O objetivo fundamental deste trabalho é introduzir efetivamente as variáveis do aquecimento global dentro do planejamento energético através do Planejamento Integrado de Recursos Energéticos - PIR. A causa do aquecimento que ameaça a vida como conhecemos na Terra não é a liberação de gases de efeito estufa por atividades antropogênicas. A liberação desenfreada dos gases de efeito estufa é uma consequência do modelo de desenvolvimento econômico, que incentiva o uso insustentável de energia e recursos naturais. É necessário repensarmos o modelo de desenvolvimento, a causa do problema. Neste sentido, este trabalho apresenta uma alternativa de planejamento energético, que inclusive engloba a questão do aquecimento global. Metodologicamente busca-se a satisfação das necessidades regionais para depois delinear as necessidades de uma macro região. A utilização dos recursos energéticos próprios da região é priorizada. A vocação econômica regional é vista como vantagem competitiva para melhoria de índices sociais. As limitações ambientais, incluindo os efeitos do aquecimento global, são consideradas. As forças políticas são respeitadas. Os atores envolvidos e interessados no desenvolvimento regional participam do planejamento. E o mais importante, a abordagem sistêmica para buscar o ótimo é feita antecipadamente, conseguindo-se prever conseqüências do desenvolvimento antes da implantação de projetos. Estes, com ganhos econômicos, sociais, ambientais epolíticos, ao mesmo tempo, são priorizados em relação àqueles com ganhos predominantemente econômicos. Desta forma minimiza-se riscos e dificuldades de licenciamentos ambientais, rejeição pública, bem como problemas decorrentes da utilização insustentável de recursos naturais. ) Para validar este trabalho, a metodologia é aplicada em uma região do interior do Estado de São Paulo, a Região Administrativa de Araçatuba, composta por um conjunto de 43 municípios. Na conclusão, o trabalho aponta quais são os recursos energéticos que melhor se ajustam às premissas do desenvolvimento sustentável, que inclui a questão do aquecimento global.

The primary objective of this work is to effectively introduce the variables of global warming within energy planning through Integrated Resources Planning - IRP. The cause of this warming which threatens life on Earth is not the release of greenhouse gases through anthropological activities, but it is rather the consequence of an economic development model which stimulates the unsustainable use of energy and natural resources. It is necessary to rethink the development model. In this sense, this work presents an energy planning alternative that also takes into consideration the question of global warming. In terms of methodology, the satisfaction of regional needs are sought, and then expanded to a macro region. The use of internal energy resources of a particular region is prioritized. This regional economic tendency can be seen as a competitive advantage for the improvement of social indexes. The environmental limitations, including the effects of global warming, are considered. Political forces are accountable, and the stakeholders involved in regional development take part in planning. Most importantly, the systemic approach to obtain an optimum point is done previously through the prediction of development consequences prior to project implantation. These projects, with economic, social, and environmental benefits, are prioritized in relation to projects of predominant economic benefits. Thus, there is a minimization of risks and difficulties ofenvironmental licenses, public rejections, and problems of the unsustainable use of natural resources. To validate this work, this methodology was applied in Araçatuba, a region of the state of São Paulo, composed by a total of 43 municipalities. In conclusion, this work points the most adaptable energy resources to the subject of sustainable development, including the issue of global warming.