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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.22.2018.tde-27112017-212128
Document
Auteur
Nom complet
Francine Sanchez Gulin
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Ribeirão Preto, 2017
Directeur
Jury
Laus, Ana Maria (Président)
Canini, Silvia Rita Marin da Silva
Margatho, Amanda Salles
Oliveira, Marília Pilotto de
Titre en portugais
Relação entre carga de trabalho de enfermagem e ocorrência de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva
Mots-clés en portugais
Carga de trabalho
Enfermagem
Lesão por pressão
Unidades de Terapia Intensiva
Resumé en portugais
As lesões por pressão adquiridas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm sido reconhecidas como um indicador sensível da prestação de cuidados dos profissionais de saúde, influenciando no tempo de internação, custos do tratamento e impacto emocional aos pacientes. Este estudo objetivou verificar a relação entre ocorrência de lesão por pressão com as variáveis demográficas e clínicas dos pacientes e carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Trata se de um estudo quantitativo e prospectivo desenvolvido em uma UTI geral de um hospital de grande porte e alta complexidade no interior de São Paulo. A coleta de dados foi realizada nos meses de outubro de 2016 a janeiro de 2017, constituindo uma amostra de conveniência de 30 pacientes. Os critérios de inclusão foram: pacientes com idade igual ou maior que 18 anos, internados pela primeira vez na unidade decorrente de tratamento clínico ou cirúrgico, com permanência mínima de 24 horas e ausência de lesões dermatológicas na admissão. A coleta incluiu além dos dados demográficos e clínicos, a aplicação dos instrumentos: Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3), Nursing Activities Score (NAS) e a Escala de Braden para mensurar a gravidade do paciente, a carga de trabalho de enfermagem e o risco para lesão por pressão (LP), respectivamente. A avaliação clínica foi realizada diariamente pela pesquisadora até o desfecho da condição dos pacientes. Para verificar a relação entre a ocorrência de lesão e as variáveis estudadas foram realizadas análises univariadas, sendo que para as variáveis dicotômicas foi utilizado o teste exato de Fisher. Para as variáveis quantitativas contínuas foi utilizado o teste de Mann-Whitney/Wilcoxon, uma vez que essas não seguiam uma distribuição normal. Os resultados indicaram que o grupo dos pacientes sem lesão (n=21) era do sexo feminino (66,6%), com idade menor de 60 anos (52,38%), brancos (71,4%), IMC normal (52,4%), tempo mediano de 4 dias de internação, em razão de necessidade de monitorização clínica (42,8%). Nesse grupo, os valores medianos do escore SAPS 3, Braden e NAS foram de 53, 14 e 86 pontos, respectivamente. Os pacientes que desenvolveram lesão por pressão (n=9), também em sua maioria eram mulheres (66,6%), com idade maior ou igual a 60 anos (55,5%), brancos (77,7%), obesos (66,6%), com mediana de internação de 4 dias e admitidos na UTI em razão de instabilidade hemodinâmica (77,8%). As variáveis relativas ao SAPS 3, Braden e NAS apresentaram mediana de 78, 11 e 97 pontos. A incidência global de lesão por pressão encontrada foi de 30%, havendo uma predominância das lesões na região dos calcâneos e glúteos, identificadas do 2º ao 8º dia de internação na unidade. Dentre as características clínicas, destaca-se a instabilidade hemodinâmica dos pacientes que desenvolveram lesão. As variáveis que foram identificadas com relevância estatística nos pacientes acometidos por LP foram índice de gravidade, escore de risco e carga de trabalho. Em razão do tamanho amostral reduzido, não foi possível a realização de análise multivariada para confirmar estes achados, o que se constitui numa limitação do estudo. Uma alta carga de trabalho pode ser um fator de comprometimento associado ao crescimento da incidência, principalmente frente à demanda de cuidados exigida pela clientela e inadequação quali-quantitativa de profissionais de enfermagem
Titre en anglais
Relationship between Nursing Workload and occurrence of Pressure Ulcers in Intensive Care patients
Mots-clés en anglais
Intensive Care Units
Nursing
Pressure ulcer
Workload
Resumé en anglais
Pressure lesions acquired in Intensive Care Units (ICUs) have long been used as a sensitive indicator of the type of care delivered by health professionals, influencing hospitalization time, costs of treatment and emotional impact to patients. This study was aimed to verify the relationship between the occurrence of pressure ulcers with the demographic and clinical variables of the patients and the nursing workload in the intensive care unit. This is a quantitative and prospective study developed in a general ICU of a large and high complexity hospital in a city of Sao Paulo state. Data collection was performed from October 2016 to January 2017, gathering a convenience sample of 30 patients. The inclusion criteria were: patients aged 18 years or older hospitalized for the first time in the unit due to clinical or surgical treatment, for at least 24 hours and without dermatological lesions at the time of admission. In addition to the demographic and clinical data, the application of the instruments: Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3), Nursing Activities Score (NAS) and the Braden Scale to measure: the patient's severity; nursing workload and pressure ulcer risk (PU) respectively. The clinical evaluation was performed daily by the researcher until the outcome of the patients' condition. To verify the relationship between the occurrence of the lesion and the studied variables, univariate analyzes were performed. For the dichotomous variables we used Fisher's exact test while the Mann-Whitney / Wilcoxon test was used for the continuous quantitative variables since they did not comply with a normal distribution. The results indicated that the group of patients without lesions (n = 21) was predominantly female (66.6%), aged less than 60 years (52.38%), whites (71.4%), normal BMI 52.4%), median time of 4 days of hospitalization, due to the need for clinical monitoring (42.8%). In this group, the median values of the SAPS 3, Braden and NAS scores were 53, 14 and 86 points respectively. Those patients who developed pressure lesions (n = 9) were also female (66.6%), aged 60 years or older (55.5%), white (77.7%), obese (66.6%), with a median hospitalization of 4 days and admitted to the ICU due to hemodynamic instability (77.8%). The variables related to SAPS 3, Braden and NAS presented a median of 78, 11 and 97 points. The overall incidence of pressure injury was 30%, with a predominance of lesions in the calcaneal and gluteal region, diagnosed between the second and the eighth day of hospitalization. Among their clinical characteristics, we underline the hemodynamic instability of the patients who developed the injury. The following variables showed statistical relevance in the patients affected by PU: severity index, risk score and workload. As a limitation of this study, it was not possible to perform multivariate analysis to confirm these findings due to the reduced sample size. A high workload can act as a factor of impact, associated to the increase in incidence, especially in relation to the demand for care required by the patients as well as the quali-quantitative inadequacy of nursing professionals
 
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Date de Publication
2018-01-15
 
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