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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.5.2010.tde-15042010-105759
Document
Auteur
Nom complet
Carolina Zadrozny Gouvêa da Costa
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2010
Directeur
Jury
Asbahr, Fernando Ramos (Président)
Gorenstein, Clarice
Torres, Albina Rodrigues
Titre en portugais
Comparação entre clomipramina e fluoxetina para o tratamento de transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes
Mots-clés en portugais
Adolescente
Clomipramina
Criança
Fluoxetina
Transtornos da ansiedade
Resumé en portugais
Os transtornos de ansiedade são os quadros psiquiátricos mais comuns em jovens. Seu tratamento precoce pode evitar repercussões negativas na vida atual da criança e, possivelmente, na vida adulta. A associação da terapia cognitivo-comportamental à farmacoterapia é tida como o tratamento de escolha para a maioria dos jovens com transtornos ansiosos. Dentre os medicamentos, destacam-se os inibidores seletivos de recaptura da serotonina e os antidepressivos tricíclicos. A literatura demonstra que aqueles fármacos são eficazes e seguros para o tratamento agudo da ansiedade em jovens. Em relação aos antidepressivos tricíclicos, há uma escassez de estudos, possivelmente, pelos efeitos colaterais e pela necessidade de controles laboratoriais. Revisões apontam para a necessidade de novos estudos controlados com medicamentos. Objetivouse com este estudo: testar a eficácia da fluoxetina e da clomipramina, controlados por placebo; comparar a ação desses compostos em crianças e adolescentes com transtornos ansiosos. Foram estudados sujeitos (7 a 17 anos) com: transtorno de ansiedade generalizada e/ou transtorno de ansiedade de separação e/ou fobia social (incluídos os três diagnósticos, em razão de sua alta taxa de comorbidade). Incluíram-se 30 indivíduos, divididos aleatoriamente em três grupos: fluoxetina (n=10), clomipramina (n=9) ou placebo (n=11), acompanhados por 12 semanas. Os instrumentos usados foram: Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia; Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças; Inventário para Depressão em Crianças; Impressão Clínica Global; Escala de Avaliação Global. Na avaliação inicial, os grupos mostraram-se semelhantes em relação a sintomas ansiosos e nas avaliações globais. Na análise exploratória, os três grupos apresentaram uma melhora significativa. As taxas de resposta ao tratamento foram de 87,5% (n=7) no grupo clomipramina, 100% (n=8) no grupo fluoxetina e 77,7% (n=7) no grupo placebo. As taxas de remissão foram de 75% (n=6) no grupo clomipramina, 100% (n=8) no grupo fluoxetina e 44,4% (n=4) no grupo placebo, com uma diferença significativa entre o grupo fluoxetina e placebo na medida de remissão. O grupo que recebeu fluoxetina teve uma redução mais acentuada dos sintomas ansiosos em relação ao grupo placebo nas subescalas ansiedade social e índice de transtorno de ansiedade da Escala Multidimensional de Ansiedade. Não foram observadas diferenças significativas entre o grupo clomipramina e placebo ou entre o grupo fluoxetina e clomipramina. Na análise regressiva, observou-se um efeito significativo do tempo em todas as variáveis. Em relação ao efeito dos grupos de tratamento (grupo placebo como referência), não houve diferença significativa. Notou-se a interferência significativa do grupo fluoxetina na ação do tempo nas variáveis: Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças total (p=0,029), ansiedade social (p=0,007), ansiedade de separação (p=0,008) e Impressão Clínica Global (p=0,003). O presente estudo sugere que a fluoxetina seja eficaz e segura para o tratamento dos transtornos ansiosos na infância e adolescência, e seu efeito, em relação ao placebo, parece ser superior quanto maior a gravidade dos sintomas. A clomipramina parece não trazer benefícios superiores ao placebo, embora não tenha havido diferença significativa entre os grupos fluoxetina e clomipramina. Ressalta-se que este estudo encontra-se em andamento e esta foi uma análise preliminar dos resultados.
Titre en anglais
Comparison between clomipramine and fluoxetine for the treatment of anxiety disorders in children and adolescents
Mots-clés en anglais
Adolescent
Anxiety disorders
Child
Clomipramine
Fluoxetine
Resumé en anglais
Anxiety disorders are the most common psychiatric disorders in youngsters. Early treatment can avoid negative repercussions in the childs current life and, possibly, in adult life. The association of cognitive-behavioral therapy with pharmacotherapy is regarded as the treatment of choice for most youths with anxiety disorders. Among the medications, selective serotonin reuptake inhibitors and tricyclic antidepressants stand out. The literature shows that those drugs are efficacious and safe for acute treatment of anxiety in youths. As regards tricyclic antidepressants, there is a lack of studies, possibly due to side effects and need for laboratory controls. Reviews indicate the need for new pharmacological controlled studies. This study aims: to test the efficacy of fluoxetine and clomipramine, controlled by a placebo; to compare the action of these compounds in children and adolescents with anxiety disorders. Subjects (7 thru 17 years) with: generalized anxiety disorder and/or separation anxiety disorder and/or social phobia (the three diagnoses were included due to their high rate of comorbidity) were studied. Thirty individuals were included, randomly divided into three groups: fluoxetine (n=10), clomipramine (n=9) or placebo (n=11), followed for 12 weeks. The following instruments were used: Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia; Multidimensional Anxiety Scale for Children; Children's Depression Inventory; Clinical Global Impression; Children's Global Assessment Scale. In start evaluation, groups were similar concerning anxiety symptoms and global evaluations. In the exploratory analysis, the three groups had a significant improvement. The treatment response rates were 87.5% (n=7) in clomipramine group, 100% (n=8) in fluoxetine group and 77.7% (n=7) in placebo group. Remission rates were 75% (n=6) in clomipramine group, 100% (n=8) in fluoxetine group and 44.4% (n=4) in placebo group, with a significant difference between fluoxetine and placebo groups in the remission measure. The group which received fluoxetine had a more marked reduction of anxiety symptoms than placebo group in the social anxiety and anxiety disorder index sub-scales of the Multidimensional Anxiety Scale. No significant differences were observed between clomipramine and placebo groups or between fluoxetine and clomipramine groups. In regressive analysis, a significant time effect was observed in all the variables. As regards the effect of treatment groups (placebo group as reference), a significant difference was not found. A significant interference of fluoxetine group was observed in the action of time noted in the variables: Multidimensional Anxiety Scale for Children (p=0.029), social anxiety (p=0.007), separation anxiety (p=0.008) and Clinical Global Impression (p=0.003). The present study suggests that fluoxetine is efficacious and safe for the treatment of anxiety disorders in infancy and adolescence. Its effect, compared to placebo, appears to be greater, the more severe the symptoms are. Clomipramine does not seem to bring greater benefits than placebo, although any significant difference was observed between fluoxetine and clomipramine groups. It should be pointed out that this study is in progress, and that this is a preliminary analysis of the results.
 
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Date de Publication
2010-04-16
 
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