Este trabalho teve como objetivo analisar o discurso educacional dos especialistas em educação e as coesões e ramificações ocorridas no campo educacional entre os anos de 1990 e 2007, período em que se constatou novas estratégias de liderança, motivadas pela presença de agentes singulares e institucionais que atuavam ou passaram a se movimentar nos programas de pósgraduação no qual estavam vinculados, em entidades particulares que adquiriram o caráter de agências think tanks em razão de sua influência direta ou indireta nas políticas educacionais, especialmente para a educação básica, ou em e em assessorias em órgãos públicos como o INEP ou o IBGE. Ao mesmo tempo em que especialistas em educação com reconhecido prestígio na universidade procuravam exercer a censura acadêmica pautando-se pelo discurso de oposição às políticas advindas do Estado sobre educação. Foram utilizados como fontes de investigação, as revistas Educação & Sociedade e a revista Ensaio, bem como o exame dos currículos lattes dos colaboradores de ambos os períodos. O objeto em apreço foi construído mediante o esquadrinhamento das fontes citadas, depois sistematizadas em banco de dados e posterior análise por meio de tabelas e quadros, método esse que permitiu verificar as ramificações e coesões existentes. Foi constatado que o discurso sobre as políticas educacionais, sobretudo a educação básica está calcada em indicativos produzidos pelas avaliações em larga escala sob a égide do MEC/INEP, mas conta com o acréscimo de outras formas de auferição desenvolvidas por entidades como a Ação Educativa com o ENAF, projetos postos em prática de laboratórios ou grupos de pesquisas de algumas universidades que procuram produzir indicativos com medidas longitudinais dos alunos do ensino fundamental. A centralidade dos argumentos desses agentes subsidiar os sistemas de ensino na oferta de uma educação de qualidade para todos os alunos. Essas iniciativas, no entanto resultou num mercado de serviços demandado ou induzido pelo Estado, bem como as instituições think tanks que adquiriram a prerrogativa de certificar os serviços oferecidos, tais como alfabetização, EJA ou políticas afirmativas de outras entidades.

This work aims to analyze the educational discourse of the education specialists, the cohesion and the stretching that occurred in the educational field between 1990 and 2007, a period in which was perceived leadership strategies, motivated by the presence of single and institutional agents that acted in the post-graduation programmes they were linked to, in private institutions that acquired the character of think tanks agencies due to their direct or indirect influence on the educational policies, specially on basic education and in the advisory of public organs as INEP or IBGE, whereas specialists in education with recognized prestige within the university sought to exercise censorship relying on the opposition discourse the State policies on education. The magazines Education and Society and Rehearsal, as well as the exam of Curriculum Lattes of the collaborators both periodicals were used. The object of study was built through the analysis of the quoted sources, then patterned in the data bank and later analysis by means of tables and charts. Such a method has allowed to verify the existing stretching and cohesion. It has been noticed that the discourse on educational policies, specially basic education is rooted in produced indications of large scale evaluations under the shelter of MEC/INEP, but counts on the addition of other forms of checking developed by institutions as educational Action with ENAF, or projects which were put into practice in laboratories or research groups in some universities that search to produce indicatives (with longitudinal measurement) of the Fundamental School Students. The core of the arguments of these agents is to offer subsidies so that the teaching systems may offer quality education to all the students. These initiatives however resulted in services market demanded by or induced by the State, as well as the think tanks institutions acquired the prerogatives to certify the offered services like literacy courses, EJA, or affirmative policies of other institutions.