O objetivo do presente estudo foi avaliar, por meio do teste de cisalhamento, a resistência de união de restaurações de resina composta utilizadas com dois diferentes protocolos adesivos em dentes submetidos a radioterapia. Avaliou-se ainda, por meio de lupa estereomicroscópica, o tipo de falha ocorrida após a fratura, bem como, a interface de união dente/material restaurador, por meio de microscopia eletrônica de varredura. Sessenta coroas de caninos superiores humanos foram distribuídas em dois grupos (n=30): GI sem irradiação e GII com irradiação. Após protocolo radioterápico as coroas de ambos os grupos tiveram sua superfície vestibular lixada até a exposição da dentina. Cada grupo foi subdividido conforme protocolo adesivo utilizado para a restauração com resina composta: Subgrupo A condicionamento da dentina com ácido fosfórico 37%; subgrupo B condicionamento com sistema auto condicionante. Dez espécimes de cada subgrupo foram destinados ao teste de cisalhamento por meio de máquina de ensaio mecânico Instron. Em outros 5 espécimes realizou-se a análise qualitativa da interface material restaurador/dentina. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA two-way seguido do teste de Tukey (=5%). A irradiação diminuiu, significantemente, a resistência de união (p<0,05). O protocolo adesivo com condicionamento ácido apresentou valores de resistência ao cisalhamento, significantemente menores em relação ao sistema auto condicionante (p<0,05). O tipo de falha predominante em GII foi adesiva. Dentes irradiados apresentaram tags de resina menores em relação aos não irradiados. Concluiu-se que restaurações de resina composta em pacientes submetidos à radioterapia apresentam menor resistência de união. Para esses casos o protocolo adesivo com sistema auto condicionante é preferível em relação ao condicionamento ácido

This study evaluatde, through the shear bond strength test, the bond strength of composite resin restorations used with two different adhesive protocols on teeth submitted to radiotherapy. The type of failure that occurred after the fracture, as well as the interface of tooth bond / restorative material, by means of scanning electron microscopy, was also evaluated using a stereomicroscopic magnifying glass. Sixty crowns of human upper canines were distributed into two groups (n = 30): GI - without irradiation and GII - with irradiation. After radiotherapy protocol the crowns of both groups had their vestibular surface sanded until the exposure of the dentin. Each group was subdivided according to the adhesive protocol used for restoration with composite resin: Subgroup A - dentin conditioning with 37% phosphoric acid; subgroup B - conditioning with self-etch system. Ten specimens from each subgroup were assigned to the shear bond test using an Instron mechanical test machine. In another 5 specimens the qualitative analysis of the restorative material interface / dentin was carried out. The data were submitted to two-way ANOVA followed by the Tukey test ( = 5%). Irradiation significantly decreased the bond strength (p <0.05). The adhesive protocol with acid conditioning presented values of shear strength, significantly lower in relation to the self-etch system (p <0.05). The predominant type of failure in GII was adhesive. Radiated teeth presented smaller resin tags than non-irradiated teeth. It was concluded that composite resin restorations in patients submitted to radiotherapy have lower union strength. For these cases, the self-etching adhesive protocol is preferable to etch-and-rinse