O presente trabalho pretendeu justificar a fundamental importância do contato com o mundo da literatura para a formação do psicólogo. Para isso, partimos de uma breve reflexão a respeito da formação em psicologia nos dias de hoje. Realizamos, em seguida, uma compreensão fenomenológica daquilo que caracteriza a literatura enquanto experiência da leitura; entendemos a experiência literária como o diálogo que se estabelece entre leitor e livro, no qual o leitor apreende o livro a partir de seu mundo particular e tem sua vida atravessada pelo universo do livro. Explicitamos, a partir disso, a relação entre expressões literárias e condição existencial, evidenciando a proximidade essencial entre vida e poesia. Em seguida, analisamos a relação entre literatura e conhecimento, demonstrando como o conhecimento pode ser afetado por expressões poéticas. Por último, evidenciamos a aproximação entre experiência literária e clínica psicológica. Defendemos a literatura como agente humanizador, capaz de cultivar no psicólogo a sensibilidade para o outro e também de fornecer a base para um pensamento livre de dogmatismos teóricos

This study aimed to justify the fundamental importance of contact with literatures world for the psychologist formation. For this, we began with a brief reflection on psychology formation nowadays. We conducted a phenomenological understanding of what characterizes the literature while reading experience; we understood the literary experience as the dialogue established between reader and book, in which the reader captures the book from his personal world and has his life crossed by the books universe. We explained, from that, the relationship between literary expressions and existential condition, showing the essential proximity between life and poetry. Next, we analyzed the relationship between literature and knowledge, demonstrating how knowledge can be affected by poetic expressions. Finally, we developed the approximation between literary experience and clinical psychology. We defend literature as humanizing agent, able to cultivate the psychologist sensitivity to each other and, also, to provide the basis for a thought without theoretical dogmatism