes, entre fevereiro de 2008 a agosto de 2009. Os participantes foram avaliados ao ingressarem na RCV e quando abandonavam ou completavam seis meses de tratamento. Considerou-se adesão participar do programa por um período de seis meses. Foram utilizadas entrevistas estruturadas, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, Inventário Beck de Depressão e Questionário de Avaliação de Qualidade de vida (SF-36). Para a análise dos dados foi utilizado o método de Regressão Logística. Verificou-se que 50% dos participantes abandonaram a RCV. O cálculo do Odds Ratio mostrou que pacientes que estavam trabalhando/em atividade apresentaram 7,2 vezes maior risco de abandono à reabilitação do que participantes que estavam afastados/recebendo auxílio doença (OR 7,2; IC95%; 1,4-38,3). Com o ajustamento entre as variáveis sóciodemográficas, observou-se que participantes que tinham de oito a 10 anos de estudo mostraram menor chance de abandono em relação aos que tinham até sete anos de estudo (ORaj 0,04; IC95%; 0,01-0,56) e pacientes que residiam entre 50km e 100km do local de tratamento apresentaram menor chance de abandono em relação aos que residiam no local de tratamento ou até 50km do mesmo (ORaj 0,2; IC95%; 0,0-0,09). Não foram verificadas associações entre as variáveis clínicas e abandono à RCV. Ter expectativas negativas ou incertezas quanto aos benefícios do exercício físico mostrou associação com abandono, ao ingressar na RCV (OR 3,5; IC95%; 1,3-9,7). O conhecimento insuficiente sobre o motivo do tratamento (OR 4,4; IC95%; 1,4-13,5) e a atribuição de causalidade da doença a fatores não modificáveis (OR 3,8; IC95%; 1,2-11,8) foram associados com abandono, ao longo do tempo. Pacientes que não percebiam o suporte social recebido em relação à prática do exercício físico apresentaram 3,3 vezes maior risco de abandono em relação aos que percebiam esse suporte, ao ingressar na RCV (OR 3,3; IC95%, 1,2-9,5) e os participantes que não aumentaram contatos sociais durante a RCV apresentaram maior risco de abandono em relação aos que aumentaram (OR 5,2; IC95%. 1,8-15,0). Pacientes que apresentavam sintomas cognitivos/afetivos de depressão mostraram 3,9 vezes maior risco de abandono em relação aos que não apresentavam esses sintomas (OR 3,9; IC95%; 1,4-10,9). Não foi identificada associação entre sintomas de estresse e abandono à RCV. Verificou-se que participantes que aderiram apresentaram melhores 8 escores nos domínios Aspectos Físicos e Saúde Mental quando comparados com os que abandonaram a reabilitação. Pacientes que apresentavam história de sedentarismo demonstraram 3,6 vezes maior risco de abandono que pacientes que já praticavam exercícios ao ingressar na RCV (OR 3,6; IC95%; 1,1-11,4). Os resultados obtidos neste estudo podem ser utilizados para aumentar a adesão em programas de RCV.
Título en inglés
Psychosocial factors affecting adherence to a Cardiovascular Rehabilitation program.
Palabras clave en inglés
Adherence
Cardiovascular Diseases
Cardiovascular Rehabilitation
Psychological Assessment
Psychosocial Factors
Resumen en inglés
Cardiovascular Diseases (CVD) are major causes of death, morbidity and disability, whose etiology is multifactorial and complex. They are related to risk factors such as lifestyle and behavior patterns. Among the treatments is the Cardiovascular Rehabilitation (CR), characterized by programs of supervised physical training in order to reduce CVD mortality and ensure better physical, mental and social conditions. The success of the CR depends on the patient's adherence, which constitutes a challenge for multidisciplinary health teams. This study aimed to describe sociodemographic and psychological characteristics of patients in a CR program and evaluate social, clinical and psychological factors that might influence adherence to rehabilitation. The study included 72 patients between February 2008 and August 2009. Participants were evaluated at entry to the CR and when abandoned or completed six months of treatment. It was considered adherence patient´s participation in the program for a six months period. Structured interviews, Lipp's Inventário de Sintomas de Stress para Adultos, Beck Depression Inventory and Medical Outcomes Study 36-Item, Short Form Survey (SF-36) were used. For the data analysis it was used the logistic regression method. It was found that 50% of participants dropped out of CR. Odds Ratio calculation showed that patients who were working/active had 7.2 greater risk of dropping out of rehabilitation than participants who were in health license/receiving financial health support (OR 7.2, CI 95%, 1.4 - 38.3). Analyses were adjusted for sociodemographic variables. It was found that participants who had eight to 10 years of study were less likely to drop out than those who had up to seven years of education (OR 0.04, CI 95%, 0.01 - 0.56) and patients who lived between 50km and 100km from the place of treatment were less likely to drop out than those who lived in the place of treatment or up to 50km away from it (OR 0.2, CI 95%, 0.0 - 0.09). It was not found relation between clinical variables and dropping out the CR. Negative expectations and uncertainties about the benefits of physical exercise when starting CR were associated with dropping out (OR 3.5, CI 95%, 1.3 - 9.7). Insufficient knowledge about the reason for treatment (OR 4.4, CI 95%, 1.4 - 13.5) and causal attribution of disease to non-modifiable factors (OR 3.8, CI 95%, 1.2 - 11.8) were associated with abandonment, over time. Patients who did not perceive the social support received regarding physical exercise had 3.3 times greater risk of dropping out than those who perceived this support by joining the CR (OR 3.3, CI 95%, 1.2 - 9.5) and participants who did not increase social contacts during the CR had a higher risk of dropping out than those who increased their social contacts (OR 5.2, CI 95%, 1.8 - 15.0). Patients with cognitive/affective depression symptoms showed 3.9 times greater risk of dropping out compared to those without these symptoms (OR 3.9, CI 95%, 1.4 - 10.9). No association was found between stress symptoms and CR abandonment. It was found that participants who joined the program had better scores for Role Physical and Mental Health compared to those leaving rehabilitation. Patients who had 10 a history of physical inactivity when starting CR showed 3.6 times greater risk of dropout than patients who already practiced exercises (OR 3.6, CI 95%,1.1 - 11.4). The results of this study may be used to increase adherence to CR programs.
 
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Fecha de Publicación
2014-02-13
 
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