Tendo como fio condutor a fenomenologia existencial, o estudo recorre a autores da filosofia à literatura, propondo uma reflexão acerca da ação da extensão universitária na formação profissional do aluno. Como locus, está o Projeto Bandeira Científica, utilizado como pretexto para discussão sobre a formação e aprendizagem, ação e promoção de saúde. Para isso, retoma-se breve história do projeto desde seu início. Tal cenário é possível, pois o projeto é organizado e construído por alunos de graduação de diversas áreas da saúde para intervenção em municípios brasileiros. Foram realizadas entrevistas com seis ex-alunos do projeto Bandeira Científica, de áreas da saúde diversas, no intuito de refletir como o espaço interdisciplinar pode encaminhar a formação profissional do aluno. Deste modo, embora curto no tempo, o projeto revelou uma intensidade significativa, inclusive nas relações que dele surgem, em meio ao cansaço e às expectativas dos protagonistas. Através das narrativas, deu-se a ver que uma ação universitária aberta às questões do mundo, num contexto histórico, social e político, e à construção de novos conhecimentos e metodologias para a comunidade, propõe um vir-a-ser profissional imerso no encontro com o outro, no diálogo e na ação, criando possibilidades para cuidar do outro e de si mesmo. No construir em conjunto com outras disciplinas, o aluno diz poder se reconhecer no próprio agir e dizer da profissão: modo outro de aprendizagem, distante dos clássicos modos formativos. Olhar a promoção de saúde, pelo caminho da experiência com e entre outros, possibilitou reflexões sobre temáticas que envolvem a atenção à saúde para a coconstrução de uma forma de clinicar, como: corpo, vida, história, desejo e decisões. Por fim, a Bandeira Científica, sendo comunidade em comunidade, mostra que a extensão universitária pode ir além da formação. Por sua intensidade e proximidade, ela exige presença e pertencimento. Foram espaços compartilhados que, na con-vocação para participar, dividir, vincular e criar, fortalecem o encontrar-se do aluno como projeto de si

Having existential phenomenology as a connecting thread, this study explores authors from philosophy to literature, aiming to reflect about the meaning of university extension programs action for the student's professional education. As locus, there is the Bandeira Científica Project as a pretext to discuss learning experience, as well as action and health promotion. In order to accomplish that, it undertakes a brief history of the Project from its beginning. Such scenario is possible because the Project is organized and built by undergraduate students from several health professions, in order to make a monthly intervention in Brazilian cities. Six interviews were made with Bandeira Científica Project former students, from different health areas, with the purpose of thinking how an interdisciplinary space can lead the student's professional training. Therefore, although being short in time, the project reveals its significative intensity, and also among the relations that arise from it, in spite of the protagonists' fatigue and expectations. Throughout the narratives, it became clear that an university action opened to worldly issues, in a social, historic and political context, as well to new knowledge and methodology for the community demands, suggests a professional to becoming that is immersed in encountering the other, in dialogue and action, creating possibilities to take care of the other and of oneself. In such collective construction with other areas of knowledge, the student claims to recognize himself in his professional way to act and say: another way of learning, different from the classic formative modes. Through the experience of being with and among others, to think about health promotion made possible to reflect about questions involving attention to health in a clinical co-building way, as: body, life, history, desire and decisions. Finally, Bandeira Científica, by being a community in the community, shows that university extension programs may go beyond the educational period. By its intensity and proximity, it demands presence and belonging. It were the shared spaces that, con-vocating to participate, bind and create, strengthened the student to find himself as a self-project