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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.44.1994.tde-30062015-145032
Documento
Autor
Nome completo
José Candido Stevaux
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 1994
Orientador
Banca examinadora
Landim, Paulo Milton Barbosa (Presidente)
Coimbra, Armando Marcio
Moura, Josilda Rodrigues da Silva de
Saadi, Allaoua
Suguio, Kenitiro
Título em português
O Rio Paraná: geomorfogênese, sedimentação e evolução quaternária do seu curso superior (região de Porto Rico, PR)
Palavras-chave em português
Brasil
Geologia
Rio Paraná
Resumo em português
O rio Paraná está entre os dez maiores rios do mundo em comprimento e descarga e constitui-se na segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul. Seu curso é dividido em três trechos: inferior, médio e superior. Este trabalho se desenvolveu no trecho superior, mais propriamente na região de Porto Rico (PR), localizada entre a foz do rio Paranapanema e a do rio Ivinheima, onde as peculiaridades geomorfológicas abrigam vários ambientes e subambientes fluviais e associados. A área foi dividida em 5 unidades geomorfológicas maiores e 6 subunidades geomorfológicas, mapeadas na escala 1:100.000. Unidade Geomorfológica Porto Rico: ocorre na margem esquerda do rio, sendo constituída pelos arenitos da Formação Rio Paraná. Corresponde à superfície mais alta e mais antiga do sistema. Unidade Geomorfológica Taquaruçu: compreende basicamente aos depósitos coluviais, com pouca contribuição aluvial na base, sendo caracterizada por apresentar quantidade de lagoas originadas provavelmente por processo pseudocárstico em clima mais seco que o atual. Datação por termoluminescência revelou que esses corpos d'água têm idade superior a 40.000 anos A.P. Unidade Geomorfológica Fazenda Boa Vista: definida cerca de 10m abaixo da unidade anterior, esta unidade tem morfogênese bastante complexa que se iniciou no Pleistoceno médio estendendo-se praticamente até 2.000 anos A.P. Compõe-se de três subunidades geomorfológicas distintas. Unidade Geomorfológica Rio Paraná: constituída pelo canal do rio Paraná e sua respectiva planície de inundação. No trecho estudo o rio foi dividido em dois setores conforme seu padrão de canal: a) o setor principal de padrão multicanal onde os canais de primeira ordem são geralmente retilíneos e com sinuosidade aumentando para os de segunda e terceira ordem; b) o setor secundário, que se desenvolve na planície de inundação, tem padrão anastomosado formado por vários canais, furos e paranás e pelo próprio rio Ivinheima. Unidade geomorfológica Rio Paranapanema: compreende a planície aluvial do rio homônimo sendo possível separar duas subunidades: a planície atual e o terraço antigo. As trocas de processos deposicionais e erosivos no canal do Paraná são muito ativas resultando na migração contínua do talvegue que, em alguns casos atinge até 56,6m.ano-1. As formas de leito, estudadas por meio da ecobatimetria, foram classificadas em: ondulação (até 0,3m de altura), mega-ondulação (entre 0,3 e 1,5m de altura), duna subaquosa (de 1,5 a 7,5m de altura) e onda de areia (chegando a atingir 13m de altura). Estudos faciológicos em afloramentos, poços, trincheiras e testemunhos de sondagens dos depósitos associados ao rio Paraná permitiram a sua caracterização em 12 tipos principais, classificados conforme seus ambientes sedimentares. Aqueles relacionados diretamente aos processos fluviais do Paraná são: depósitos de canal, barra arenosa, lençol arenoso, dique marginal, bacia de inundação e rompimento de dique marginal. Os depósitos associados à calha do rio, mas não aos processos fluviais, são: depósito de rudáceos, colúvios e de fundo de lago. Foram propostos modelos deposicionais inéditos para diques marginais primários e de margem erosiva, bem como foi elaborada uma ampla discussão crítica entre os modelos de literatura (principalmente a arquitetura deposicional) com a gênese e a faciologia dos depósitos do rio Paraná. Baseado nos estudos faciológicos dos depósitos de inundação foi proposta a curva "G" de migração de margem. Essa curva compõe-se do registro da distância relativa que um determinado ponto na planície de inundação se mantem do canal, durante o intervalo litológico estudado (um perfil ou um testemunho). Aplicada em 30 seções e testemunhos obtidos na área, a curva "G" mostrou-se muito útil nas correlações entre depósitos fluviais, com boa