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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.25.2013.tde-22042014-151007
Document
Auteur
Nom complet
Ana Regina Casaroto
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Bauru, 2013
Directeur
Jury
Lara, Vanessa Soares (Président)
Damante, Carla Andreotti
Hidalgo, Mirian Marubayashi
Klingbeil, Maria Fátima Guarizo
Santos, Carlos Ferreira dos
Titre en portugais
Resposta imune inata na estomatite protética: interação in vitro entre células epiteliais de palato humano e Candida albicans
Mots-clés en portugais
β-defensina
Candida albicans
Apoptose
Estomatite sob prótese
Palato humano
Resumé en portugais
A presença de Candida albicans nos biofilmes microbianos da superfície interna das próteses totais superiores está relacionada com uma doença inflamatória no palato, a estomatite protética. Constituinte da defesa inata do hospedeiro, o epitélio bucal, por sua vez, tem a capacidade de reconhecer e reagir aos fatores fúngicos a fim de evitar a invasão pelo microrganismo. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o efeito direto e indireto de C. albicans viável sobre as células epiteliais de palato humano (CEPH) ao longo do tempo. Objetivamos correlacionar os eventos de agressão, apoptose e invasão das CEPH provocados pelo fungo, com as respostas de defesa epitelial mediante produção de óxido nítrico (NO) e expressão gênica do peptídeo antimicrobiano β-defensina 2 (hBD-2). Material e Métodos: As CEPH foram obtidas, parte pelo método explante e parte pelo método enzimático, e mantidas em co-cultivo sobre uma camada de sustentação feederlayer (fibroblastos gengivais humanos mitoticamente inativados). Após desafios das CEPH com C. albicans ATCC 90028 por contato direto fungo-epitélio (D.D.) e indireto pelo sobrenadante da cultura do fungo hifal (D.I.), proporções de desafio de 0,01/1; 0,025/1 e 0,1/1 levedura/queratinócito (FUN/EPI) e tempos experimentais de 3, 6 e 10 h foram determinados; via ensaios de viabilidade celular por imunofluorescência (LIVE/DEAD), e análise qualitativa da invasão celular pelo fungo por meio do método colorimétrico com laranja de acridina. A apoptose epitelial foi determinada pela marcação nuclear fluorescente com Hoechtst 33258. A produção de óxido nítrico (NO) e a expressão de RNAm de hBD-2 foram avaliados por reação colorimétrica de Griess e RT-qPCR, respectivamente. Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão e submetidos aos testes estatísticos ANOVA Fatorial, Teste de Contraste; ou Teste de Mann-Whitney (p<0,05). Resultados: Em 3 h, foi detectado aumento da apoptose das células epiteliais em relação ao Meio (epitélio não desafiado, p<0,05), na proporção 0,1/1 FUN/EPI, a qual manteve-se ao longo do tempo, com o aumento da concentração fúngica e independente de D.D. e D.I. O início da invasão intraepitelial pelo fungo foi observado no tempo de 6 h, em especial na proporção 0,025/1 FUN/EPI, coincidindo com discreto aumento da concentração de NO e expressão máxima de hBD-2 pelas CEPH desafiadas diretamente (p<0,05). Entretanto, nos estágios tardios (10 h) foram observados redução de NO e retorno da expressão de hBD-2 ao basal, com intensificação da invasão epitelial. Conclusão: Estes resultados sugerem que os fatores secretados por C. albicans foram suficientes para agressão das CEPH, com indução da apoptose, mesmo na ausência do contato direto fungo-epitélio. As CEPH, por sua vez, apresentaram respostas de defesa após 6 h de desafio fúngico, por meio da liberação de NO e expressão de hBD-2, porém com necessidade da interação direta fungo-epitélio. A ativação da via de apoptose das CEPH ocorreu previamente à ativação destes mecanismos de defesa epitelial.
Titre en anglais
Innate imune response in denture stomatitis: in vitro interaction between human palatal epithelial cells and Candida albicans
Mots-clés en anglais
β-defensin
Candida albicans
Apoptosis
Denture stomatitis
Human palate
Resumé en anglais
The presence of the fungus Candida albicans in the microbial biofilm underlying maxillary prosthesis is related to an inflammatory reaction of the palatal mucosa, the denture stomatitis. As a component of the host innate defense, the oral epithelium has the ability to recognize and react to fungal factors in order to prevent the microrganism invasion. The aim of this study was to in vitro evaluate the direct and indirect effect of viable C. albicans on the human palatal epithelial cells (HPEC) over time. The aggressive events, such as apoptosis and HPEC invasion by the fungus, were correlated with epithelial defense responses through the nitric oxide (NO) production and antimicrobial peptides β-defensin (hBD-2) mRNA expression. Methods: The HPEC were obtained by explant and enzymatic methods, and were maintained in co-culture on a feeder-layer support (mitotically inactivated human gingival fibroblasts). After the HPEC challenges with C. albicans ATCC 90028 by direct contact fungus-epithelium (D.D.) and indirect contact by supernatant from hyphal fungus (D.I.), defiance ratios of 0.01/1, 0.025/1 and 0.1/1 yeast/keratinocyte (FUN/EPI) and experimental times of 3, 6 and 10 h were determined. These conditions were standardized by cell viability immunofluorescence assay (LIVE/DEAD), and cell invasion qualitative analysis (colorimetric method with acridine orange). The apoptotic cells were determined by fluorescent nuclear staining with Hoechtst 33258. The nitric oxide (NO) production and hBD-2 gene expression were evaluated by Griess colorimetric reaction and RT-qPCR, respectively. The results were expressed as mean ± standard deviation and were analyzed using the factorial ANOVA, Contrast Test; or Mann-Whitney Test (p<0,05). Results: At 3 h, the apoptotic epithelial cells under 0.1/1 FUN/EPI increased compared to epithelium unchallenged (p<0,05) that remained over time with increasing concentration and independent of D.D. and D.I. The onset of intraepithelial invasion by the fungus was observed at 6 h, especially in the ratio of 0.025/1 FUN/EPI under D.D., coinciding with a slight increase of NO concentration and maximum hBD-2 mRNA expression by HPEC (p<0,05). However, in later stages (10 h), the NO reduction and return of hBD-2 gene expression to basal, with epithelial invasion intensification, were observed. Conclusion: These results suggest that factors secreted by C. albicans were enought to HPEC injury, with apoptosis induction, even in the absence of direct contact fungus-epithelium. On the other hand, HPEC presented defense responses after 6 h of fungal challenge through NO release and hBD-2 expression, but with requirement of direct interaction fungus-epithelium. The HPEC apoptosis occurred prior to the activation of these mechanisms of epithelial defense.
 
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Date de Publication
2014-04-23
 
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