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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.47.2010.tde-08032010-112357
Documento
Autor
Nome completo
Bernardo Parodi Svartman
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2010
Orientador
Banca examinadora
Goncalves Filho, Jose Moura (Presidente)
Bosi, Eclea
Furtado, Odair
Matos, Olgaria Chain Feres
Oliveira, Fabio de
Título em português
Trabalho e desenraizamento operário: um estudo de depoimentos sobre a experiência de vida na fábrica
Palavras-chave em português
Desenraizamento social
Psicologia social
Trabalho
Resumo em português
A discussão da experiência de trabalho nas fábricas, tendo já nos exigido pesquisas em grau de iniciação científica e de mestrado, segue sendo nosso alvo neste doutorado. Realizamos no mestrado uma pesquisa em regime de observação participante numa fábrica metalúrgica de pequeno porte em Diadema/SP. O pesquisador, durante dois anos e meio, trabalhou um dia por semana como ajudante geral, procurando, ao lado dos operários, recolher os acontecimentos e as conversas que, ali, melhor exprimiam a experiência do trabalho. Quanto era empobrecedora ou enriquecedora a experiência psicossocial do trabalho? Quando as condições de trabalho, ao mesmo tempo materiais e psicológicas, mostravam-se geradoras de humilhações, como eram enfrentadas pelos trabalhadores? Registramos e discutimos: as habilidades exigidas na realização das atividades fabris; o modo como o trabalho operário abrigava ou prejudicava a atenção, a imaginação, a memória e o pensamento do trabalhador; o relacionamento dos trabalhadores entre si, com as máquinas, as ferramentas e as chamadas peças de trabalho (a matéria-prima e os produtos do trabalho). Os resultados apresentam o trabalho fabril ainda hoje relacionado ao fenômeno descrito por Simone Weil como desenraizamento. E apresentam trabalhadores resistentes, bem e mal sucedidos em sua resistência, buscando proteger seu corpo e espírito do aviltamento físico e moral. Observamos que as iniciativas em favor de uma outra organização das tarefas fabris eram simples e incipientes (manejos alternativos e menos lesivos das peças, máquinas e instrumentos; a troca de ajuda e o companheirismo nas operações; a conversa que alivia a monotonia e o vazio das atividades muito mecânicas). Sem mediações sindicais ou quaisquer outras capazes de formar um poder operário e alcançar mudanças estruturais, essas iniciativas eram suficientes para indicar a contínua necessidade de uma outra ordem de trabalho e de sentido do trabalho. Na pesquisa atual, elaboramos um roteiro de assuntos (temas e questões) com base na experiência de campo. Realizamos entrevistas de longa duração com o intuito de permitir que os próprios trabalhadores lembrem e que, lembrando, discutam os assuntos propostos. O que se pretende é alcançar a maneira pela qual vivem e significam a condição operária, com atenção para as experiências de trabalho no contexto das recentes transformações da organização produtiva. Entrevistamos nove depoentes, nove operários metalúrgicos que trabalham ou trabalharam recentemente em diferentes fábricas da região do ABC paulista. Dois deles são ligados à fábrica em que se inseriu e trabalhou o próprio pesquisador: uma fábrica de pequeno porte que atende encomendas de fábricas maiores. Os outros são trabalhadores de diferentes fábricas de médio e grande porte do ABC paulista e onde a presença da organização sindical é importante. Esta diversidade dos depoentes em relação aos locais de trabalho permitirá um julgamento especial: o tamanho da fábrica e a tecnologia incorporada à organização modificam os traços fundamentais da experiência de trabalho nas fábricas? Esta discussão permitirá uma contribuição no debate sobre as transformações da organização do trabalho fabril, a reestruturação produtiva, e seus efeitos sobre a vida dos trabalhadores. Simone Weil (1996), seus diários de fábrica e, mais largamente, o conjunto de sua obra escrita, seguem sendo uma referência-chave para esta investigação: a autora sustenta que o problema operário nuclear é o impedimento de participação na organização do trabalho, a separação entre planejamento e execução das atividades, a aceleração e automatização das operações, o isolamento dos trabalhadores, o rompimento de relação com o passado e o futuro, a humilhação de uma vida continuamente realizada sob comando e como instrumento da produção; sustenta também que a humilhação operária nunca fica sem resposta. A tese que defendemos é que a organização capitalista do trabalho representa um golpe contra a necessidade de enraizamento e está necessariamente ligada a uma situação de humilhação social.
Título em inglês
Labour and workers` uproot: a study about life experience in the workshop metallurgy
Palavras-chave em inglês
Labour
Social psychology
Social uproot
Resumo em inglês
The goal of this research is to discuss contemporary manufacturing workers´ uproot. From the author´s masters´ field research on, we elaborated an issue itinerary (themes and questions) for long duration interviews. We interviewed nine manufacturing workers that work or worked recently in different workshop metallurgies in the region of ABC paulista. The intention was to permit that the own workers would recall experiences and by those memories would discuss the proposed issues. The objective was to reach the way of living and meaning their working conditions, giving special attention to work experiences in the context of recent transformations on the productive organization. This discussion contributed to the debate on the transformations of the manufacturing work organization, the productive restructuration and its effects on the workers´ lives. Simone Weil (1996), her diaries written in workshop metallurgies and more broadly her whole written work were a key-reference to this investigation: she defends that the main workers´ problem is the impossibility of participating on the work organization, the splitting between planning and execution of the activities, the operations´ acceleration and automating, the workers´ isolation, the interruption on the relation between past and future, the humiliation of a life that happens continuously under command and as a production tool; Weil also defends that the workers´ humiliation is never out of answer. The thesis that we propose is that the capitalist organization of work represents a wound on the need of rooting and is necessarily linked to a social humiliation situation.
 
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Svartman_DO.pdf (683.71 Kbytes)
Data de Publicação
2010-05-28
 
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