perspectiva de ulitização também em sedimentos antigos. A análise de minerais de argila indicou que o grande aporte dos termos finos em suspensão provem da cobertura pedogenizada dos arenitos dos grupos Caiuá e Bauru. Os minerais pesados por sua vez parecem derivar diretamente do embasamento cristalino (Grupo Canastra) com pouca maturidade no sistema. Em sua maioria as areias do rio Paraná são produto do retrabalhamento de antigos depósitos de canal, não havendo atualmente grande contribuição da área fonte. A integração dos resultados das datações absolutas e da palinologia permitiu o estabelecimento da evolução climática do sistema pelo menos para os últimos 50.000 anos. O primeiro período de aridez, bem definido nos testemunhos de sondagem das lagoas e dos depósitos de canal do rio Paraná encerrou há cerca de 10.000 anos. Nessa época iniciou-se o primeiro período úmido que culminaria com um ótimo climático em torno de 6.000 a 5.000 anos A.P. Entre 3.000 e 2.000 anos ocorreu um recrudescimento nas condições climáticas, aqui denominado com segundo período de aridez. A partir de 2.000 anos A.P. até os dias de hoje, o clima tornou-se mais ameno, possibilitando o estabelecimento da atual mata pluvial que cobria toda a região (até a década de 70, quando foi quase totalmente removida devido a ocupação econômica da área). Esse último intervalo de tempo foi denominado de segundo período úmido. O compartimento geomorfológico onde se instalou a bacia hidrogeográfica do rio Paraná começou a se formar durante o Plioceno e Pleistoceno Superior sobre a Superfície Sul-Americana. O estabelecimento da serra de Maracaju (tardi-contemporâneo a serra do Mar) veio formar o divortium aquarum entre as bacias do Paraná e do Paraguai. O compartimento do rio Paraná sofreu novo aplainamento denominado localmente como Superfície de Guaíra, sobre a qual começa a ser escavado o atual canal do rio Paraná. O clima árido que se desenvolveu durante quase todo o Pleistoceno permitiu o desenvolvimento de grandes extensões de colúvio como também do grande pacote de areia e cascalho existente no canal do rio Paraná. Os períodos de melhoria climática que se sucederam no Holoceno propiciaram o desenvolvimento de uma extensa planície de inundação argilosa por onde meandrava o rio Paraná. O estádio atual, de desajuste hidrológico e sedimentar foi causado, provavelmente, por interferência tectônica.
Título em inglês
Not available.
Palavras-chave em inglês
Not available.
Resumo em inglês
This study involves the geomorphological, sedimentological and quaternary evolutional aspects of the Upper Paraná River at Porto Rico (State Paraná, Brazil). The alluvial plain is composed by a braided system (main channel), with islands and sandy bars; and a anastomosing system (involving secondary channels, tributaries and a complex of swamps, pools and natural levees). River discharge in its upper course varies from 8,400 'm POT.3' 's POT -1' to 13,000 'm POT.3' 's POT.-1' (minimum of 2,550 'm POT.3' 's POT.-1' and maximum of 33,740 'm POT.3' 's POT.-1'). Solid discharge reaches 27X '10 POT.6'ton. 'y POT.-1' for suspended sediments and 3X '10 POT.6'ton. 'y POT.-1' for load ones. Through echobatimetric survey, bed forms were grouped in ripples, megripples, dunes and sand waves. Studies of the sedimentology, heavy minerals, clay minerals and facies architecture was applied to the major geomorphological unities and their subunities. Preliminary palinological studies show that during the Upper Pleitocene the area was dominated by grassland and savannas under dryer conditions. Since the beginning of Holocene there has been a generalizeted transition to humid phase and the present Broadleaf Forest occupied the area in the last 2,000 years B.P. The hypothesis is suggested to explain the evolution of the area: 1) the first geomorphological outline of the Paraná River catchment iniciated during the Plio-Pleistocene; 2) the alluvial valley was filled up by alluvial-colluvial deposits at the end of Pleistocene; 3) tectonism and climatic changes (Atlantica Climatic Optimum) generated a new valley bottom (5 to 8m below the former level) and a wide meandering plain was built up; 4) recente fluvial system created a new terrace 3m above the normal water level.
 
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Stevaux_Doutorado.pdf (25.23 Mbytes)
Data de Publicação
2015-07-01
 
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