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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.17.2019.tde-06082019-105924
Document
Auteur
Nom complet
Gabriela Campos de Oliveira Filgueira
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Ribeirão Preto, 2019
Directeur
Jury
Cavalli, Ricardo de Carvalho (Président)
Duarte, Geraldo
Lanchote, Vera Lucia
Surita, Fernanda Garanhani de Castro
Titre en portugais
Efeitos da obesidade materna sobre a farmacocinética do misoprostol durante a indução do trabalho de parto
Mots-clés en portugais
Farmacocinética
Indução de parto
Misoprostol
Obesidade
Resumé en portugais
Mulheres com obesidade são mais propensas a complicações médicas, cirúrgicas e obstétricas, tais como maiores índices de indução do trabalho de parto e falha na indução. O misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina E1 utilizado para a indução do trabalho de parto. O presente trabalho visa avaliar os efeitos da obesidade materna sobre a farmacocinética do misoprostol em parturientes, bem como a avaliação da influência da obesidade na resposta clínica da indução do trabalho de parto. Foram investigadas 40 parturientes, assim distribuídas, Grupo 1: 10 parturientes não obesas, Grupo 2: 10 com obesidade grau 1, Grupo 3: 10 com obesidade grau 2 e Grupo 4: 10 com obesidade grau 3. Após a internação das pacientes, leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi avaliado o comprimento do colo do útero, o índice de Bishop foi determinado e uma amostra de sangue foi colhida para avaliação dos exames laboratoriais, genótipo e tempo zero da farmacocinética. Após a administração do comprimido de misoprostol 25µg via vaginal, foram colhidas amostras seriadas de sangue nos tempos 15 a 360 minutos. As concentrações plasmáticas do ácido misoprostólico foram analisadas em plasma empregando UPLC-MS/MS. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados com base nas curvas de concentração plasmática total versus tempo empregando o programa Winnonlin. Todas as parturientes realizaram o pré-natal satisfatoriamente e nenhuma havia se submetido a cesárea anterior. As parturientes do grupo 1 apresentaram uma taxa de sucesso de indução de 60%, com uma média de 1,10 dias de indução e 2,50 comprimidos de misoprostol. No grupo 2, houve uma taxa de sucesso de 70%, em 1,40 dias de indução, utilizando 2,80 comprimidos. No grupo 3, a taxa de sucesso foi de 60%, em 1,70 dias de indução e também utilizou 2,80 comprimidos. Entretanto no grupo 4, a taxa de sucesso foi de apenas 30%, em 2,40 dias e utilizando quase o dobro de comprimidos (4,80). Houve uma diferença significativa da falha de indução entre os grupos, a taxa de falha de indução no grupo 4 foi de 70%, enquanto nos demais grupos foi de apenas 10%. O método para análise do ácido misoprostólico em plasma seguiu o preconizado pela legislação vigente, com LIQ de 2,0 pg/mL. Não houve diferença significativa entre os parâmetros farmacocinéticos dos grupos. A AUC variou de 56,77 a 83,89 pg.h/mL; o Cmax de 14,29 a 21,89 pg/mL; o tmaxde 2,25 a 4,5 h; o t1/2 de 0,96 a 1,31 h. Não houve diferença entre o IMC e os parâmetros farmacocinéticos, entretanto houve influência do peso na AUC. Também houve uma relação entre a baixa exposição ao misoprostol (AUC) e maior taxa de falha de indução. Conclui-se que A obesidade influencia a biodisponibilidade (AUC) do fármaco, sugerindo que o regime posológico do misoprostol possa ser alterado. A obesidade também influenciou a taxa de falha de indução, quanto maior o IMC, maior a taxa de falha de indução, maior o tempo de internação, maior o número de comprimidos utilizados
Titre en anglais
Effects of maternal obesity on the pharmacokinetics of misoprostol during labor induction
Mots-clés en anglais
Labor induction
Misoprostol
Obesity
Pharmacokinetics
Resumé en anglais
Women with obesity are more prone to medical, surgical and obstetric complications, such as higher rates of labor induction and failure to induce. Misoprostol is a synthetic analogue of prostaglandin E1 used to induce labor. The present study aims to evaluate the effects of maternal obesity on the pharmacokinetics of misoprostol in parturients, as well as the evaluation of the influence of obesity on the clinical response of labor induction. Group 1: 10 non-obese parturients, Group 2: 10 with obesity grade 1, Group 3: 10 with obesity grade 2 and Group 4: 10 with obesity grade 2. After the patients' hospitalization, reading and signing of the Informed Consent Term, the length of the cervix was evaluated, the Bishop's index was determined and a sample was collected to evaluate the laboratory tests, genotype and time of pharmacokinetics. Following administration of the 25?g misoprostol vaginal tablet, serial blood samples were collected at times of 15 to 360 minutes. Plasma concentrations of misoprostolic acid were analyzed in plasma using UPLC-MS / MS. Pharmacokinetic parameters were calculated based on the total plasma concentration versus time curves using the Winnonlin program. All the parturients performed prenatal satisfactorily and none had undergone previous caesarean section. The parturients of group 1 had an induction success rate of 60%, with a mean of 1.10 days of induction and 2.50 tablets of misoprostol. In group 2, there was a success rate of 70%, at 1.40 days of induction, using 2.80 tablets. In group 3, the success rate was 60% at 1.70 days of induction and also used 2.80 tablets. However, in group 4, the success rate was only 30%, in 2.40 days and using almost twice as many tablets (4.80). There was a significant difference in induction failure between groups, the rate of induction failure in group 4 was 70%, while in the other groups it was only 10%. The method for the analysis of misoprostolic acid in plasma followed the prevailing legislation, with LIQ of 2.0 pg / mL. There was no significant difference between the pharmacokinetic parameters of the groups. AUC ranged from 56.77 to 83.89 pg.h / mL; C max from 14.29 to 21.89 pg / mL; or tmax of 2.25 to 4.5 h; or t1 / 2 from 0.96 to 1.31 h. There was no difference between BMI and pharmacokinetic parameters, however, there was weight influence in AUC. There was also a relationship between low misoprostol exposure (AUC) and higher rate of induction failure. It is concluded that obesity influences the bioavailability (AUC) of the drug, suggesting that the dosage regimen of misoprostol can be altered. Obesity also influenced the rate of induction failure, the higher the BMI, the higher the rate of induction failure, the longer the hospital stay, the greater the number of tablets used
 
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Date de Publication
2019-08-28
 
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