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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.47.2017.tde-29052017-102934
Documento
Autor
Nome completo
Andreia Mutarelli
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2017
Orientador
Banca examinadora
Souza, Marilene Proença Rebello de (Presidente)
Gomes, Luciana Szymanski Ribeiro
Lemos, Flávia Cristina Silveira
Lima, Rossano Cabral
Melo, Fabiola Freire Saraiva de
Título em português
Estratégias de resistência à medicalização: a experiência francesa
Palavras-chave em português
Fenomenologia
Medicalização
Resistência
Resumo em português
O fenômeno da medicalização organiza, hoje, o modo como as pessoas vivem e se compreendem. Desde os anos 1960, esse tema ganhou destaque em diversos artigos. Entendese que tal processo é complexo e, além de produzir a patologização da vida, também pode ser analisado como uma resposta a diversas necessidades humanas. Na presente pesquisa, o processo de medicalização foi pensado a partir do referencial teórico-metodológico da fenomenologia, compreendendo o homem como ser-no-mundo, cuja humanidade reside na sua essência de ser desvelador de mundo. Nessa perspectiva, a medicalização expressa um modo de compreensão técnico do mundo, um processo que busca controlar, assegurar, padronizar e prever os fenômenos multideterminados do ser humano, submetendo a complexidade deste à disciplina da medicina, que sempre poderá lhe oferecer intervenções e explicações. A resistência a esse processo torna-se um tema importante de pesquisa, dada sua abrangência e profundidade no modo de vida atual. A psiquiatria francesa apresenta resistências singulares ao hiperdiagnóstico do TDAH, uma expressão da medicalização. O trabalho de campo foi realizado na França e buscou formular articulações com o enfrentamento brasileiro. O objetivo geral desta pesquisa é investigar o sentido da resistência à medicalização, de modo a ampliar a compreensão desse fenômeno. Para tanto, dois aportes de dados foram utilizados: a análise documental dos coletivos Pas de Zéro de Conduite pour les enfants de trois ans, Lappel des appels e Stop-DSM e a análise de entrevistas com profissionais da saúde franceses. Para a análise das entrevistas, baseamo-nos na Hermenêutica da Facticidade. As entrevistas foram realizadas em formato de rede: a cada conversa a pesquisadora apresentava elementos que surgiram nas entrevistas anteriores, de modo que a própria pesquisa se tornasse um instrumento de resistência, coletivizando a discussão do tema. Assim, após a etapa de campo na França, entrevistamos Manuel Vallée, da Universidade de Auckland, cujo artigo foi citado em todas as conversas com os profissionais franceses. Como resultado, partindo das estratégias apreendidas em campo, chegamos a quatro fundamentos da resistência à medicalização na França: 1) a concepção de homem como possibilidade de ser, entendendo que ele está sempre aberto para as possibilidades que se apresentam no futuro indeterminado, resistindo à cristalização de um diagnóstico; 2) a pluralidade de práticas e métodos de pesquisa coexistindo de forma a contrapor o monismo metodológico; 3) a construção de redes como estratégia de enfrentamento à individualização/biologização das problemáticas humanas; 4) as intervenções multifocais, com cuidado multidisciplinar, considerando o contexto social, cultural e político dos usuários como enfrentamento à hiperprescrição de medicamentos pautada por interesses financeiros na área da saúde. No processo de medicalização da sociedade, o lugar de convivência entre os homens, a política, perde seu espaço para a ciência, que passa a regulamentar o modo como os homens devem viver, assegurando os resultados dos seus modos de vida. As estratégias de resistência à medicalização apreendidas nesta pesquisa apontam para o fortalecimento do campo político, âmbito em que a verdade plural vigora, como principal direcionamento desse enfrentamento
Título em inglês
Not informed by the author
Palavras-chave em inglês
Medicalization
Phenomenology
Resistance
Resumo em inglês
The phenomenon of medicalization organizes today how people lives and understands themselves. Since the 1960s, this subject has gained prominence in several articles. It is understood that such a process is complex and, in addition to producing the pathologization of life, it can also be analyzed as a response to various human needs. The process of medicalization was thought from the theoretical-methodological referential of the phenomenology, comprising man as a being-in-the-world, whose humanity resides in his essence of being someone who uncovers the world. In this perspective, medicalization expresses a way of technically understanding the world, a process that seeks to control, ensure, standardize, and predict the multi-determinate phenomena of the human being, subjecting its complexity to the discipline of medicine, which can always offer it interventions and explanations. The resistance to this process becomes an important research topic given its scope and depth in the current way of life. French psychiatry has unique resistances to the hyperdiagnosis of ADHD, which is an expression of medicalization. The fieldwork was carried out in France and it seeks to articulate with the Brazilian confrontation. The overall objective of this research is to investigate the meaning of resistance to medicalization, in order to broaden the understanding of this phenomenon. To that end, two data sources were used: the documentary analysis of the collectives Pas de Zéro de Conduite pour les enfants de trois ans, L'appel des appels and Stop-DSM and the interviews with French healthcare professionals. For the analysis of the interviews, we were based on the Hermeneutics of the Facticity. The interviews were carried out in a network format: at each conversation, the investigator presented elements that were brought up in the previous interviews, so that the research itself became an instrument of opposition, collectivizing the discussion of the subject. Thus, after the field stage in France, we interviewed Manuel Vallée of the University of Auckland, whose article was quoted in all conversations with the French. As a result, we came to four elements of the resistance to medicalization in France: 1) the conception of man as a possibility of being, understanding that he is always open to the possibilities that present themselves in the indeterminate future, resisting to the crystallization of a diagnosis; 2) the plurality of practices and research methods coexisting so as to counter methodological monism; 3) the construction of networks as a strategy to confront the individualization / biologization of human problems; 4) multifocal interventions, with multidisciplinary care considering the social, cultural, and political context of the users as a confrontation with the hyperprescription of medicines guided by financial interests in the healthcare area. In the process of medicalization of society, the place of coexistence between men, the politics, loses its space for science, which governs how men should live, ensuring the results of their ways of life. The elements of the resistance to medicalization observed, point to the strengthening of the political field, in which plural truth prevails, as the main direction of this confrontation
 
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Data de Publicação
2017-06-23
 
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