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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.59.2010.tde-09082010-150435
Documento
Autor
Nome completo
Fabiana Cristina Severi
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Ribeirão Preto, 2010
Orientador
Banca examinadora
Pinto, Jose Marcelino de Rezende (Presidente)
Furlan, Reinaldo
Piotto, Débora Cristina
Souza, José Gilberto de
Zuin, Antonio Alvaro Soares
Título em português
Experiência, memória e autonomia em um assentamento de reforma agrária na região de Ribeirão Preto-SP
Palavras-chave em português
Autonomia
Experiência
Memória
Movimentos sociais rurais
Teoria Crítica
Resumo em português
O objetivo central da pesquisa é analisar a percepção que os assentados têm sobre as transformações em sua subjetividade decorrentes da participação no movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST). A pesquisa pretendeu investigar as percepções que os assentados vão elaborando sobre o mundo e seus problemas, sua ação e seus ideais em relação ao mundo, e sobre os conflitos e tensões vividos no processo de luta pela terra. Os objetivos específicos voltaram-se para a análise dos aspectos em que o assentado percebeu uma mudança nas suas concepções quanto: a) às causas da riqueza e de desigualdade social; b) à educação dos filhos; c) às relações de gênero; e d) à sua participação política. A metodologia proposta é qualitativa, tendo como instrumento privilegiado de coleta, o uso de História de Vida. Como campo teórico, percorre-se as reflexões demarcadas por alguns pensadores da Teoria Crítica, especialmente as discussões sobre experiência, memória e autonomia. Os processos educativos imbricados na dinâmica dos assentamentos rurais têm ocupado espaço na reflexão educacional e sociológica recentes. De modo amplo, há um dado aprendizado político, ligado especialmente às práticas engendradas pelos movimentos sociais do campo em torno de eixos como a cidadania e a emancipação. Pode-se perceber que os assentados reconhecem uma mudança na subjetividade em razão da luta. Sentem que conseguiram adquirir e elaborar uma linguagem política de reivindicação, capaz de converter suas carências em luta por direitos individuais e coletivos. Por isso, com a conquista de uma linguagem política, também passam a se reconhecer enquanto sujeitos de direitos e cidadãos. Os assentados também reconhecem uma modificação quanto à orientação geral de suas práticas produtivas e de suas ações no cotidiano social. As exigências pela produção sustentável ambientalmente e de acordo com formatos associativos implicaram na construção de novas relações do homem com a natureza e abertura à experimentação de novos modelos produtivos. A vida no assentamento, associada à ênfase dada pelo MST à temática educacional, permitiu-lhes valorizar mais a escola bem como qualificar sua participação nas escolas onde estudam seus filhos. Nas relações de gênero, mesmo reconhecendo poucas modificações, algumas mulheres assentadas sentem-se mais capazes de reivindicar direitos. Nas relações domésticas, a capacidade lingüística adquirida, quando não é suficiente para instituir arranjos mais isonômicos, ao menos permite à família uma maior negociação dos papéis e tarefas de cada um dos membros. Por fim, a luta permitiu aos assentados a construção de uma visão crítica sobre a realidade, permitindo-lhes situar suas histórias pessoais em um contexto social e histórico mais amplo. Mesmo com tais conquistas, as subjetividades vão sendo constituídas no espaço social do assentamento em meio a múltiplas e imprevisíveis situações e temporalidades. Ao mesmo tempo em que buscam instituir novos comportamentos em conformidade a certo projeto político, os indivíduos lidam com tais dispositivos das mais variadas maneiras, compondo um jogo complexo, envolvendo atores variados, em que resistência e submissão aparecem imbricadas nos mesmos processos. A liberdade e a cidadania ativa conquistadas aparecem, dessa forma, o tempo todo ameaçadas.
Título em inglês
Experience, memory and autonomy in a land reform's settlement in the region of Ribeirão Preto-SP
Palavras-chave em inglês
Autonomy
Critical Theory
Experience
Memory
Social Movement in rural areas.
Resumo em inglês
The main aim of this research is to analyze the perception that the settlers rural workers have on the transformations of their subjectivity from their taking part on the Brazils Landless Rural Workers Movement (MST). The research has aimed to investigate the perceptions that the settlers rural workers have been elaborating concerning the world and its problems, their actions and ideals related to the world and the conflicts and tensions they have been to during the fight for land. The specific objectives turned back to the analysis of the aspects on which the settled rural worker realized a change on its conceptions concerning: a) richness and social inequity causes; d) children education; c) gender relations and; d) political participation. The proposed methodology is qualitative using Life Histories as a privileged instrument of collection. As a theoretical fundament, reflections demarked by a few philosophers from the Critical Theory have been considered, especially discussions about experience, memory and autonomy. The educational process, enchased on the settled rural workers dynamic, has taken part on the late educational and sociological reflection. In a large scale, there is a political learning datum, specially linked to the practices engendered by the landing social movements, reaching fields as citizenship and emancipation. It could be noticed that the settled rural workers recognize a change on the subjectivity turned back to the fight. They feel they could acquire and elaborate a claiming political language, able to convert their willing to fight for individual and collective rights. For this reason, within the acquisition of a political language, they could also recognize themselves as rights subjects and citizens. The settled rural workers could also recognize a modification concerning the general orientation on their productive practices and their actions on the social daily life. The demands for an environmental sustainable production and according to the associative formats implied the construction of new men and nature relationships and the opening to new production models experimentations. Life in the rural settlement, associated to the emphasis given by the MST on the educational thematic, has enabled them to highly valorize school and take part on meetings with teachers. In gender relationships, a few rural settled women feel more capable to claim for their rights. In home relationships, the linguistic capacity acquired, when not enough to institute more isonomic arrangements, at least enables the family to a better regular discussion on the roles and tasks of each of the members. In the end, this fight enabled the settled rural workers to a critical view construction from reality, enabling them to insert their personal stories in a wider social and historical context. Even with such conquers, subjectivity is been constituted in the social space of the rural settlement, surrounded by multiple and unpredictable situations and temporalities. At the same time, they aim to institute new behaviors in conformity to a certain political project; once they deal with such device in the most different ways, composing a complex play, involving different actors, in which resistance and submission appear to be enchased in the same processes. Freedom and the conquered active citizenship appear then, to be threatened all the time.
 
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Fabianatese.pdf (1.66 Mbytes)
Data de Publicação
2011-02-22
 
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