Este trabalho versa sobre a autoavaliação institucional das unidades de educação infantil paulistanas. O estudo envolveu creches, Centros de Educação Infantil e Escolas Municipais de Educação Infantil, vinculadas à Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo (SME) e analisou o percurso de implementação da Autoavaliação Institucional Participativa (AIP), que se configurou como política pública do município de São Paulo, de 2013 a 2016. Tratou-se de uma pesquisa educacional que recorreu a métodos quantitativo e qualitativo na produção e análise dos dados (GÓMEZ; FLORES; JIMÉNEZ, 1999), caracterizada como estudo de caso (YIN, 2005). Objetivou-se compreender como o processo da AIP foi vivenciado pelos participantes: possibilidades e benefícios, obstáculos e desafios. Para estabelecer um panorama da avaliação institucional da educação básica no Brasil e, em particular, da avaliação da educação infantil paulistana, e identificar os preceitos basilares orientadores, tomou-se como base argumentativa os estudos de autores como Bondioli e Sávio (2004, 2013); Freitas (2005, 2009, 2016), Sordi (2009a, 2009c, 2010), Campos e Ribeiro (2016, 2017) e Moro (2014, 2017). Para as questões ligadas à formação, gestão e liderança, estabeleceu-se diálogo com autores como Formosinho e Machado (2009), Pinazza ( 2013, 2014), OliveiraFormosinho (2002,2016), Day (2001) e Freire (1996,2016) entre outros. Os dados foram gerados mediante a aplicação de questionário e de entrevista semiestruturada a participantes da AIP, integrantes da amostra tomada neste estudo; a realização de observação participante de variados momentos formativos promovidos pela SME e a análise documental de materiais produzidos ao longo do processo. Os achados do estudo foram considerados a partir da análise de conteúdo nos termos de Bardin (2011). Sob a ótica das participantes, em relação ao processo de AIP instituído, o estudo identificou que: a ação foi muito valorizada; a maneira como SME implantou a autoavaliação e a ela deu continuidade foi legitimada; houve efetiva defesa da continuidade do processo e o processo de AIP foi considerado capaz de trazer transformações concretas para as práticas educativas. Identificou-se que os variados prismas de análise das participantes, geraram resultados diversos quanto aos benefícios, potencialidades e dificuldades da AIP. Como conclusões, podemos destacar que há uma grande demanda formativa, tanto para ser atendida pela própria unidade educacional, quanto pela SME, com vistas a fomentar a análise crítica da prática pedagógica desenvolvida, e promover situações de participação verdadeiramente democráticas dos atores envolvidos na AIP. Constatou-se ainda que essas ações formativas, voltadas ao desenvolvimento profissional das educadoras, devem ser constituídas e apoiadas pela SME, visando à qualificação do processo de AIP, em particular no que tange às transformações consideradas necessárias pelo grupo que efetivou a autoavaliação participada e elegeu ações prioritárias de intervenção no contexto educativo.

The present thesis addressed the institutional self-evaluation of children education units. The study involved daycare centers, Early Childhood Centers and Municipal Schools of Early Childhood Education, linked to the Municipal Education Department of the city of São Paulo (SME) and analyzed the implementation of the Participatory Institutional Self Assessment (AIP), which was set up as a public policy of the municipality of São Paulo, from 2013 to 2016. This educational research used quantitative and qualitative methods for data generation and analysis (GÓMEZ; FLORES; JIMÉNEZ, 1999), characterized as a case study (YIN, 2005). The objective was to understand how the AIP process was experienced by the participants: future perspectives and benefits, obstacles and challenges. In order to establish an overview of the institutional evaluation of basic education in Brazil, and in particular the evaluation of children education in São Paulo, and to identify the basic guiding principles, the studies of authors such as Bondioli and Sávio (2004, 2013) ; Freitas (2005, 2009, 2016), Sordi (2009a, 2009c, 2010), Campos and Ribeiro (2016, 2017) and Moro (2014, 2017) were used as reference. For the issues related to training, management and leadership, a dialogue was established with authors such as Formosinho and Machado (2009), Pinazza (2013, 2014), Oliveira-Formosinho (2002,2016), Day (2001) and Freire (1996, 2016), among others. The data were generated through the application of a questionnaire and semi-structured interview to AIP participants, members of the sample taken in this study; the execution of participant observation of various formative moments promoted by SME and the analysis of the of materials produced throughout the process. The findings of the study were considered from the content analysis according to Bardin (2011). From the perspective of the participants, in relation to the AIP process instituted, the study identified that: the action was highly valued; the way in which SME implemented the self-assessment and gave it continuity was legitimized; there was an effective aui a dissertação é de mestadefense of the continuity of the process and the AIP process was considered capable of bringing concrete transformations to the educational practices. It was identified that the diverse prisms of analysis of the participants, generated diverse results regarding the benefits, potentialities and difficulties of the AIP. In conclusions, we can emphasize that there is a great formative demand, to be attended by the educational unit itself and the SME, with a view to fostering the critical analysis of the pedagogical practice developed, and to promote truly democratic participation situations of the actors involved in AIP. It was also verified that these training actions, aimed at the professional development of the educators, should be constituted and supported by the SME, aiming at the qualification of the AIP process, particularly with regard to the transformations deemed necessary by the group that carried out the self-assessment and elected priority actions of intervention in the educational context.