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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.47.2019.tde-15012019-155154
Documento
Autor
Nome completo
Ana Carolina Campos Gebrim
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2018
Orientador
Banca examinadora
Rosa, Miriam Debieux (Presidente)
Estevão, Ivan Ramos
Faustino, Deivison Mendes
Koltai, Caterina
Sawaia, Bader Burihan
Yatzimirsky, Marie Caroline Saglio
Título em português
Psicanálise no front: a posição do analista e as marcas do trauma na clínica com migrantes
Palavras-chave em português
Migração
Psicanálise
Refúgio
Transferência
Trauma
Resumo em português
A partir de um fluxo acentuado de migrações para o Brasil, iniciado particularmente desde os anos 2010, novas populações, recém-chegadas (particularmente congoleses, angolanos, sírios e haitianos), passaram a interpelar a clínica psicanalítica com migrantes. Provenientes de realidades de violência extrema e condições precárias, as vivências dos sujeitos migrantes são marcadas por especificidades que vêm demandando novos questionamentos. Através de reflexões sobre a clínica com migrantes em instituições de acolhimento na cidade de São Paulo e na cidade de Paris, pretendemos sedimentar aportes teóricos para elaborar novas possibilidades de intervenção clínica, trabalhando a posição do analista e as vicissitudes desse encontro. Compreendendo o traumático como o sofrimento do sujeito diante de um acontecimento vivido como desastre, pensaremos nas possibilidades de fabricação de elementos clínicos de intervenção, assim como nas formas de sustentação de posições analíticas no encontro com esse sujeito migrante. Assim, debruçada sobre as experiências clínicas nas duas cidades supracitadas, tanto institucionalmente como em outras situações, a pesquisa pretende refletir sobre a dimensão do traumático, das diferenças de línguas e culturas, sobre as injunções institucionais e as questões raciais e coloniais presentes nas trajetórias de migrantes. Tomando como objeto, portanto, o encontro clínico entre migrante recém-chegado e o psicanalista, trataremos de refletir sobre as possibilidades tanto de intervenções clínicas em condições extremas, capazes de produzir ressignificações para o sujeito, como nas distintas posições possíveis para o analista, que frequentemente se encontra entre o excesso de implicação no sofrimento, de um lado e de outro, um distanciamento que produz efeitos de desmentido para o sujeito. Desse modo, pretendemos contribuir com elementos clínicos e teóricos para a prática de psicanálise em contextos extremos, particularmente com a população migrante e/ou em situação de refúgio
Título em francês
Pas informé
Palavras-chave em francês
Migration
Psychanalyse
Refuge
Transfert
Trauma
Resumo em francês
Depuis lannée 2010, un flux de nouvelles migrations vers le Brésil explique larrivée de populations de primo-arrivants (notamment des Congolais, Angolais, Syriens, Haïtiens). Ces nouvelles populations interrogent la clinique psychanalytique auprès des migrants. En effet, leur expérience de violence extrême et leur condition précaire les caractérisent et exigent un renouvellement des questionnements et des modalités dintervention cliniques. A travers des réflexions sur la clinique avec des sujets migrants dans les institutions d'accueil de la ville de São Paulo, nous espérons contribuer à la réflexion sur de nouvelles possibilités d'intervention clinique. En partant de la notion de trauma comme une modalité de souffrance du sujet face à un événement vécu comme désastre, nous réfléchissons aux possibilités de conception de nouveaux éléments d'intervention clinique, ainsi quaux formes de positionnements analytiques dans la rencontre avec le migrant. Nous proposons, à un stade de notre réflexion, une comparaison avec la prise en charge des migrants à Paris, France, où larrivée récente de migrants a également exigé la mise en place de nouveaux dispositifs cliniques. Ainsi, à partir de cas cliniques menés dans les deux villes, cette recherche propose de qualifier le traumatisme, puis limpact opéré dans la prise en charge par les langues et les cultures, enfin les injonctions institutionnelles et les questions raciales et coloniales présentes tout au long de la trajectoire des migrants. En prenant comme objet la rencontre clinique entre les migrants nouvellement arrivés et le psychanalyste, nous essayerons de réfléchir aux possibilités dintervention clinique dans des conditions extrêmes, capables de produire de nouvelles significations pour le sujet. Nous montrerons en quoi les différents positionnements de l'analyste sont au centre de nouveaux dispositifs cliniques, puisque ce dernier peut être pris entre, dune part, l'excès d'implication dans la souffrance du patient, et dautre part, dans la distanciation nécessaire, qui produit alors des effets de désaveu pour le sujet. De cette manière, nous souhaitons contribuer à la pratique psychanalytique en contexte extrême, en particulier avec la population migrante et /ou exilée
 
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gebrim_corrigida.pdf (1.80 Mbytes)
Data de Publicação
2019-01-23
 
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