O mercado consumidor está cada vez mais propenso a exigir posturas corporativas sustentáveis das organizações. Nesse sentido, muitos estudos têm sido realizados sobre a incorporação destes conceitos nas organizações. A literatura apresenta diversos benefícios disponíveis para empresas com iniciativas ecologicamente corretas como benefícios financeiros, mercadológicos, valorização das ações da empresa e geração de inovações em produtos e processos, construindo vantagens absolutas sobre outras organizações. Esses benefícios têm desencadeado uma série de iniciativas voltadas para a integração de aspectos ambientais no Processo de Desenvolvimento de Produtos, particularmente, em grandes empresas. Este tipo de inovação envolve uma série de práticas, modelos de negócio e mudanças no pensamento individual e organizacional. No entanto, na maioria das empresas, prevalecem atitudes pontuais nos seus processos, com tolerância para atitudes de redução ou minimização da poluição. Estas posturas evidenciam que, apesar dos benefícios descritos, muitas empresas ainda resistem à implementação destas práticas, revelando que esta resistência pode residir nos custos ou na complexidade de implementação destas práticas. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma análise sobre como ocorre a integração de aspectos ambientais no Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP). Para tanto, estruturou-se uma pesquisa com base na teoria vigente e na condução de um estudo de caso múltiplo com duas unidades de análise. Com o estudo de caso, o trabalho busca responder as questões de pesquisa relacionadas à como ocorre a escolha e a incorporação de métodos e/ou ferramentas de apoio no PDP. A principal conclusão do estudo é que questões como contexto mercadológico, porte, setor de atuação, severidade da legislação ambiental no setor, cultura organizacional e nível/estágio de implementação do DfE contingenciam as formas de Integração de aspectos ambientais no PDP, apontando para a necessidade de criação de um modelo contingencial para este processo.

The consumer market is increasingly likely to require sustainable corporate postures from the organizations. Many studies have been conducted on the incorporation of these concepts in organizations. The literature presents many benefits available to companies with green initiatives as financial and marketing benefits, the valuation of the company's stocks and products and processes innovations, creating competitive advantage. These benefits have sparked many initiatives aimed at product development focused on environmental issues, specially, in large companies. This type of innovation involves a series of methods, business models and changes in individual and organizational thinking. However, in most companies, prevail specific attitudes in their processes, with tolerance for attitudes of pollution reduction or minimization. These attitudes show that, despite the benefits described, many companies still resist the implementation of these methods, revealing that resistance may reside in costs or complexity of implementing these methods. In this context, this study aims to conduct an analysis on how the integration of environmental issues in Product Development Process (PDP) occurs. To do so, a research was structured based on current theory and conducting a multiple case study with two units of analysis. With the case study, the work seeks to answer research questions related to how does the selection and incorporation of methods and/or tools in the PDP occurs. The main conclusion of the study is that issues such as marketing context, size, sector of operation, severity of environmental legislation in the sector, organizational culture and level/stage of implementation of DfE sets out the forms of integration of environmental aspects in the PDP, pointing to the need to establish a contingency model for this process.